Segunda-feira, 21 de novembro de 2011 - 15h02
Por: Beto Ramos
Lucas Grillo
Certa vez me pintei de poeta, mas, percebi que poucos me reconheceram.
Então, retirei a pintura do rosto, e encontrei você meu filho.
Aos poucos estou pintando novamente o meu rosto.
Agora sem tristeza.
Voltaram os versos de algum lugar.
Mas, você vai partir, e por aqui vou ficar, com o rosto pintado em sua homenagem, até você voltar.
Ainda bem que não somos normais.
Alguns normais sentem vergonha dos palhaços, poetas, dos loucos que gostam de ver o dia amanhecer.
Então, eu não vou dormir na hora que eles querem.
Vou ficar acordado, com o rosto pintado, fazendo barulho, incomodando a mesmice da noite e do dia.
Vou continuar sem hora para sair ou voltar.
Vou comer e beber o que eu gostar.
Estou até pensando em deixar o meu cabelo crescer.
Agora lascou, inventei de compor.
Já tenho platéia.
São as mangueiras e açaizeiros do meu quintal.
Mas, já percebi que existem alguns pássaros, aplaudindo escondidos atrás de algumas folhas.
Pinte-se.
Declame.
Vá para as ruas.
Só não deixe de ser este cara bacana que você sempre foi.
E quando você voltar, vou estar no mesmo lugar.
Um pouco mais velho.
Mas, cheio de nostalgia e loucura, que são peculiares aos sonhadores que fazem da realidade um espetáculo de alegria.
Diz a lenda.
Obs.: Lucas, meu filho, vai partir no dia vinte e três de novembro de dois mil e onze. Vai estudar TEATRO e CIRCO em São Paulo por longos quatro anos.
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