Quinta-feira, 12 de maio de 2011 - 05h51
A anistia concedida pelos políticos às barbaridades cometidas pelos policiais militares em Porto Velho vai resultar em problemas futuros para os rondonienses. Com a impunidade, as lideranças sindicais dos PMs – que na verdade querem ser deputados e vereadores nos próximos pleitos – ficarão mais confiantes - e de asas crescidas para futuros badernaços.
Além da busca de um Pacto Federativo mais justo para os municípios, os prefeitos brasileiros também cobraram em Brasília durante a 14º Marcha, o andamento de obras do PAC I. Mesmo com poucas obras da primeira etapa concluídas, o governo federal já anunciou um PAC II. Porto Velho, por exemplo, está no prejuízo com uma penca de obras paradas.
Mais vagas
Nos bastidores o que se propala é que a Câmara Municipal de Porto Velho deve aumentar o numero de vagas, através de projeto de lei para as eleições do ano que vem. Com isso, seriam colocadas em disputa 21 cadeiras no Legislativo local, atiçando a cobiça de inspetores de quarteirão de Praia do Tamanduá as barrancas do Rio Pardo.
Em formação
Ao meio de tantas especulações sobre as eleições municipais do ano que vem em Porto Velho – os primeiros movimentos estão em curso – já se fala na criação de um “Frentão” que estaria envolvendo conversações entre os dirigentes regionais José Bianco (DEM), Moreira Mendes (rumo ao PSD), Expedito Junior (PSDB) e Miguel de Souza (PR).
Coalizão de forças
Este “frentão” teria candidatura única a prefeito em coligação, com siglas de outros credos cedendo o vice. Verdade ou não estes dirigentes tem se reunido, conversado muito a respeito da corrida sucessória na capital, lembrando que todos já estiveram juntos em algumas jornadas anteriores. É consenso, que o PT dividido, não terá força de se garantir no Palácio Tancredo Neves.
Lado petista
Do lado dos petistas, o que se vê é que as duas alas começam a definir estratégias para as convenções municipais e com candidaturas díspares. Do lado do grupo da ex-senadora Fátima Cleide, já é claro que o nome ungido é do deputado estadual José Hermínio. Já pelas bandas do prefeito Roberto Sobrinho, Cláudio Carvalho pinta como escolhido.
Ninguém assusta
A grande verdade é que nenhum destes nomes petistas assusta o PMDB – que já tem pelo menos três pré-candidatos -, as siglas aliadas da base de sustentação do governador Confúcio Moura, ou até mesmo os partidos da oposição. A fragilidade petista é que motiva a cobiça de tantos candidatos de olho em grandes obras projetadas para a capital e num trampolim para o Palácio Presidente Vargas.
Asas crescidas
Do deputado federal Mauro Nazif (PSB), que largou na frente (é considerado inicialmente o favorito da jornada 2012 na capitel) até os Democratas que já estão confiantes e prometem surpresa nos próximos os dias com a adesão de um candidato de ponta, a sucessão municipal já esta sendo debatida. E nomes novos começam a ser ventilados, com o debutante Ivan da Saga (PP).
Do Cotidiano
O medo e a insegurança
O avanço da criminalidade e a espetacularização televisiva de seu combate, tendo como tela e vitrine o Rio de Janeiro, recrudesceram na população um temor que já existia, especialmente na classe média.
Poderia até parecer exagero afirmar que 90% da população têm medo da insegurança, não fosse à respeitabilidade do organismo que chegou a esse dado: o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), ligado ao governo federal.
Além de temer os “bandidos”, como são chamados todos aqueles eventualmente perseguidos pelas polícias, a população também teme os órgãos de segurança pública: a Polícia Militar tem a desconfiança total ou parcial de 70,7% dos entrevistados e a Polícia Civil desperta desconfiança em 69,9% dos cidadãos. O atendimento das instituições é qualificado como lentos, ineficientes, desrespeitosos e preconceituosos.
O medo também motivou uma pesquisa original promovida no âmbito da Universidade de São Paulo (USP). A intenção é tentar compreender os fundamentos das manifestações de medo e de ansiedade, tanto em relação ao processamento das informações sensoriais e à expressão comportamental, como no que diz respeito aos mecanismos neuroquímicos e moleculares que geram respostas defensivas associadas a esses estímulos.
Se a pesquisa do Ipea procurava saber do que o povo brasileiro tinha medo, a pesquisa da USP tenta entender como o medo se manifesta no ser humano para, dessa forma, buscar mecanismos para superá-lo. De acordo com Marcus Lira Brandão, professor titular da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras em Ribeirão Preto (SP) e coordenador do projeto temático “Psicobiologia do medo e da ansiedade”, o principal desafio consiste em aplicar uma abordagem integrada, capaz de relacionar sistemas neurais e comportamentos.
Ao todo, as pesquisas envolvem nove grandes projetos com abordagens distintas, sejam elas comportamental, imuno-histoquímica, sensório-motora, eletrofisiológica e neuroquímica da reação de defesa.
Via Direta
*** As acomodações partidárias seguem até 5 de outubro pra aqueles que pretendem trocar de partido e disputar cargos eletivos *** O governo Confúcio anda “cassolista” até os tubos *** De Nilton Capixaba a Moreira Mendes, de Luizinho Goebel a Lebrão, é todo mundo pulando cirandinha com o Palácio Presidente Vargas.