Quinta-feira, 23 de junho de 2011 - 09h13
Reforma política
Volta e meia, e de acordo com o jogo de conveniências dos governantes de plantão voltam à tona temas como o fim da reeleição e a prorrogação de mandatos. Constantes nos idos do governo militar as alterações na legislação eleitoral na época visavam prejudicar o partido da oposição, no caso o antigo MDB.
Entrando em pauta
Na atual proposta de reforma política os temas estão de volta, já em discussão na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, assim como os projetos de financiamento público de campanha etc. Alguns assuntos em apreciação são polêmicos e por isso, os parlamentares tem demorado para chegar a um denominador comum.
Não reage
Era prioridade zero do governador da Paraíba Ricardo Coutinho se livrar dos doze maiores facínoras do estado, entre eles alguns detentores de fugas cinematográficas naquelas bandas. Então, cara-pálida leitor, nada melhor do que despachar para um estado onde a classe política é omissa e não reage: trocado em miúdos, foram enviados para nossa Rondônia amada.
Vai se confirmando
Aquilo que se temia, quando os políticos locais comemoravam a construção de uma penitenciária federal em Porto Velho, vai se confirmando. A construção de um presídio federal na Amazônia era para servir de penico para as tensões sociais do sul maravilha, do Sudeste e de outras regiões do país. A União nos proporciona mais e mais presentes de grego – além das usinas.
A transposição
A disparidade das informações em torno das datas da assinatura do decreto da transposição em Rondônia, com a presença da presidente Dilma Roussef é de deixar o funcionalismo público de cabelos em pé. Desde o ano passado mais de 10 datas diferentes foram divulgadas, culminando com a última, divulgada pelo senador Valdir Raupp, dia 5 de julho.
As turbulências
Os prefeitos rondonienses vivem momentos de turbulências com adversários e desafetos de Porto Velho á Cacoal, de Guajará Mirim a Pimenteiras. Em Cacoal, por exemplo, dois vereadores querem a cassação do padre Franco, enquanto que na capital dois deputados desancam Roberto Sobrinho. No Cone Sul já tem prefeito afastado.
Ranking nacional
O novo ranking nacional de partidos com os respectivos números de filiações foi alvo de levantamento do Tribunal Superior Eleitoral. O PMDB, na ponteira e o PT em segundo lugar, todo mundo já imaginava. A surpresa é o PP, na terceira colocação, com mais filiados do que o PSDB (em 4º) que já teve presidente da República eleito. Em seguida temos o PDT (na 5ª posição) e Democratas (6º).
Antigo Arenão
Os partidos filhotes do antigo Arenão – esta sigla sustentava o governo militar durante o bipartidarismo – são o PP (que antes foi PDS) e os Democratas, que já foram PFL no passado, antes do rompimento com o PDS, quando da formação da Aliança Democrática (PMDB/PFL) aquela que garantiu a vitória de Tancredo Neves sobre Paulo Maluf na disputa presidencial da década de 80.
Do Cotidiano
O PDT e Brizola
Como um “foquinha” ao final dos anos 70, fui testemunha ocular na volta do exílio do caudilho Leonel Brizola, por Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai. Não imaginava que Brizola se recuperasse tão rapidamente na política nacional, já se elegendo governador do Rio de Janeiro em 1982.
Figura histórica do trabalhismo, herdeiro deste segmento dos presidentes Getulio Vargas e João Goulart, Brizola seria vitima de uma trama do então ministro Golberi do Couto e silva, o mago do regime, impossibilitando com tantos casuísmos que a histórica legenda do PTB fosse destinada à Brizola.
Aliada do regime militar, Ivete Vargas, deputada federal pelo Rio de Janeiro, acabou ficando com o controle do PTB. Foi então, que o caudilho do socialismo moreno se viu obrigado a fundar o PDT o que ocorreu de uma disputa travada na justiça pela sigla.
Completando mais um aniversário, o PDT foi objeto de homenagem do líder do partido no Senado, Acir Gurgacz n terça-feira. Em discurso, lembrou a trajetória histórica do seu fundador Leonel Brizola.
O caudilho gaúcho, que teve na sua carreira eleições desde deputado federal, prefeito, governador do Rio Grande do Sul e duas vezes do pelo Rio de Janeiro, de retorno ao Brasil depois da lei da anistia, voltaria a ter papel significativo na luta pelas eleições diretas a presidência, ao lado de Tancredo, Ulysses, Franco Montoro, Lula e cia. Disputou duas eleições presidenciais, não conseguindo êxito, com sua ascensão prejudicada pelo fenômeno Luis Inácio Lula da Silva e o seu PT da estrela vermelha que começava a empinar Brasil afora encarnando o trabalhismo moderno no país. Nas duas eleições, como se recorda, deu FHC no segundo turno.
O fundador do PDT deixou um legado importante para o partido hoje transformada na quinta legenda brasileira em numero de filiados, depois de mais de vinte anos de criação.
Em Rondônia, o PDT é impulsionado pelos migrantes gaúchos, catarinenses e paranaenses, onde a sigla tem mais expressão em numero de filiações partidárias. De Samuel Saraiva, o precursor nos anos 80, Hugo Motta e Eurípides Miranda nas décadas seguintes, o partido hoje tem no seu comando esatdual o senador Acir Gurgacz.
Via Direta
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