Quinta-feira, 13 de março de 2014 - 05h15
Vamos dar as mãos
O que a presidente Dilma Roussef, os governadores dos estados e os prefeitos fizeram pelas cidades vitimas de tragédias naturais, como as enchentes ocorridas há três anos no litoral do Paraná, em cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo? Quase nada. Esta tudo para se fazer. As unidades habitacionais foram proteladas, poucos recursos prometidos foram entregues e até o pagamento do aluguel social foi cumprido apenas em parte e em valores insignificantes.
Por conseguinte, não podemos igualmente, esperar grande coisa do governador Confúcio Moura e dos prefeitos das cidades flageladas, mesmo porque a representatividade rondoniense, pelos escândalos recentes, terá pouca credibilidade nos escalões de Brasília.
O histórico da classe política é o pior possível. A grande verdade é que a sociedade vai ter que se organizar para reconstruir Porto Velho, Nova Mamoré, Guajará Mirim e outras localidades. Vamos nos dar as mãos, como foi o caso de Itajaí (SC) onde a população foi às ruas para lavar e limpar a cidade da lama. Uma demonstração de amor a cidade.
O bravo povo de Porto Velho e das cidades prejudicadas, mais uma vez saberão reconstruir este estado Fênix, tantas vezes rapinado, tantas vezes soterrado pelos vampiros Dominozeiros, Termopilazeiros e Apolipticaseiros.
As punições
Com um cipoal de rabos amarrados, a Assembléia Legislativa teve dificuldades em punir com rigor os parlamentares envolvidos na Operação Apocalipse. O afastamento dos deputados Ana da Oito (Nova Mamoré), Adriano Boiadeiro (Nova Brasilândia) por seus meses e Claudio Carvalho (Porto Velho) por dois meses não atendeu as expectativas da opinião pública.
Abrir o bico?
Enfim, mesmo com choro encenado, teatrinho daqui e dali, a coisa acabou agradando a gregos e troianos no Legislativo. Os punidos ameaçavam “abrir o bico” – leia-se denunciar maus feitos de alguns colegas caso cassados – agora só com pitos e afastamentos ficam no lucro. Acreditem: foi feito o possível para sair pelo menos uma cassação e dar uma melhor resposta a sociedade, mas a maioria não quis.
A definição
O PP e legendas aliadas começam a discutir em Ji-Paraná neste final de semana a sucessão estadual. A coalizão anda dividida, porque uma facção organiza caravana em favor da candidatura ao governo do deputado Maurão de Carvalho (Ministro Andreazza), outra fechada com o prefeito César Cassol (Rolim de Moura), e uma terceira defende Neodi Carlos (Machadinho).
Perda de tempo
Pela falta de clima eleitoral discutir a sucessão estadual ao meio das enchentes é tiro no pé, mas pelo menos mostra que PP e agregados estão começando a mexer as peças no tabuleiro. O que considero perda de tempo é três facções se arranhando, quando nos bastidores já se sabe que o dono da bola já começa a se movimentar para emplacar a empresária Ivone Cassol como candidata.
Estrada parque
Mexer com estrada parque não tem sido coisa fácil, embora a proposta de abrir caminhos contra o isolamento de Nova Mamoré e Guajará Mirim conte com apoio de cara-pálidas e peles-vermelhas, e de gregos e troianos. No meu Paraná, a encrenca no Parque Nacional do Iguaçu se arrasta há várias décadas, com a justiça barrando e com protestos igualmente incandescentes.
A transposição
Enrolados, embromados e já alvo de chacotas públicas os servidores que seriam beneficiados com a prometida transposição estão como aquelas andorinhas migrantes que chegam anualmente por aqui com as asas quebradas e cheia de dor. Mas que os políticos se preparem: As andorinhas rondonienses são bravas e guerreiras - e vão dar resposta nas urnas.
Haja patadas
Existe certa precipitação entre forças tucanas e cassolistas para briga. Volta e meia Ivo Cassol e Expedito Junior, que pularam cirandinha juntos durante duas décadas, trocam patadas pela imprensa e nas visitações pelo interior afora. Como Ivo tem patrocinado bicadas no adversário, Expedito aonde vai conta a história daquele que foi o verdadeiro mentor político de Ivo: Arnaldo Bianco.
Via Direta
*** Nas ruas, nos botecos, nas rodinhas de servidores, nos prostíbulos, nos clubes de serviços e nas igrejas o que mais se discutia era a culpa das usinas nas enchentes de Porto Velho *** O embate andava meio dividido até a decisão judicial que condenou as hidrelétricasa reparar os flagelados *** Trocando de saco para mala: Neodi Carlos (PSDC) não desistiu da disputa sucessória estadual. Tà na pista.
As facções criminosas tomaram conta de Porto Velho de uma vez
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