Terça-feira, 26 de abril de 2011 - 06h05
A inauguração
Mesmo preocupado com a situação do trânsito, que será criada nas adjacências do Centro Cívico de Porto Velho, no bairro das Pedrinhas, o governador Confúcio Moura anuncia para 25 de agosto a inauguração da primeira etapa do Centro Político Administrativo, o futuro Palácio Rio Madeira.
A preocupação
A preocupação com o congestionamento de veículos na região da antiga Esplanada das Secretarias se justifica. Além do Tribunal de Contas do Estado, estão instalados no bairro, o Tribunal de Justiça, a Assembléia Legislativa, cujo prédio está em andamento, o monumental CPA e tantos outros órgãos públicos. Acomodar tantos veículos é um baita desafio.
Perdas do FPM
Os 172 municípios brasileiros – entre eles pelo menos uma dúzia de Rondônia – que perderam repasses do Fundo de Participação dos Municípios- FPM em vista de queda de população nos últimos anos estão apelando às instâncias federais para que a redução seja feita gradativamente nos próximos anos.
No Congresso
Para minorar as queixas dos municípios despovoados, os municipalistas também se movimentam no Congresso Nacional. O deputado federal Luis Carlos Henze (PP-RS) protocolou projeto de lei propondo que no primeiro ano o corte nas verbas fique limitado a 10 por cento, chegando a 20 por cento no segundo ano e assim sucessivamente.
PSD apavorado
Os partidos rivais – os mais prejudicados – do Partido Social Democrático –PSD, estão fazendo um verdadeiro bombardeio jurídico para impedir a homologação da sigla recém criada pelo prefeito Gilberto Kassab. Com isso, parte dos deputados federais e estaduais que aderiu está com medo de perder seus mandatos por infidelidade. Ninguém quer arriscar.
Pacote de bondades
Em Porto Velho, o prefeito Roberto Sobrinho, para compensar o desgaste gerado pela elevação da tarifa de transportes coletivos, lançou um verdadeiro pacote de bondades para recuperar o prestígio. Além da campanha de limpeza, ampliou a regularização fundiária, toca obras de macro-drenagem e pavimentação, além do lançamento do caminhão-peixe nos bairros, que foi um sucesso na Páscoa.
Carne de Jacaré
A comunidade do Cuniã, já esta produzindo carne de jacaré. Uma boa sacada da associação de moradores, já que ao mesmo tempo em que gera emprego e renda, combate a superpopulação do réptil que já tinha se transformado num grave transtorno para a população local. De pernas humanas decepadas a cães, gatos, patos e galinhas traçados, os anfíbios não estavam perdoando nada...
Em pé-de-guerra
Os conflitos tribais rolam a solta por Rondônia. Em Guajará Mirim os vereadores cassaram o prefeito Atalibio, em Mirante da Serra os edis se armam até os dentes para tirar o alcaide local do poleiro. A campanha das eleições municipais, nem começou ainda, mas os caciques regionais já estão em pé-de-guerra, de Vilhena a Ponta do Abunã.
Do Cotidiano
Os desafios pós-usinas
A recente pesquisa do Cadastro Geral de Emprego realizada em março ainda não indicava problemas de desemprego e reflexos maiores na economia de Porto Velho. Afinal tivemos a redução de quase oito mil operários na conturbada Usina Hidrelétrica de Jirau e mesmo assim a capital rondoniense se mantinha entre as cidades que mais tinha gerado postos de trabalho no país.
Mas o mês de abril sinalizou sensíveis quedas nas vendas de imóveis – as placas de aluga-se e vende-se aumentaram sensivelmente nos últimos dias – atingindo também outros segmentos, como o comércio varejista, enquanto que a elevada taxa de criminalidade voltava a assustar os rondonienses. O ramo hoteleiro começa a ser afetado e pequenas pousadas foram fechadas, como também muitas “estâncias” (Atenção interior sulista, mineiro e capixaba: o termo local designa conjunto horizontal de quitinetes) foram esvaziadas.
O preâmbulo foi feito, diante dos primeiros reflexos para a economia de Porto Velho pela crise de Jirau,verificados neste mês
de abril, onde também ocorreu redução na arrecadação de impostos, tanto para o estado, como também para o município.
Se a redução da massa operaria em oito mil já causou tantos reflexos na economia local, imagina-se o que poderá ocorrer quando mais de 25 a 30 mil trabalhadores deixarem Porto Velho nos próximos dos anos. Na verdade, o contingente pode chegar a uns 50 mil desempregados, já que além dos operários diretamente contratados nas usinas existem tantos outros de empresas que se dedicam (desde o ramo alimentício até o hoteleiro) as atividades de Jirau e Santo Antonio.
O que se questiona é que esta faltando planejamento para o período pós-usinas. Já se têm consciência do que poderá ocorrer, mas tanto a Secretaria de Estado do Planejamento, como a esfera municipal, não tem se dedicado como deveria para tratar do problema e seus efeitos.
Passou da hora do governo do estado, prefeitura de Porto Velho, bancada federal, Assembléia Legislativa, a Câmara Municipal, as entidades ligadas ao comércio e indústria e tantos outras começarem a se reunir para traçar diretrizes, buscar um rumo, para o pós-usinas. Não podemos esperar mais, o tempo urge - e ruge.
Via Direta
*** Mesmo que não tenham trocado o domicilio eleitoral, Marinha Raupp e Expedito Júnior tem sido cogitados pra entrar na disputa da prefeitura de Porto Velho em 2012 *** Se quiserem ainda dá tempo: terão que mudar o título de Rolim de Moura até outubro *** Nenhum deles, no entanto confirma esta disposição. Não querem se queimar no interior.