A cultura de Porto Velho nos últimos tempos está sempre levando uma tapa na cara. A prestação de serviços nos eventos de cultura é fundamental para muitos profissionais que vivem dentro do meio, e necessita dos espaços de cultura para ganhar algum. A tapa na cara aparece quando a rapaziada não recebe um vintém. Outro dia estive com certo agitador cultural, que precisa da grana para pagar suas dividas, e a situação era complicada. Contando com a verba de certa A FUNDAÇÃO cultural, o cara estava ouvindo cobras e lagartos da mulher, para que recebesse a grana e ajudasse a pagar alguns compromissos da casa. Ai vem o mais complicado, “o amanhã a gente resolve”. Como resolve se não tem grana alguma em caixa. E vira um jogo de estica e puxa, onde quem pena são os prestadores de serviço, que não vêem a grana, não vêem a gerência de cultura. Então ta! Ele não está fazer o que! Virou tudo de cabeça para baixo, e os caras não assumem que já era o arame da rapaziada. Se for destinada uma verba para X acontecimento, seria preciso que está verba fosse destinada para X evento. Como desapareceu o dinheiro se não foi destinado ao pagamento do que estava dentro do orçamento. E a credibilidade de todo mundo, vai pra onde, pro ralo? Fica difícil aliar o talento de alguns, a criatividade, com a falta de investimento. Claro que existe amor a cultura, a arte. Mas, seria preciso o incentivo do pagamento destes profissionais. Lá na torre de Bebel, com certeza falarão uma só língua. Em tempo vamos ser coerentes e não marcar dois eventos para o mesmo dia, mesmo local e mesma hora. Fica uma situação delicada, pois alguns espaços estão na agenda de certa AFUNDAÇÃO. Se estiver agendado, como passar por cima do que foi planejado? Ai vem o cara que nem aparece no Mercado Cultural, e vem dizer que no espaço existe monopólio, que o Bar do Zizi é isso e é aquilo. A gerência da Afundação coloca bala na agulha dos bicudos de plantão, e que sempre esperam por um motivo para soltar os seus rosários de falta de bom senso. A culpa é de quem? Do planejamento? Claro que não? A culpa é dos que passam por cima do respeito para com os que tentam a todo custo levar cultura ao nosso povo. Sempre existiu um movimento de resistência pela manutenção do nosso Mercado Modelo, diga-se de passagem, Mercado Cultural. Gente nossa, da nossa cultura, que simplesmente desejam um espaço para levar em frente seus projetos, sua arte e a história do nosso povo. Nada contra outros eventos no espaço, mas fica complicado fazer dois acontecimentos no mesmo espaço, mesmo momento. Nós que fazemos o nosso som básico às sextas não podemos nos envolver em palanque político de x ou y. Vamos esperar pra ver o que acontece!
(*) O autor é fotografo e restaurador de fotografias antigas
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)