Quinta-feira, 25 de setembro de 2014 - 06h06
As rivalidades tribais
Pelos mais diversos fatores, as agencias contratadas para as campanhas majoritárias e que projetaram facilidades para os seus clientes, estão com dificuldades em cumprir o prometido. Temos características diferentes com relação aos estados com lideranças políticas mais tradicionais, rivalidades tribais acentuadas e cidades com uma certa tradição de se voltar
contra seus governantes de plantão, como Porto Velho, Vilhena e Guajará Mirim.
Houve quem prometeu vitória – tanto na situação como na oposição - em primeiro turno para disputa ao governo e baita diferença de votos ao Senado. Num estado onde as coisas se definem nas últimas duas semanas – e aqui o numero de indecisos continua exagerado junto com aqueles que acenam com votos nulos e brancos – o compromisso tão otimista é uma temeridade.
Com as pesquisas vigentes contrariando promessas, tem gente já sendo apupada nas coligações. Mesmo porque a política, como sempre lembro, não é uma ciência exata. A situação fica pior ainda para aqueles que não sacaram ainda que por a aqui até inauguração de WC público ou eleição de inspetores de quarteirão dá confusão, prostituta se apaixona e traficante cheira!
Eleições 2014
Em busca de subsídios para avaliar a campanha eleitoral percorri no final de semana os bairros mais populosos das Zonas Leste e Sul de Porto Velho, onde estão concentrados dois terços do nosso eleitorado. Fiquei mais confuso ainda com a situação em vista da elevada taxa de indecisos em todos os níveis. Como sempre, a escolha na capital se define nos últimos dias.
As chuteiras
Conversei no meio de semana com o ex-deputado estadual Renato Veloso, renomado oftalmologista e ele me informou, que mesmo gostando muito da política resolveu pendurar as chuteiras de vez. “É importante saber quando parar”, explicou ele que foi um recordista de mandatos eletivos consecutivos – vereador em Ji-Paraná e deputado pela região central - quando encerrou a carreira.
Em Belo Monte
Encontrei um grupo de operários de Porto Velho que trabalha na Usina de Belo Monte, na região de Altamira, no Pará, desembarcando no aeroporto Belmont. Eles que já trabalharam em Santo Antônio e Jirau, explicaram que lá as dificuldades são bem maiores por causa dos índios. Todos têm história para contar de corridões que levaram. “Os índios são brabos e volta e meia, nos expulsam do acampamento”, disseram.
A diferença
Conforme os operários de Belo Monte, em Altamira, os políticos, as lideranças empresariais – e até os índios - não são frouxos - como os de Porto Velho já que naquelas bandas não permitiram as usinas continuar suas obras sem solução para os problemas cruciais de infra-estrutura. “Em Altamira e cidades próximas, está saindo rede de água e esgoto, pavimentação e moradia. Lá os políticos não se venderam”, criticam.
Apenados a solta
Não bastasse às centenas de mandados de prisão para serem cumpridos, temos apenados demais a solta e perambulando pelas ruas de Porto Velho aprontando das suas. Volta e meia acabam presos por roubos e assaltos de novo ou morrendo em conflitos na sangrenta disputa pelo controle de venda de drogas em nossa periferia. Tanto preso a solta precisa ser investigado pelas autoridades de segurança.
Via Direta
*** As últimas previsões metrológicas são de fortes chuvas em Rondônia durante o inverno *** E pobres das mãezinhas dos prefeitos, que vão pagar o pato *** As garotas programa de luxo que desembarcaram por aqui neste ano reclamaram do “movimento” *** Segundo elas, na campanha política de 2012 os “negócios” foram bem melhores. Antes cobravam o programa R$ 400,00 e agora R$ 250,00. Tadinhas, né?
CAPA DO JORNAL DIÁRIO DA AMAZÔNIA DESTA QUINTA-FEIRA
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