Adeus, Caboclo!

Adeus, Caboclo!

Com a morte de Paulo Queiroz, o jornalismo rondoniense fica mais pobre e com uma lacuna impreenchível. Dono de um estilo refinado, ao mesmo tempo combativo, o mago das letras era um cara, como se dizia na sua terra, no Nordeste – um bordão que ele usava muito – prego batido, ponta virada! Deixa tantos amigos, fãs e admiradores que ele carinhosamente chamava de caboclos.

Muitas saudades

A perda de grandes amigos nos últimos anos tinha deixado Paulão muito abalado – e até deprimido. Desde Teobaldo Viana na década passada, mais recentemente Odair Cordeiro e ainda na semana de carnaval, Manelão. E foi ainda, durante o carnaval – não foi mais visto a partir de segunda – que se ele se despediu deste plano.  

Longa trajetória

Com uma trajetória de mais de três décadas na imprensa rondoniense, Paulão tinha atuado na maioria dos diários da capital e recentemente voltado ao jornal Estadão do Norte (Foto abaixo), periódico que o projetou.  Mesmo aposentado na Unir, voltou à ativa animado com seu novo projeto, o jornal eletrônico Rondoniasim. Polivalente atuava ainda em outros veículos.

Novo partido

Ao meio de tantas propostas para a reforma política no Congresso Nacional, vai surgindo uma nova agremiação no país já com vistas às eleições presidenciais de 2014 e futuras alianças e coligações. Trata-se do Partido da Democracia Brasileira –PDB, que já desponta com uma bancada razoável de deputados federais, garantindo assim recursos da legislação eleitoral e espaço no horário gratuito.

Novas lideranças

O PDB, que é articulado pelo atual prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, surge como alternativa para lideranças políticas sem espaço nos Democratas, PSDB, PTB etc. Mas terá um tiquinho do PSB, do governador do Pernambuco, Eduardo Campos, que pretende se candidatar a presidência em 2014. Portanto, pinta, mais uma entidade partidária frankstênica nas paradas eleitorais.

Os vermelhinhos

Com asas crescidas, os vermelhinhos do PCdo B terão encontro estadual neste final de semana para discutir seu projeto de eleições municipais do ano que vem. A legenda tem como opções como pré-candidatos a prefeito em Porto Velho, o deputado David Chiquilito e em Vilhena, com o atual superintendente de turismo Júlio Olivar.

Ajuda humanitária

Com o argumento de que Porto Velho tem mais condições de prestar ajuda humanitária e de emprego, em vista da construção das suas duas hidrelétricas, as autoridades petistas acreanas despacharam – e bancaram a custas da viagem – para um grupo de 120 haitianos que deixaram seu país de origem por causa da fome e de falta de perspectivas.

Presente de grego

Porta de entrada do Brasil para levas de imigrantes asiáticos, peruanos e haitianos, o Acre recebe com carinho os recém-chegados, faz de conta que promove ajuda humanitária e despacha logo em caravana os imigrantes indesejáveis para Rondônia tratar. Um verdadeiro presente de grego, que acaba nas mãos do governador Confúcio Moura. Acampados por aqui, os asilados esperam oportunidades de emprego.   

Do Cotidiano

Ingenuidade e avidez

“Parabéns! Você ganhou um carro!” Mensagens como essa, recebidas via celular têm atraído centenas de pessoas para um velho golpe que tem como objetivo tirar dinheiro de quem cai no conto. Esse golpe, já velho, tem sido aplicado com muita freqüência a partir de presídios nos quais há circulação de aparelhos celulares.

A mensagem chega pelo celular dizendo que o dono do aparelho foi contemplado com um grande prêmio – carro, casa ou quantias em dinheiro dados por uma emissora de televisão ou operadora de telefonia. Para “ganhar” aquilo a que sequer estava concorrendo, a pessoa deve ligar “grátis”, geralmente, para um número com prefixo 85, correspondente a Fortaleza (CE).

Quem cai no golpe ouve coisas como estas, gravadas pelo jornal Gazeta do Povo, de Curitiba (PR):

“É, sim senhor, aqui é do SBT. (...) É verdade, meu querido. É uma promoção da Rede Record”.

“Meus parabéns, meu querido, pode comemorar. Como está a sua felicidade sendo o ganhador?”

“O senhor está preparado neste exato momento para receber este prêmio. O senhor vai fazer uma doação de R$ 450 para uma instituição não governamental”.

Depois de um tempo de conversa, ele perguntou se a reportagem estava pronta para ganhar o prêmio. Surgiu então uma tarefa relâmpago. Em 30 minutos, era preciso sacar R$ 450 e depositar em uma conta bancária passada por ele para liberar o prêmio.

O destino do dinheiro muda no decorrer da conversa – inicialmente iria para uma organização não-governamental e depois para a diretoria da emissora. Ao saber que estava falando com um jornalista, o golpista revelou ser um presidiário.

A ilusão de conquistar bens sem qualquer esforço, apenas com rezas, simpatias ou tendo “sorte” é o que mais contribui para que pessoas inexperientes e muito crédulas caiam em golpes como o da mensagem premiada.

“As pessoas se prendem facilmente com o ganho fácil. É o que funciona nos golpes”, avalia a psicóloga Cléia Oliveira Cunha. “Na hora, a empolgação, a euforia é tão grande que toda a lógica se perde. Perde-se o raciocínio lógico, a coerência e o espírito crítico”.

Via Direta

*** A produção de grãos na região Norte cresceu apenas 4,5 por cento conforme o IBGE *** A melhor performance aconteceu no Nordeste, com crescimento de 27 por cento *** Em pé de guerra contra o reajuste das tarifas de coletivos, universitários e entidades sindicais preparam novo ato de protesto em Porto Velho.
 

Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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