Sábado, 5 de novembro de 2011 - 05h01
Quadro nublado
Chegamos ao final do ano e o panorama continua nublado quanto a corrida sucessória em Porto Velho. Lembro que na disputa de 2008 nesta altura do campeonato já se sabia que Roberto Sobrinho caminharia para a reeleição, Lindomar Garçon e outros candidatos já estavam na peleja. Apenas Mauro Nazif entrou de última hora.
Penca de nomes
A grande verdade é que temos uma penca de nomes cogitados e necas de definições. A oposição aguarda definição do PT para ir à luta, esperando que a legenda de Lula e cia rache de uma vez. Nos bastidores é tido como certo que a ex-senadora Fátima Cleide é um nome rifado pelos mandarins locais.
As comemorações
Acompanhando pela imprensa a intensa comemoração do deputado federal Nilton Capixaba sobre a definição de vôos em Cacoal, lembrei que da última vez que eles foram anunciados para Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena os políticos fizeram uma verdadeira festa. Dias depois até eles já estavam revoltados com o preço das passagens...
Raposas felpudas
Aos poucos as raposas felpudas da política rondoniense vão sendo sepultadas nas urnas ou atropeladas pelo surgimento de novas lideranças. E as primeiras sondagens apontam para renovação dos quadros nas eleições municipais e esta nova ordem que ora desponta deverá influenciar decisivamente também o pleito de 2014.
Corrida maluca
Na periferia de Porto Velho já acontece uma corrida maluca para Altamira (PA) onde começaram as obras da hidrelétrica de Belo Monte. Por contra desta febre, os preços dos imóveis nos bairros mais distantes despencaram com tanta oferta de terrenos e casas A bolha imobiliária chega para valer.
Assembléia Itinerante
Depois de realizar sessões itinerantes em vários pólos regionais do estado, a ALE-RO realiza na próxima quinta-feira sessões em Rolim de Moura, na Zona da Mata. Como sempre faz, o presidente Valter Araújo anunciará benefícios através de emendas parlamentares para a região.
O intercâmbio
Acompanhei no inicio da semana o vestibular Fag em Cascavel e conversei com universitários rondonienses radicados naquela cidade do Oeste paranaense. A estrutura surpreende: foram quase 10 mil vestibulandos de 18 estados e três países. Também garimpei portovelhenses por lá, que se queixaram muito do frio.
Emir Sfair
Ainda naquelas bandas de Cascavel conheci a Rua Emir Sfair, uma homenagem da família Gurgacz ao idealizador e fundador deste Diário da Amazônia na cidade universitária. Já tem ares de avenida e se destaca por novas residências da classe média alta. Aliás, Emir foi alvo de inúmeras homenagens por lá com seu nome em vários logradouros.
Do Cotidiano
É uma “Loteria Federal” que não provoca sonhos de riqueza, mas pesadelos em prefeitos e assessores municipais metidos em golpes ou má gestão dos recursos transferidos pela União.
Desde 2003, a Controladoria-Geral da União aterroriza os corruptos das médias e pequenas cidades com seus temidos sorteios. A cada sorteio, realizado exatamente como os das loterias da Caixa Econômica Federal, são escolhidos 60 municípios de até 500 mil habitantes. Em cada um deles os auditores federais examinam contas e documentos e fazem inspeção pessoal e física das obras e serviços em realização.
O que agrava os temores até dos prefeitos corruptos que fazem uma boa maquiagem das contas suspeitas é que os técnicos privilegiam o contato com a população, o que lhes facilita ir diretamente aos casos mais suspeitos e mal explicados.
Os contatos para obter essas informações privilegiadas são feitos diretamente ou por meio dos conselhos comunitários e outras entidades organizadas, como forma de estimular os cidadãos a participar do controle da aplicação dos recursos oriundos dos tributos que lhes são cobrados.
Em geral, as suspeitas ressoam nas câmaras municipais, mas onde elas estão atreladas aos prefeitos à saída não é mais se queixar ao bispo: as denúncias são encaminhadas aos promotores do Ministério Público ou aguardam um sorteio da CGU.
O programa Fiscalização de Recursos Federais a partir de Sorteios Públicos tem sido um dos principais fatores para a percepção da corrupção por parte dos brasileiros. Há uma lista impressionante de golpes, erros e truques usados para maquiar ou mascarar as contas municipais, a tal ponto que já se pode inverter o princípio básico do direito, segundo o qual todos são inocentes até prova em contrário. No caso das prefeituras, até que a CGU sorteie e confira, onde não há corrupção a tendência é haver erros de gestão, desperdício ou falhas técnicas.
Não se pode mais mascarar o fato de que a corrupção grassa na grande maioria dos municípios brasileiros. Mas ela sofre ainda um forte impacto para cima quando as transferências federais aumentam, segundo uma pesquisa desenvolvida por quatro economistas da Universidade Bocconi, de Milão, dentre os quais a brasileira Fernanda Brollo.
Via Direta
*** Na passagem por Foz do Iguaçu (PR), no meio da semana eu vi o que realmente é uma barreira anti-drogas e de combate ao contrabando *** Além da Polícia Federal, milicos armados de metralhadoras até os dentes, em vários pontos da BR-277 e revistando os turistas até a alma *** Coisa de louco!