Sábado, 9 de julho de 2011 - 08h05
Na ponteira
O deputado estadual Zequinha Araújo, o dançarino da impunidade, se tornou o coelho da peleja sucessória em Porto Velho, ditando a velocidade da corrida. Pelo menos é o que indicam as primeiras pesquisas oficiais – e as não oficiais também - que vão garantindo a soberania isolada do parlamentar peemedebista.
Maior eleitor
As mesmas sondagens também sinalizam o prefeito Roberto Sobrinho (PT) bem na foto e em condições de encaminhar o candidato do seu partido para um provável segundo turno. Ele tem sua melhor avaliação justamente nas regiões de maior densidade eleitoral, que são os eixos operários das zonas Leste e Sul.
Intenção de votos
O deputado Valter Araújo (PTB), presidente da ALE, como possível candidato a prefeito da capital, não foi bem avaliado nesta primeira rodada, talvez pelo fato de não ter assumido ainda esse projeto. Obteve apenas um terço de intenções de votos atribuídos a Zequinha Araújo, menos do que a metade de Lindomar Garçon e Fátima Cleide.
Mais brigarada
Outra tendência bem acentuada para as eleições municipais de 2012 é uma polarização entre petistas e cassolistas, que se odeiam. Recentemente os petistas armaram uma arapuca de vaias para Ivo Cassol no ato da transposição, logo sem seguida o parlamentar deu o troco na tribuna do Senado culpando os petistas pelo insucesso nas obras de água e esgoto.
Movimento Verde
Em busca novos caminhos, a ex-senadora Marina Silva fundou o “Movimento Verde de Cidadania”, depois de deixar o Partido Verde, legenda pela qual disputou a presidência da República no ano passado. Sem dúvidas, surgirá um genérico do PV, quiçá, um PV do B? Mas dificilmente a nova sigla terá condições de disputar as eleições de 2012.
Novos partidos
Se cada vez que os políticos entrarem em pé de guerra resolver fundar novas siglas, estamos fritos. Nos Democratas, Gilberto Kassab caiu fora e fundou o PSB; no PV, Marina Silva se desfiliou e já trabalha na implantação de uma nova legenda. Além destes, tem o Partido Federalista e aquele dos Funcionários Públicos em formação.
Mais desmatamento
O levantamento de maio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais –INPE revela o estado do Mato Grosso, como o maior vilão do desmatamento na Amazônia Legal. Os outros vilões são o Pará, o norte de Rondônia (a nossa Ponta do Abunã) e o sul do Amazonas (na fronteira com Rondônia), aquela região conflitada, perto de Vista Alegre.
Olho do furacão
O Dnitt acabou no olho do furacão. Na crise instalada no PR, resultando na demissão do alto escalão do Ministério dos Transportes, os relatórios do Tribunal de Contas da União-TCU foram decisivos Cerca de. 43 por cento dos processos das obras do órgão tiveram seus valores aumentados. Na Amazônia, as rodovias BR-429 (em Rondônia) e a BR 317 (ligando o AC ao AM) tem problemas.
Do Cotidiano
A árvore da fortuna
Quando o látex escorre da seringueira e coagula, ele se torna borracha. Foram os índios centro-americanos os primeiros a descobrir e fazer uso das propriedades singulares da borracha natural, mas a Amazônia e sua seringueira − a Hevea brasiliensis − logo assumiriam a liderança e seriam referências na produção de borracha.
Em desenvolvimento desde 1769, na França, onde Nicolas-Joseph Cugnot aplicou um motor a vapor para movimentar seu triciclo Fardier, o automóvel só viria a requerer muita borracha para seus pneumáticos quando a indústria de produtos derivados do látex já prosperava, embora o material ainda apresentasse algumas desvantagens: à temperatura ambiente, a goma mostrava-se pegajosa. Com o aumento da temperatura, ela ficava ainda mais mole e pegajosa, enquanto a redução da temperatura era acompanhada do endurecimento e rigidez da borracha.
A primeira fábrica de produtos de borracha (ligas elásticas e suspensórios) surgiu na França, em Paris, em 1803. O automóvel engatinhava: só em 1885, na Alemanha, Karl Benz e Gottlieb Daimler inventariam o automóvel como hoje o conhecemos, com um motor de combustão interna. O espertíssimo advogado estadunidense G. E. Sellden patenteou uma versão do automóvel, mas não teve capacidade empresarial para o produzir em massa.
As coisas, aliás, não eram tão simples e óbvias como parecem hoje. Havia uma séria resistência à ideia de haver uma porção de carros andando para cá e para lá, fora de trilhos, ao sabor da vontade de seu condutor.
O respeitado Chauncey Depew, presidente da Central Ferroviária de Nova Iorque, desestimulou seu sobrinho a investir cinco mil dólares em uma novíssima companhia fundada por um certo Henry Ford.
Atropelando esse ceticismo, Henry Ford passou a fabricar em série os modelos T, fabricados de 1908 a 1927, que venderiam mais de 15 milhões de unidades. A essa altura, a indústria da borracha estava para dar seu grande salto e se associar diretamente à indústria automobilística.
A pedido da companhia borracheira Roxbury, de Boston, Charles Goodyear começou a estudar uma forma para a borracha resistir a variações de temperatura. Após várias tentativas sem sucesso, conseguiu obter a borracha vulcanizada, misturando-a com enxofre, em alta temperatura.
Via Direta
*** Os Democratas realizam convenções hoje em Porto Velho anunciando seu pré-candidato a prefeito *** O PSOL se mobiliza para a cassação do senador Alfredo Nascimento (PR), ex-Ministro dos Transportes *** Mauro Nazif (PSB) também não pontuou bem nas primeiras pesquisas sobre as eleições municipais da capital.