Quarta-feira, 20 de julho de 2011 - 07h05
Pulando cirandinha
Tão criticada no início, a articulação governista já funciona bem. Os deputados federais eleitos pela bandeira cassolista – Moreira Mendes, Lindomar Garçon e Carlos Magno – já pulam cirandinha com a gestão do PMDB. Na verdade, toda a bancada federal tem apoiado o governador Confúcio Moura, algo que dificilmente acontecia nas gestões anteriores.
Um interlocutor
A articulação do Palácio Presidente Vargas melhorou também porque o vice-governador Airton Gurgacz se tornou um bom interlocutor com a classe política. Fiel e dedicado a atual gestão, Airton que acumula as funções de Diretor Geral do Detran, em contrapartida tem sido bem prestigiado por Confúcio. É uma dupla que já está bem entrosada.
Uma debandada?
Com David Chiquilito desistindo de disputar a prefeitura de Porto Velho e o secretário de Educação Julio Olivar pulando para o PMDB, o PC do B, um partido que vinha crescendo muito nos últimos anos sofre com a ameaça de uma debandada. A legenda chegou ao poder com alianças, mas acabou entrando em parafuso. Ninguém se entende.
Uma incógnita
A escolha de um nome para disputar a prefeitura da capital no ano que vem pelo PMDB se transformou numa incógnita nestas bandas. Ocorre que o nome em questão, terá que agradar gregos e troianos, ou seja: a candidatura antes de ser homologada terá que ser referendada de um lado pelo governador Confúcio Moura, e de um lado, pelo casal Raupp.
Muitos nomes
Por isso, quando indagado pela imprensa, sobre a corrida sucessória em Porto Velho o próprio presidente regional do PMDB Orestes Muniz responde prudentemente que “tem muitos nomes, mas nada ainda esta decidido”. Os nomes seriam: o deputado estadual Zequinha Araújo, o atual secretário de Obras Abelardo Castro e o vice-prefeito Emeson Castro.
Fafá na cabeça
A ex-senadora Fátima Cleide vai ganhando com o pé nas costas dos concorrentes a indicação para ser a candidata do PT a prefeitura de Porto Velho. Na largada, é o nome do partido bem melhor avaliado nas primeiras sondagens eleitorais – com larga diferença no meio petista – e também se consagra como a postulante com mais apoio ao meio dos convencionais do partido.
Apoio de Sobrinho
Mas nem tudo são flores na trajetória da ex-senadora petista. Para ela se tornar uma candidata competitiva, terá que contar com o apoio do atual prefeito Roberto Sobrinho, que continua bem nas paradas em termos de aceitação popular na capital. Como se sabe, a intenção de Sobrinho é indicar Cláudio Carvalho ou Epifânia Barbosa.
Fora do páreo
Ainda falando em termos de PT, os deputados estaduais José Hermínio e Ribamar Araújo já estão fora do páreo na disputa da prefeitura do ano que vem pela sigla de Lula. Nenhum deles conta com apoio suficiente no diretório – que esta fechando com Fátima – e por último eles jamais teriam a aprovação do cacique Roberto Sobrinho. A coisa já virou até briga pessoal.
Do Cotidiano
O Grã-Pará como origem
Pode-se considerar que a ideia original foi do rei-menino espanhol Filipe IV (1605−1665, também rei de Portugal, como Filipe III), que há 390 anos, em 13 de junho de 1621, em seus tenros 16 anos de idade, dividiu o Brasil, então sob seu governo, em dois estados: Maranhão, ao Norte, e, ao Sul, Brasil, que depois seria o nome de toda a Nação.
Como para a historiografia moderna, importa mais saber “por que” do que “quando”, a questão é: por que o Brasil era governado pela Espanha, se foram os portugueses que descobriram a Terra Brasilis?
O rei Filipe I de Portugal, II da Espanha (1581−1598), era filho de mãe portuguesa: d. Isabel de Portugal (1503−1539), filha do rei português d. Manuel I e da espanhola d. Maria de Aragão e Castela. D. Isabel, imperatriz do Sacro Império Romano-Germânico, encarregou as suas damas, portuguesas, de educar o futuro rei espanhol.
Com a vacância no trono determinada pelo desaparecimento do rei d. Sebastião I (1554−1578) na batalha de Alcácer-Quibir, Filipe requereu o direito ao trono português e assumiu pelo direito e pela força o controle de toda a Península Ibérica.
Como os lusitanos estavam irritados, o rei pensou até em fazer de Portugal a sede da monarquia espanhola, como a família real portuguesa faria com o Brasil, em 1808, a conselho dos ingleses. Mas logo depois de fazer sua tardia visita de conciliação a Portugal o rei cairia doente.
Seu filho, Filipe IV, é aclamado rei da Espanha. Para Portugal, rei Filipe III. O jovem rei Filipe tentou ganhar a simpatia dos portugueses criando os Estados do Brasil e do Maranhão, entregando sua gestão a administradores lusitanos, em 1621, mas suas políticas foram desastrosas e arruinaram Portugal.
A Espanha sofre crescentes ataques e para financiar as guerras defensivas impõe altos impostos às colônias. Os lusitanos se rebelam e conduzem sua revolução à vitória, em dezembro de 1640, com a ascensão ao trono do rei d. João IV, o Duque de Bragança.
É já sob pleno domínio português, portanto, que em 1751 o Estado do Maranhão passa se intitular Estado do Grão-Pará e Maranhão, tendo sua capital transferida de São Luís para Belém. Seu território compreendia as regiões dos atuais estados do Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Maranhão e Piauí.
Via Direta
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