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Carlos Sperança

Cassolistas, os cristãos novos da gestão de Confúcio


Eleição no além

Não deu em nada o desafio de FHC para uma disputa  presidencial entre os dois  em 2014. O tucano tinha bazofiado que estava pronto para a peleja. Logo em seguida, reconheceu que já não tinha mais idade para isso. Lula foi mais longe, “não temos mais idade, só se for no além”, ironizou.

 

Em pé-de-guerra

Depois de enfrentar a paralisação dos policiais – que acabou tirando de letra – o governador Confúcio Moura tem um osso mais duro para roer já no mês que vem: trata-se dos trabalhadores da educação, vinculados ao Sintero que se preparam para entrar em greve. O anuncio deve ser sacramentado em assembléias regionais.

 

Mais desafios

Ao mesmo tempo o governador dá tratos à bola com sua cuca de professor Pardal para atender os pleitos de tantos partidos da base aliada exigindo mais espaço na sua gestão. O PC do B precisa projetar David Chiquilito para as eleições municipais e para isso, cobra uma secretaria. O PV vai na mesma toada e haja chororô!

 

Os ex-cassolistas

E pasmem, cara-pálidas leitores, até os cassolistas, cristãos novos da gestão suprapartidária do governador Confúcio, também clamam por uma secretaria de estado, preferivelmente com as porteiras fechadas. E ainda tem o José “Raupp” Lenzi  rondando o Palácio Presidente Vargas na busca da  sua ...   

 

Peixe e circo

O sucesso do caminhão-peixe do prefeito Roberto Sobrinho, que percorreu os bairros na Semana Santa, vendendo peixe a preço de banana, ficou entalado na garganta dos adversários. Estão xingando o prefeito de demagogo e politiqueiro até agora. Segundo eles, os romanos davam pão e circo para o povão ficar alienado. Já, Sobrinho dá “peixe e circo”. 

 

Audiências públicas

Projetando audiências públicas para debater os problemas da agricultura dos frigoríficos e da regularização fundiária em Rondônia – algumas delas já foram realizadas – o senador Acir Gurgacz vai consolidando uma atuação voltada as principais bandeiras rondonienses. Ao mesmo tempo, ele projeta candidaturas próprias do PDT as prefeituras de Porto Velho e Ji-Paraná.

 

Expedito x Carlão

Com as eleições municipais, os tucanos terão novos confrontos entre as facções lideradas pelo ex-senador Expedito Júnior e  pelo ex-presidente da Assembléia Carlão de Oliveira. Na primeira batalha, deu Expedito, desalojando do poleiro, o deputado estadual Jean na presidência do diretório estadual. Agora a briga é pela indicação dos candidatos a prefeitos na capital e no interior.

 

Controle de armas

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, começou ontem na Câmara Federal, as discussões em torno do controle de armas e munições no país. Nada mais oportuno: em Porto Velho, por exemplo, se vê muitos adolescentes se armando e resolvendo suas diferenças com os colegas a tiros.

 

 

Do Cotidiano

Banditismo e lavagem

Quando a ditadura caiu, por si mesma, sem um tiro, abaixo de uma dívida descomunal, esperava-se que o retorno das eleições diretas para a Presidência fosse à garantia automática da conquista da democracia. No entanto, quase um quarto de século depois de promulgada a atual Constituição, há um abismo entre seu texto progressista e a realidade, na qual as leis são dribladas e as instituições obrigatórias maquiadas para fingir que obedecem às normas.

“Participação popular” e “audiência pública” são expressões muito usadas nas campanhas eleitorais mas escassamente praticadas depois que os mandatos começam. Quando acontecem, como no debate com as comunidades em torno da recomposição dos planos diretores, é apenas para cumprir a lei. Conselhos comunitários ou são manipulados ou simplesmente nem se instalam. Audiências públicas ou têm script para chegar a determinado resultado sob encomenda ou se perdem nos debates sem consenso.

Nesse caso, a criação de ouvidorias em cada instituição para atender diretamente ao público-alvo de cada uma sem perder tempo com o antigo “departamento das desculpas esfarrapadas” seria um instrumento fantástico de afirmação das instituições a serviço dos cidadãos.   

Um dos setores em que as ouvidorias mais se fazem necessárias – e justamente por isso há leis que as instituem –, é no setor da segurança pública. Um banditismo cada vez mais organizado, montado na base da droga e se fortalecendo com a lavagem de dinheiro, irradia-se desde os presídios, onde deveria estar confinado, até as explosivas periferias das cidades, à base de muita corrupção e conivência.

No entanto, sem recursos, por vezes nada mais que um número de telefone para anotar recados, as ouvidorias de polícia estão ameaçadas de se tornar apenas vaquinhas de presépio, funcionando só para compor cenário e decoração.

Instituições que devem servir de controle externo para as atividades policiais, as ouvidorias foram instaladas em apenas 17 dos 27 estados brasileiros e dos 17 ouvidores, dez estão vinculados a instituições como as próprias secretarias de Segurança Pública. É como a raposa tomando conta do galinheiro ou o Juquinha que quebrou a vidraça julgando a própria estripulia.

 

Via Direta

*** O PSOL começa no meio do ano a discutir candidaturas às prefeituras nos principais municípios do estado *** Os deputados federais Moreira Mendes e Carlos Magno disputam o comando do PSD em Rondônia *** Troquei ontem o nome do presidente da Câmara PVH Eduardo Rodrigues, pelo Cláudio da Padaria, naqueles rolos do legislativo municipal. Fica correção. “Veja errou”. 

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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