Sexta-feira, 30 de abril de 2010 - 07h46
Por Beto Ramos (*)
Diz à lenda que precisamos de ações e atividades que valorizem os artistas de Porto Velho. Vivemos em um mundo globalizado, onde as culturas industrializadas invadem a vida dos nossos jovens com uma velocidade assustadora. Precisamos desenvolver com todas as parcerias possíveis, projetos culturais que possam fazer a população, conhecer, relembrar e contar a sua história. Sair da mesmice, criar círculos de debates, oficinas em todos os bairros que possam despertar nos jovens o prazer pela cultura. Resumindo-se a poucos grupos, a cultura torna-se um circulo vicioso, onde poucos mandam e muitos ficam sem informação. Possuímos variados movimentos culturais que de sombra em sombra vão ficando na escuridão total. Precisamos de engajamento, de pessoas que façam acontecer, que tragam aos jovens o desejo de cantar, representar, dançar e acima de tudo, através de atividades culturais tornarem-se cidadãos de bem, que possam contribuir com a nossa sociedade para uma Porto Velho melhor.
Precisamos fazer com que nossa população tenha o hábito de freqüentar os espaços culturais em nossa capital beradeira. Quais os espaços? Bem, podemos contar nos dedos de uma só mão, e olhe lá, e descobriremos que falta investimento para que as pessoas possam sair de casa e ter uma agenda de atividades culturais, ter onde ir, convidar familiares, levar amigos e turistas para conhecer a história de Porto Velho. Vamos ao Mercado Cultural, a Praça Marechal Rondon, Praça Getúlio Vargas, a Feira do Porto, ao Teatro Banzeiros, conhecer a Madeira Mamoré. Vamos fazer atividades culturais planejadas nestes espaços. Viva a Flor do Maracujá, Viva o carnaval. Mas, precisamos de uma agenda anual de atividades para a nossa população. Nossas quadrilhas e Bumbas são lindos, Escolas e blocos idem. Mas, alguma coisa industrializada já nos faz sentir saudades de ontem. Claro que é preciso inovar. É preciso levar para o mundo. Mas, também é preciso que se preservem alguns valores tradicionais.
Diz a lenda, que são poucos os setores que defendem as nossas tradições. Precisamos aplaudir de pé o Zekatraka, O Ernesto, O poeta Mado, O Ivo Feitosa, O Anísio Gorayeb, O Maraca, O Bubu, o Oscar, o Tatá quando ele está. E tantos outros que nós sabemos que estão nesta luta de Davi contra Golias. Diz à lenda que estas pessoas fazem acontecer em suas respectivas áreas de atuação. Mas, precisamos planejar o futuro. Fazer do amanhã sementes que foram plantadas hoje. Diz à lenda que o caldeirão cultural está em ebulição dentro de Porto Velho. Precisamos ter algo para contar amanhã. Entra ano e termina ano, e as mesmas noticias, mesmas brigas, com mesmos causadores. Vamos fazer de um entardecer no Rio Madeira o cenário ideal para repensarmos o que poderemos deixar para as gerações futuras. Fechando este texto, falta a alguns, a elegância do Mestre Oscar. Elegância no modo de tratar e respeitar os nossos artistas e mesmo os que não sejam artistas, mas que lutam para o crescimento cultural da nossa capital beradeira.
(*) O autor é Fotógrafo e Restaurador de imagens antigas
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