Sexta-feira, 3 de junho de 2011 - 07h07
Altos e baixos
O governador Confúcio Moura completou cinco meses de governo com altos e baixos. Os “altos” ficam por conta no setor de obras que começa a deslanchar – principalmente nas estradas em recuperação – e na área cultural, onde pula cirandinha com artistas, poetas, escritores etc. Os “baixos”, estão na saúde e segurança pública
Boas intenções
E ontem começaram as primeiras substituições no primeiro escalão do governo estadual, justamente em áreas que estavam deixando a desejar, como na SEDAM – cheia de bandalheiras - e na saúde que andava com o freio puxado. A segurança pública, outro calcanhar de Aquiles, ainda conta com crédito de confiança.
Nome aos bois
Prudente e evitando confusão com os cardeais governistas, o novo liquidante geral do estado, Leandro Lopes não quis revelar os nomes dos políticos envolvidos na falência do antigo Beron durante o programa de Arimar Sá, na Rádio Cultura. “Não quero cometer injustiças, mas todos sabem que são”, esquivou-se. Pois é, estão todos por aí, belos e formosos...
Muitos enrolados
Na verdade tem uma verdadeira boiada de políticos e empresários envolvidos na falência do Beron e são nomes majoritariamente advindos do PMDB e do antigo PFL, além daqueles empresários que sempre deram golpes na praça, da carne de frango vendida e não entregue a carteiras escolares superfaturadas.
Plano de Fronteiras
Anunciado pelos ministros José Eduardo Cardoso, da Justiça e Nelson Jobim da Defesa, o Plano Estratégico de Fronteiras começa a entrar em funcionamento com o propósito de combater o tráfico de drogas, o contrabando de armas etc. Rondônia tem mais de mil quilômetros de fronteira com a Bolívia, quase toda desguarnecida.
Tomou conta
Rondônia precisa de um tratamento diferenciado na questão das fronteiras. É notório que o narcotráfico transformou nosso estado num quintal, com os traficantes agindo nos rios, nas principais rodovias e até invadindo nosso espaço aéreo. E do Sul do país vem maconha as toneladas. Coisa de louco!
Muito envergonhados?
Os políticos se dizem envergonhados pelo fato de Porto Velho não contar ainda com um centro de convenções. Eles têm toda razão, mas considero gozado. Eles se dizem também constrangidos pela falta de uma nova rodoviária, ou tristes pela capital não ter estádio decente e bumbódromo, mas esquecem de se envergonhar por coisas mais importantes.
Com motivos
Na verdade os políticos rondonienses deveriam ficar envergonhados mesmo é com a situação da saúde e da segurança pública, com as fezes que pululam nas ruas e avenidas da capital, pelos escândalos, pelos superfaturamentos, pelas obras paralisadas do PAC, pelas centenas de mortes que tem ocorrido na BR-364. O resto à gente vai se virando, né?
Do Cotidiano
A espiritualidade indígena
Ciência, religião, cultura – nada é separado quando se trata de investigar os mistérios do xamanismo indígena. Nesse caso, nem os índios são separados do conjunto da humanidade e sua espiritualidade.
O símbolo da cura “branca” é o de Asclépio, o deus da Medicina, que carregava um bastão no qual uma serpente se enrolava. Mais tarde a Medicina também usou o caduceu, símbolo do comércio, o que hoje permite várias interpretações.
Mas a serpente não está só nas origens simbólicas da Medicina “civilizada”: ela comparece, igualmente, na origem da pajelança indígena, segundo as narrativas xamânicas da Amazônia.
Antigamente, reza a lenda, ninguém sabia fazer feitiço nem curar. Até que um dia um homem foi pescar num igapó e lá foi atacado por uma sucuri. Ele caiu e desmaiou com as pernas ficando nos dois lados de uma árvore caída.
A sucuri começou a engoli-lo por uma perna, mas como o homem tinha a árvore entre as pernas, a sucuri não conseguia puxá-lo para engolir completamente. Ao perceber que ele não voltava, seus irmãos foram procurá-lo e o encontraram lá, deitado com uma perna já engolida.
Decidiram retalhar a sucuri para libertar a perna do irmão, já morto. Ao preparar o corpo para o enterro, ele ressuscitou, o canto da sucuri, que só ele podia escutar.
Quando o irmão ensinou o canto aos demais, percebeu que ao cantar recebia a sugestão de plantas com propriedades curativas. E assim foi retirando do mato as ervas sugeridas e se explica por aí onde é que a serpente entra na história.
A explicação “branca” para seu símbolo da medicina não é mais crível que a do xamanismo indígena. Há explicações dúbias e duplas referentes ora ao bastão, ora à serpente.
Em relação ao bastão, supõe-se que ele represente a “árvore da vida” ou o símbolo do poder, como o cetro dos reis, o báculo dos bispos e a magia do cajado de Moisés. Por sua vez, a serpente seria o símbolo do bem e do mal, portanto da saúde e da doença, representação da astúcia e da sagacidade.
Nada, portanto, mais plausível que a lenda indígena da Medicina. Aliás, até seria plausível a explicação grega: serpentes não venenosas da espécie Elaphe longíssima eram preservadas nos lares e nos templos da Grécia, não só por seu significado místico, mas porque asseguravam a saúde ao devorar os ratos e impedindo as pestes que eles poderiam transmitir.
Via Direta
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