Terça-feira, 18 de março de 2014 - 05h06
Baitas dificuldades
Já bem próximo do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, o governador Confúcio Moura que planejava uma arrancada final para se reeleger nas eleições de outubro vai ter que continuar controlando os gastos com pessoal – adeus reajustes, senhores da guerra sindicais – e economizar tudo o que puder para manter o pagamento dos servidores em dia.
Não bastasse a situação aflitiva do erário, a arrecadação deve despencar em algumas regiões do estado – Porto Velho e a região de fronteira são vitimas das enchentes dos rios Mamoré e Madeira – complicando ainda mais os esforços da gestão Cooperação em gerar uma herança positiva para o próximo governo.
Diante deste quadro, pode-se imaginar o que poderia estar acontecendo agora se a Assembléia Legislativa não tivesse aprovado no ano passado o PIDISE, um programa de investimentos em infra-estrutura. No entanto, muitas obras não serão concluídas a tempo, embora na esfera da saúde vários hospitais estejam prontos, mas com problemas para serem equipados e pessoal contratado.
Enfim, com a canoa vazando, e vivenciando uma cheia histórica, o governo estadual que chega ao final com a máquina azeitada, teve o azar de pegar pela frente a maior cheia do século. Tem, diante deste quadro, um processo de recuperação política difícil – mas não impossível - até outubro.
A transposição
Se tivesse alguma boa noticia para dar sobre a transposição, a presidenta Dilma Roussef (PT) teria dado para a aflita população de Rondônia na sua visita do final de semana. Como não tinha, e o governo federal esta contingenciando recursos (pobre funcionalismo público de Rondônia...), optou por falar apenas sobre as enchentes. Uma clara desculpa para evitar o tema indigesto.
Coisa de louco!
Outra coisa que impressionou foi à visível defesa das usinas (refugio de boquinhas dos petistas). Para ela a responsabilidade da tragédia tem a ver apenas com as chuvas pesadas que desabam dos altiplanos bolivianos. Não se discute que seja o principal motivo. No entanto, as usinas falharam nos estudos de impacto ambiental e isto já foi constatado pela própria justiça, que condenou os consórcios.
Jogo de cena
PP e aliados definiram em Ji-Paraná que tem dois pré-candidatos ao governo. O deputado Maurão de Carvalho (Ministro Andreazza) para fazer o papel coadjuvante e a verdadeira candidata, empresária Ivone Cassol (Rolim de Moura), que poderá se transformar na primeira governadora de Rondônia nas eleições de outubro.
Duas viúvas
O encontro também gerou duas viúvas no cassolismo: o deputado estadual Neodi Carlos (PSDC-Machadinho) e o prefeito de Vilhena Zé Rover. Ambos também sonharam com o apoio do senador Ivo Cassol para a disputa do Palácio Presidente Vargas no pleito de outubro. Agora já sabem que estão rifados.
Contas petistas
Nas contas petistas, para as eleições de outubro o partido tem mais de 20 por cento do eleitorado em Rondônia. As mesmas contas foram feitas nas eleições municipais em Porto Velho, quando Fátima Cleide ficou quase na lanterninha, bem atrás de Nazif (eleito), Garçon, Mariana e Mário Português. Só uma nova onda vermelha para colocar os petistas no pódio de novo por aqui.
Via Direta
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