Sábado, 2 de julho de 2011 - 09h03
Ponta do Abunã
Com o trágico acidente que vitimou Zé Gaúcho, na quinta-feira à noite, a Ponta do Abunã perde o grande defensor da emancipação de Extrema. Pioneiro e desbravador, ele era um apaixonado pela região, onde tinha uma fazenda que ergueu com muito suor com sua família. Mas era na política onde ele nutria seu grande sonho.
Prefeito, o sonho
Desde que foi administrador da localidade de Extrema, nos tempos em que Chiquilito Erse foi prefeito da capital, o grande sonho de Zé Gaúcho era se tornar o primeiro prefeito da cidade que ele ajudou fundar. Isso não foi possível, porque mesmo com a emancipação aprovada em plebiscito, a falta de regulamentação federal não permitiu o processo da autonomia avançar.
Primeiro semestre
Com avaliação ainda baixa, o governador Confúcio Moura completou seu primeiro semestre no Palácio Presidente Vargas, tendo como ponto alto à recuperação das estradas e como calcanhar de Aquiles as esferas de saúde e segurança pública. As áreas prejudicadas na sua gestão são as mesmas que afetaram a vida administrativa dos últimos governadores.
As dificuldades
Entre as várias dificuldades detectadas neste governo, nos primeiros seis meses de gestão, temos a indefinição de um bom interlocutor com a Assembléia Legislativa no campo político e, até mesmo, o ajustamento das rivalidades tribais nas secretarias, onde os titulares são de partidos diferentes. Ajustar uma coalizão que reúne mais de 10 partidos não é uma tarefa fácil.
Cargos e salários
Em reunião com os servidores da Casa, o presidente da Assembléia Legislativa Valter Araújo, anunciou a equipe da Fundação Getúlio Vargas – uma das mais renomadas do país – encarregada de promover estudos para um moderno e atualizado Plano de Cargos e Salários para o Poder Legislativo. O estudo deverá ser apresentado em cinco meses.
Mais reforços
O PDT recebe novos reforços para a disputa da prefeitura de Ji-Paraná, entre eles, a tão esperada adesão do empresário Marcito Pinto, egresso dos Democratas. Sendo assim, a lista de possíveis candidatos aumenta na capital da BR. Confira: 1 – Zé Otônio 2 – Jesualdo Pires 3 – Marcito Pinto 4 – Esaú 5 – Ari Saraiva 6- Edevaldo da Band.
Clima de festa?
Com um misto de desconfiança no funcionalismo – muitos acham que será puro jogo de cena – e de um outro lado com os sindicalistas e políticos em festa, a presidente Dilma Roussef desembarca em Porto Velho na semana que vem para assinar o tão sonhado decreto da Transposição, uma luta que uniu toda a bancada federal nos últimos anos.
Um alerta
Em nota à imprensa, o presidente do Sindicato das Empresas da Construção Civil-Sindsucon Chagas Neto adverte sobre a necessidade da classe política se unir para que os recursos destinados à construção das redes de água e esgoto não sejam devolvidos. Pugna pela correção de rumos nos editais de licitação e pelo imediato reinicio das obras. E que assim seja.
Do Cotidiano
Bons tempos, aqueles!
Os jovens cara-pálidas deste estado não podem sequer imaginar como eram as pelejas políticas ao final dos anos 70 e meados da década de 80 em Rondônia. Os embates eram marcados por disputas acirradas, ovos na cara dos adversários e vinganças cruéis contra os derrotados.
Recorro a um livro de história de Pimenta Bueno que registra um comício do então candidato a deputado federal Jerônimo Santana (nos anos 70). É registrado que o “coronel” da cidade, Vicente Homem Sobrinho – que seria prefeito e mais tarde deputado estadual - e que defendia o partido que sustentava a ditadura militar, sabotava os comícios do MDB, com uma equipe que atirava ovos podres e vaiava os discursos oposicionistas.
Haviam também tiroteios entre clãs políticos (hoje tradicionais) da Zona da Mata, redundando em ferimentos entre adversários.
No governo do território, a própria Arena era dividida em facções e as perseguições aos derrotados era uma constante. Quem não recorda que o então professor Jerzy Badocha. acabou “exilado” (na época ser transferido de Porto Velho para o Vale do Guaporé era um desterro) para Costa Marques?
Recém-chegado de Goiás, nos tempos de território, o médico Confúcio Moura foi punido pelo simples fato de acompanhar um comício do deputado federal Jerônimo Santana, o grande líder do MDB, em Ariquemes. A coisa não foi fácil para nosso atual governador, blogueiro e filósofo, enfrentando os tiranos nos tempos de território.
Ainda nos anos 80 e 90 o bicho pegava. Chiquilito Erse teve vários comícios sabotados na suas pelejas ao Senado e ao governo no interior. Mauricio Calixto, que disputava uma cadeira à Câmara Federal teve um comício cuja iluminação foi apagada por concorrentes na sua heróica eleição de 1990, quando a coligação do PTB de Olavo Pires – que seria assassinado na disputa ao governo do segundo turno em 90 - elegeu todos os oito deputados federais.
Lembrando esses acontecimentos da política regional é possível ter uma pálida idéia como a banca tocava por aqui nas décadas passadas...
Via Direta
*** A viúva de Eduardo Valverde, Mara Regina, vai entregar documento pedindo a duplicação da BR-364 a presidente Dilma Roussef *** Carnaval fora de época na Jorge Teixeira (BR-369) ainda é tema de polêmica na justiça *** Sem maioria, a oposição não conseguiu emplacar CPI na Câmara de Vereadores, contra o prefeito Roberto Sobrinho.