Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Beto Ramos

Le marché gagné de la force ( O mercado ganhou força)



Por Beto Ramos:


Eu pobre mortal.

Filho da mata, filho do sol, filho da lua, filho da chuva.

Eu pobre moribundo das palavras,

triste filho rejeitado por frases absurdas

vindas da imortalidade histórica que merece o meu respeito.

Eu pobre publico taciturno

de um espetáculo do teatro do absurdo.

Eu pobre índio de cara pintada.

Sentado na praça

sem entender o valor de un coup de la morte.

Cenas para ficar na alma,

dividindo a história com l'ignorance n'est aucune excuse.

Bebendo da insensatez, palavras não poderiam ofender os nossos ouvidos.

Aquela resistência não poderia ver a cor da história.

A história não precisa possuir cor.

A história não é escrita com adornos de prata ou de ouro.

O que sempre fica é a história dos homens.

Eu pobre mortal.

Jamais iria perder a minha identidade

de índio nu que fica na praça assistindo sem jamais aplaudir

o quase nosso teatro do absurdo.

Eu pobre mortal entristecido,

com olhos cheios de lágrimas.

Eu beradeiro que de palavras cheias de erros

posso dizer que le marché gagné de la force.

E da praça podemos assistir também um espetáculo

de grande beleza.

Eu pobre mortal.

O meio de dois lados que fazem e são história.

Eu pequeno que contribuiu com o voo da fênix beradeira

que não é mortal nem imortal, é o nosso Mercado Cultural.

Diz a lenda.

Siga o Gentedeopinião no Gente de Opinião



Fonte: Beto Ramos -  betoramospvh@hotmail.com 
 
Gentedeopinião   /  AMAZÔNIAS   /  RondôniaINCA   /   OpiniaoTV
 Energia & Meio Ambiente   /  Siga o Gentedeopinião noTwitter  /   YouTube 
 Turismo   /  Imagens da História

 


 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoDomingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

DIZ A LENDA – DUZENTOS E CINQUENTA EM QUATRO I

  Os pesadelos não podem ofuscar nossos sonhos. Diante da inconsequência de quem resume a vida dos outros na sua prisão de lamentos, o que nos resta a

DIZ A LENDA.O POETA, A POESIA E O MEDO.

DIZ A LENDA.O POETA, A POESIA E O MEDO.

  Por: Beto Ramos Quando das viagens pelas barrancas do Madeira com o Poeta Mado, presenciamos e convivemos com muitos causos de vivos e visagens. Car

DIZ A LENDA – VELHA SENHORA

DIZ A LENDA – VELHA SENHORA

Por: Beto Ramos   Acordamos cedo. Lavamos o rosto no giral ainda iluminado pela luz da lamparina. Precisávamos passar na fábrica de telha próxima a Ca

DIZ A LENDA – ELOGIO CALOROSO

DIZ A LENDA – ELOGIO CALOROSO

Por: Beto Ramos   Eraste, hoje fomos elogiados calorosamente por um asinino. Interpelado e elegantemente chamado de beradeiro recalcado. Pupunhamente

Gente de Opinião Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)