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Gente de Opinião

Beto Ramos

SILÊNCIO


 

Por Beto Ramo

Diz à lenda que os nossos artistas estão em festa com uma luz no fim do túnel, deixada como um rastro de pólvora na confirmação de algumas promessas, ainda que vagas, mas, que estão sendo realizadas no nosso Porto do Velho Pimentel. Rastro de pólvora que fica meio ao calor de opiniões diversas ditas e malditas pelos poucos que se intitulam os donos da voz. A festa é meio a revelia dos acontecimentos. Diz a lenda que o nosso chapéu continua indo de porta em porta.Um chapéu colorido, cheio de alegria, mas, que continua indo de porta em porta. E o rastro de pólvora tenta se calar, se esconder, não deixar a explosão embaixo do caldeirão em ebulição da nossa cultura beradeira. Diz a lenda que estamos melhorando. Bem, diz a lenda. O que existe são resistências que não abrem mão em preservar e manter o que possuímos em nossas raízes na beira do madeira. Alguns se dizem gente da nossa gente, mas, são descrentes e estão a um passo das trevas do abismo, se não acenderem a luz da compreensão de que é preciso fazer. Diz à lenda que o rastro de pólvora segue ladeira abaixo, e espera ser contido não pelo silêncio, mas, por ações que possam fugir da simples obrigação de fazer por livre e espontânea pressão. Diz à lenda, quando o nosso céu se faz moldura, nos dá um cenário de grandiosa beleza. E este cenário não pode ser manchado por um rastro de pólvora. E o chapéu envelhecendo, passando de mão em mão, trazendo uma alegria aqui e outra ali, mas, sempre batendo de porta em porta. E as portas nem sempre se abrem, são dias de espera e angústias diversas. E o rastro de pólvora sem querer encontrar o pavio da discórdia. Diz a lenda que somos otimistas, e que uma luz no fim do túnel pode ser uma ótima iluminação para o show dos nossos artistas. E o burburinho que se ouve das portas fechadas pode ser uma boa sonorização para algumas apresentações. Diz à lenda que estamos fazendo a nossa parte, com silêncio ou burburinho entre quatro paredes. Com um rastro de pólvora sem rima nas poesias, sem melodia nas canções, mas, com uma luz no fim do túnel da esperança beradeira de que tudo vá melhorar amanhã.

Diz à lenda.

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