Terça-feira, 8 de maio de 2012 - 05h25
Nossos deputados
Vários deputados estaduais e federais estão ensaiando candidaturas na temporada. Entre os estaduais, estão Hermínio Coelho (Porto Velho), Adelino Follador (Ariquemes), Jesualdo Pires (Ji-Paraná), Glauciony Nery (Cacoal) e Luizinho Goebel (PV-Vilhena). Dos federais apenas Mauro Nazif (Porto Velho)
As mudanças
Como vários parlamentares são favoritos em seus respectivos municípios, o pleito vai ocasionar mudanças nos quadros das bancadas na ALE-RO e na Câmara Federal. Os suplentes petistas Anselmo de Jesus (federal) e Cláudio Carvalho (estadual) são os mais esperançosos pela titularidade.
Pulando cirandinha
Tendo como o pano de fundo 2014, caciques regionais antagônicos começam a discutir alianças nos principais colégios eleitorais. É o caso dos senadores Ivo Cassol (PP) e Valdir Raupp (PMDB) que poderão estar no mesmo palanque em Ji-Paraná. Alguns entendimentos já foram mantidos pelas bases.
Tendência inicial
Inicialmente a tendência é dos candidatos da base aliada (PMDB/PT) governista levar pau nos principais colégios eleitorais do estado. Na oposição ninguém acredita que o governo do estado conseguirá se recuperar a tempo para criar condições favoráveis a seus candidatos.
Os reflexos
Na capital, os dois pré-candidatos que vão liderando as pesquisas – Mauro Nazif e Fátima Cleide – também poderão ser prejudicados na campanha 2012 caso a transposição dos servidores não aconteça. Vai ser muito difícil que o beneficio saia a tempo. Ambos foram os grandes protagonistas da causa do funcionalismo.
Fazendo as contas
É fazendo estas contas – com os candidatos governistas debilitados e com os favoritos possivelmente prejudicados perante ao funcionalismo pela causa da transposição – que os demais postulantes a prefeitura vão se encorajando. Num cenário assim, que Garçon, Miguel de Souza, Dalton Di Franco, e Ivan Rocha podem surpreender.
Uma revoada
Com a crise mundial afetando as economias dos Estados Unidos, Japão, Portugal, Espanha, os imigrantes rondonienses – sobretudo da região central continuam em revoada. Só na semana passada foram dezenas deles, principalmente carpinteiros, pedreiros, construtores, babás e domésticas. Veja em Cotidiano.
Cadeia produtiva Não bastasse o recuo da economia de Porto Velho, a diminuição da arrecadação na esfera estadual, a cadeia produtiva do leite, já penalizada pelos baixos preços pagos ao produtor é vitima de uma cruel cartelização dos laticínios. E agora a nossa bacia leiteira se afunda mais ainda com o alto preço dos insumos.
Mais atenção
As esferas governamentais precisam ficar atentas à crise do leite porque são milhares de pequenos produtores atingidos. A desoneração dos insumos de produção seria uma das saídas para favorecer essa classe trabalhadora tão sofrida no campo. Além disto, temos pela frente o sério problema do êxodo rural. |
Do Cotidiano
A revoada das andorinhas
Como aquelas andorinhas em revoada, muitas com as asas quebradas, os imigrantes brasileiros que buscavam o sonho da independência financeira nos Estados Unidos, Portugal, Espanha e Japão, continuam desembarcando em solo brasileiro, hoje com a economia mais estável e em condições de atender melhor esta massa trabalhadora.
Recente estudo do IBGE demonstra que desde a bolha imobiliária afetou a economia americana, mais recentemente somada a crise econômica internacional, que o refluxo imigratório tem aumentado para o Brasil. O caminho inverno trás milhares de trabalhadores - principalmente da construção civil - outrora prósperos - com os bolsos vazios, buscando recomeço. Impressiona também a diáspora de volta de prostitutas e travestis que estavam sediadas em Portugal, Espanha e Itália.
Tratando-se de Rondônia, os municípios que mais recebem o retorno são Porto Velho, Ariquemes, Ouro Preto, Jaru, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena. Além de receber, o refluxo, o Brasil, como se sabe, com a economia em alta, também recepciona contingentes de peruanos, bolivianos e mais recentemente de haitianos, mão de obra utilizada para aliviar os gargalos da construção civil e do ramo têxtil na regiões Sul e Sudoeste do país.
Nos paises vizinhos também foram constatadas revoadas para a pátria verde amarela. Os brasileiros que imigraram para a Argentina nas décadas passadas também estão voltando. Já, no caso do Paraguai, a revoada é enorme em vista das más perspectivas dos chamados brasiguaios, sem garantia a posse da terra adquirida há mais de 30 anos.
Não fosse a construção civil tão aquecida no Nordeste, no Centro Oeste, no Sudeste e no Sul do pais, mais as obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e da Copa do Mundo, os recém chegados teriam dificuldades pra encontrar ocupação. Mas em Porto Velho, cidade campeã na geração de empregos até 2011, acabou de vez a fartura de postos de trabalho - e os reflexos sociais decorrentes já começam a aparecer.
VIA DIRETA
*** E os pré-candidatos a prefeitos na capital precisam mesmo divulgar seus nomes *** Mais da metade do eleitorado não sabe quem são nossos conforme as primeiras pesquisas*** O ex-deputado federal Nobel Moura visitou nossa redação ontem pela manhã.
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