Quinta-feira, 3 de julho de 2014 - 20h01
A poderosa nominata
Liderado pelo PMDB, o chapão governista a Câmara dos Deputados vem recheado de nomes puxadores de votos, reforçada pelos representantes do PTB, PDT, PSB e outras agremiações alinhadas. Até o resultado final da formação da chapa foram muitas idas e vindas, já que nomes de grande densidade, como Nilton Capixaba, encontravam resistências nas hostes do partido situacionista.
Foi preciso uma insurreição geral das legendas aliadas para que toda situação fosse acomodada e o governador Confúcio Moura não fosse prejudicado com a situação criada – uma chapa puro sangue chegou a ser anunciada - pelos articuladores chapas brancas.
Com todas as coligações em campo, as estimativas iniciais é que a coalizão governista faça de quatro a cinco deputados, o Frentão emplaque um ou dois representantes, o PT em vôo solo um e a aliança cassolista a muito custo um federal. As urnas voltam e meia desmentem as projeções iniciais e as surpresas tem sido uma rotina nos últimos pleitos e a fragmentação de votos nos pólos regionais mais importantes pode beneficiar os postulantes das cidades menores.
As desistências
Muitas desistências nesta reta final de registro de candidaturas. Uma delas foi do juiz aposentado Léo Fachin (PTC). Mas a desistência mais comentada na aldeia foi a do milionário Mário Português, do PMDB, depois de conversar com familiares de correligionários. Festa na nominata do chapão governista: Portuga era considerado um adversário indigesto.
Padre Ton
Muitos questionam ainda a decisão do Padre Ton (PT) em disputar o governo do estado. Ora, na coalizão governista era seria um mero figurante, na candidatura ao governo um protagonista. No mais, o crescimento do candidato petista na capital deve-se muito a rejeição do governador Confúcio e do prefeito Mauro Nazif. Se a dupla Confúcio e Mauro melhorarem suas performances até outubro o padre se estrepa, não melhorando Ton disputa a ponta na capital.
As definições
Para o próprio governador Confúcio Moura – desconfiado com tudo – as coisas só estarão definidas mesmo no sábado, ultimo prazo do registro das candidaturas. No entanto, os dois últimos vices foram definidos: de Confúcio Moura, com Daniel Pereira (PSB) e do Padre Ton (PT), a vereadora Fátima, de Porto Velho, numa chapa puro sangue. Com isto, todos os times estão escalados.
Chapa quente
A formação de nominata da aliança governista a Assembléia Legislativa exigiu nos últimos dias esforços de todos os dirigentes partidários, tanto do PMDB como das agremiações aliadas da gestão da Cooperação. Como se sabe, o PMDB tem a chapa mais forte e projetava eleger pelo menos quatro deputados. Com a coligação proporcional poderia perder cadeiras.
Voduzando
Com todo mundo voduzando todo mundo, acabei acusado da mesma prática pelos políticos. Diante dos boatos na terça e quarta feira de uma possível inversão de postos na chapa do Frentão e se Bianco sairia ao Senado, perguntei a Expedito e ao Neodi se a coisa era verdade e eles soltaram gargalhadas. “Coisa de louco! Você esta querendo voduzar a gente?”. A chapa foi mantida e Bianco sai a federal.
O crescimento
Impressiona o crescimento dos inelegíveis para as eleições de outubro em comparação com os dados oficiais da Procuradoria Geral da República em 2010. Já são quase 350 mil de políticos, funcionários públicos e empresários inelegíveis, um crescimento de 180 por cento. É coisa de louco, torcida brasileira: Isto cresce mais do que juros bancários.
Via Direta
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