Sexta-feira, 18 de junho de 2010 - 10h25
Estamos com texto.
Gostamos de ficar no meio da ladeira esperando a chuva cair, molhando nossas palavras jogadas ao vento, que chegam a incomodar o centro histórico.
O que molha é o que pode saciar a sede do medo de alguns de se expor, por simples vaidades, por medo de perder pequenos espaços que ficam ladeira acima ou ladeira abaixo.
O que molha traz novidades. E ficar na chuva é para se molhar.
Nascem lendas todos os dias nesta cultura que não pode ficar restrita a um grupo que se intitula o dono da voz. Cultura não possui cor, partido político, e nem deve ficar entre quatro paredes sendo resolvida no intervalo de dois mundos que não resolve se é real ou irreal.
Cultura precisa de técnicos capacitados para o engrandecimento de todos. O resolver depois precisa ser esquecido e deixado dentro de alguma gaveta, onde ficam guardados os anseios de realizações de quem deseja fazer cultura. O pouco que é feito nada mais é que a obrigação de realizar dentro do calendário o que não fica nem ladeira acima e nem ladeira abaixo. E ficamos no meio da ladeira vendo as escolas de samba, quadrilhas, bois, grupos folclóricos que vão descendo ladeira abaixo, sem saber se serão vistos com bons olhos, ou maus olhos.
Somos presenteados todos os dias com lendas de ingerência, de falsas promessas, de um silêncio profundo que pode abrir as portas do fundo da história para os que possuem o medo de se molhar. Nossas palavras não são gritos. Os que gritam demonstram as suas faltas de argumentos.
Diz a Lenda que conhecemos as suas histórias.
Coisas de bastidores onde o barulho é imperceptível.
No meio da ladeira vamos ficando com o que molha.
E podemos assassinar a gramática e a fonética enfiando poesia em tudo.
O que importa é incomodar o silêncio de alguns para que possam despertar e abrir suas portas entrando nesta chuva onde o que vale é o crescimento e a valorização de nossa cultura.
O real é o Rei. Mas quem é o Rei?
Diz a lenda.
Fonte: Beto Ramos
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