Segunda-feira, 20 de maio de 2013 - 09h45
Por Beto Ramos
Desejo ganhar de presente a fé inabalável.
Beber Rum Bacardi sem deixar de lado minha cachaça ao sol do meio dia.
Quero chorar um rio de lágrimas para esquecer a morte do meu pai.
Também quero ver secar meu pranto pelo esquecimento do meu outro pai.
Desejo vestir um terno de linho branco com um cravo na lapela, em homenagem as cadeiras brancas que ficaram vazias.
Em dó maior ao som de um trombone, desejo naufragar numa canoa azul cheia do lodo da desgraça alheia.
Desejo entrar na Matriz e ficar em silêncio por muitas horas.
Desejo ganhar de presente um ponto final, no exato momento onde os que se encontram jamais irão chegar.
Desejo apenas beber algo em homenagem a hipocrisia.
Adentrei na Matriz do Sagrado Coração de Jesus às sete e trinta.
Aquele canto gregoriano perturbava meu pensamento.
Velhas senhoras rezavam com fé seus terços parecendo tercetos e quartetos sem rimas.
Um velho hippie de joelhos deixava expostas suas tatuagens como as chagas de Jesus Cristo.
Desejava exorcizar alguns demônios.
Demônios que sorriem nas praças.
Despedi-me de Deus com o meu Deus em construção.
Na Praça Jônatas Pedrosa aqueles demônios deixavam os mendigos dormindo com o sol a pino.
Aquele canto gregoriano não combinaria jamais com a realidade da praça.
Aquele chão sujo é algo de um Deus em construção.
Desejo ganhar de presente um milagre.
Dar de beber a água da serenidade aos meus irmãos de todos os lugares.
Silêncio!
O choro de quem precisa é visível apenas aos olhos do coração.
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