Sexta-feira, 30 de março de 2012 - 05h26
Nosso Hitchcock
Político veterano, catimbeiro como um centroavante argentino, o mago do suspense José Bianco, atual prefeito de Ji-Paraná, com redutos bem firmados na região central e na capital, vai enrolando suas definições para o pleito 2012. Bianco Hitchcock sabe valorizar os Democratas.
No PMDB
Visando as prévias do PMDB na capital, o Dr. José Augusto, pré-candidato do partido abriu conversações com correligionários. Ele conta com boa base de apoio para ter seu nome sacramentado nas convenções municipais de julho. Seus concorrentes são Valni Cavalheiro e Edson Duarte.
Prisão e caixão
Entusiasmado com os bons resultados no combate ao crime em Rondônia, principalmente com a prisão de duas quadrilhas que estavam arrombando caixas eletrônicos com dinamite, o secretário de segurança Marcelo Bessa advertiu aos bandidos de plantão: que se regenerem, porque aqui o destino deles é “a prisão ou o caixão”.
Rompimento
O Frentão, a coalizão formada por um grupo de partidos, implodiu ontem. O presidente regional do PR Miguel de Souza, pré-candidato a prefeito, farto das trairagens das siglas aliadas optou pela ruptura. O copo transbordou com o anuncio do PSDB que dividiu o bloco de vez ao anunciar cinco pré-candidatos.
Siglas nanicas
A Frente Nanica, formada pelo PMN, PSL, PRB, PTN e PRB nega a intenção de negociar com partidos de ponta e garante que seu pré-candidato a prefeito é o vereador Mário Sérgio. Desde que mundo é mundo os partidos nanicos funcionam como siglas de aluguel. Desta vez garantem que será diferente!
Na Processante
Com a indicação do deputado estadual Adelino Follador (DEM-Ariquemes), a Comissão Processante da Assembléia Legislativa ganhou um representante com credibilidade e imbuído a fazer justiça no caso dos deputados envolvidos na Operação Termópilas. Follador garante que dará uma resposta à altura.
As festividades
O grupo Eucatur esta em preparativos para festejar mais um aniversário de existência neste sábado, dia 31 de março. Com presença na maioria dos estados do país, marcadamente no Paraná e Rondônia, a empresa que nasceu em Cascavel (PR), sob o comando do seu Assis, e ganhou asas em Rondônia nos anos 70 e 80.
Nas paradas
O apresentador Dalton do Franco, provável candidato a prefeito pelo PDT, abriu visitações aos bairros, entidades e principalmente aos dirigentes do socialismo moreno que vão decidir o nome do partido nas convenções de julho. O ex-deputado esta otimista e já discute alianças em busca de um vice.
Clãs políticos
Os clãs políticos do estado começam a definir seus jogos de estratégias para as eleições de outubro. Na região de Ariquemes, onde o cacique Ernandes Amorim e sua filha Daniela estão impedidos de concorrer pela justiça, à família que já tem um prefeito na região, tentará outro, em Alto Paraíso, com Helma Amorim.
Do Cotidiano
Um nó no saneamento
Batida e repisada tantas vezes nas duas gestões do então presidente Luis Inácio Lula da Silva, a universalização do abastecimento de água e coleta domiciliar de esgoto no Brasil ainda esta muito longe de acontecer. Se estados mais tradicionais, como o Paraná, ainda conta em seu território com municípios distantes de atingir as metas governamentais, o que se pode dizer do que ocorre em Rondônia, Acre, Amazonas, Amapá e Roraima?
Recente pesquisa do IBGE aponta que o país dificilmente conseguirá atingir este objetivo até 2030. Em Rondônia, apenas Cacoal tem condições de alcançar antecipadamente a meta, já que é a cidade melhor dotada de infra-estrutura em termos de água e esgoto em toda região Norte.
Mas, o que dizer da pujante Porto Velho, com menos de quatro por cento de domicílios atendidos pela rede de esgoto? Com a metade da sua população de 430 mil habitantes - contabilizada pelo IBGE em 2010 - sem água encanada?
Com uma gigantesca migração nos últimos dois anos - que já começa a despencar - a capital rondoniense se transformou num poço de problemas sanitários, já, que a falta de saneamento influencia diretamente no aumento de pacientes com doenças gastrintestinais nos postos de saúde.
Também Ji-Paraná, o pólo regional mais importante do estado, com uma população próxima dos 120 mil habitantes, padece com a questão de infra-estrutura e saneamento básico. Se na distribuição de água, o município teve bons avanços nos últimos anos, já no quesito esgoto tratado, a cidade com quase quatro décadas de emancipação, esta atolada, como uma vaca no brejo.
Como Ji-Paraná, outros importantes municípios do estado, como Ariquemes e Vilhena, lutam contra a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia-Caerd para que os serviços sejam municipalizados ou privatizados. Neste caso, as redes seriam instaladas em parcerias públicas privadas.
O nó gordio criado em Rondônia é a estatal rondoniense que trata do saneamento. A companhia, criada ainda nos idos de território foi arrebentada por sucessivas administrações perdulárias, transformada em cabide de empregos pelos políticos.
Via Direta
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