Sexta-feira, 6 de maio de 2011 - 06h07
As emancipações
Levantamento recente a respeito das lutas emancipacionistas em Rondônia aponta em condições de buscar a autonomia apenas os distritos de Extrema (já em processo de desmembramento anexando as localidades de Nova Califórnia, Vista Alegre e Fortaleza do Abunã); Tarilândia (em Jaru), Jacy-Paraná (em Porto Velho); São Domingos (em Costa Marques) e Triunfo (Candeias do Jamari).
Boi entusiasmado
O presidente regional do PSDC Edgar “Boi” Tonial se mostra otimista com as chances do partido nas eleições municipais. A legenda se prepara para disputar as eleições do ano que vem nos principais pólos regionais contando com nomes considerados fortes em algumas cidades, como em Cacoal e Ji-Paraná.
Coração balança
Já falando em tom de despedida do PR, que agora tem no comando o ex-deputado Miguel de Souza, o prefeito de Alvorada do Oeste, Laerte Gomes, também presidente da Associação Rondoniense dos Municípios, afirma que seu coração balança entre o PMDB, PTB, PSDB e PDT. Ele não vai disputar a reeleição no ano que vem.
Mostrando os dentes
Ao contrário dos vereadores do PV que estão na base de apoio à administração do prefeito Roberto Sobrinho, os representantes do PC do B – depois de uma trégua inicial com os petistas – já começam a mostrar os dentes. Nada a estranhar: os vermelhinhos terão candidatura própria a prefeito e já começam a demarcar território.
Grandes pelejas
As primeiras configurações para 2014 projetam grandes duelos. Ao governo, Confúcio Moura x Ivo Cassol, ao Senado estará em disputa apenas uma vaga, a do pedetista Acir Gurgacz. Para renovar seu mandato ele vai ter pela frente os ex-senadores Expedito Júnior (PSDB), e Fátima Cleide (PT). Mas tem mais gente se animando para a peleja.
Tragédia na BR
Com justa razão a bancada federal de Rondônia cobra a recuperação da rodovia 364 com urgência. As estatísticas causam terror: nos primeiros meses do ano, conforme o senador Valdir Raupp já foram 35 mortes nesta perigosa rodovia que corta o estado da Ponta do Abunã, fronteira com o Acre, até Vilhena, no Cone Sul.
Em caravana
Cerca de 40 dos 52 prefeitos rondonienses desembarcam em Brasília neste final de semana para participar da XIV Marcha Municipalista promovida pela Confederação Nacional de Municípios –CNM. É a maior peregrinação de alcaides brasileiros dos últimos tempos em busca de um pacto federativo mais justo, entre outras causas defendidas pelo municipalismo.
Pulando cirandinha
Tão dividida nas últimas décadas, já é possível antever um clima de harmonia na política rondoniense. Na esfera da bancada federal, os clãs Cassol e Raupp estão pulando cirandinha, na esfera estadual, depois de uma dura disputa, os deputados Valter Araújo e Jesualdo Pires trocam figurinhas. Falta ainda apaziguar o deputado Hermínio com o prefeito Sobrinho...
Do Cotidiano
Elas levavam a religião aos lugares mais remotos da floresta amazônica para salvar as almas dos índios. Em troca dessa edificante contribuição aos povos da floresta, carregavam na volta jovens braços escravos para seus negócios. Na bagagem, amostras da ainda desconhecida biodiversidade amazônica para enviar à Europa, onde os sábios do Velho Mundo investigariam seus segredos.
As “tropas de resgate” eram, a rigor, as linhas de frente da civilização portuguesa nas matas em tese pertencentes à Espanha. Levavam consigo, além de mateiros e militares, cruzes para ficar nas aldeias encontradas e padres jesuítas para rezar as primeiras missas.
Para Voltaire Schilling, “o resgate era um sofisma utilizado pelos escravagistas, tal como a guerra justa, que justificava o apresamento dos índios que se encontravam cativos em mãos de tribos inimigas”. Desta forma, escravizando-os, as bandeiras os “resgatavam” de sofrer possíveis tormentos nas mãos de seus inimigos tribais.
As notícias sobre essa prática surgem inicialmente diluídas. Uma queixa do governador do Maranhão, Francisco Coelho de Carvalho, contra o capitão-mor do Pará, Sebastião de Lucena, aponta que, “levado de seus interesses, mandou aprestar canoas com os soldados e o gentio que havia, e as mandou com um capitão ao sertão a cativar os índios” (Consulta do Conselho Ultramarino a Dom João IV, 18 de setembro de 1647).
Essa denúncia do envio de missão oficial de um governo a serviço do rei português para apresar índios aparece no importantíssimo ensaio Pelos sertões “estão todas as utilidades” Trocas e conflitos no sertão amazônico (Século XVII), de Rafael Chambouleyron, Monique da Silva Bonifácio e Vanice Siqueira de Melo, da Universidade Federal do Pará.
Na mesma obra, uma comprovação de que o reino português concedeu aos padres jesuítas a missão de “catequizar” os índios. O vigário-geral do Maranhão, José Machado, requereu a autorização do rei para fazer entradas pelo território para “ocupar-se na conversão das almas dos gentios do sertão”, mas o soberano negou: “Cumpra com as obrigações de seu ofício nos moradores do Maranhão, porque o que toca às conversões, as mando fazer pelos religiosos” (jesuítas).
Via Direta
*** Depois de se instalar em Porto Velho, a máfia carioca dos caça-níqueis começa a penetrar nos principais municípios do estado *** Pelo que se vê, os negócios da bandidagem vão bem e a impunidade colabora *** Em ritmo de interiorização a ALE-RO realiza hoje sessão itinerante em Vilhena.