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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Coluna sem papas na língua 14/07/11


Água encanada

A precipitação e o entusiasmo dos políticos sempre acabam desmentidos pela realidade. Lembra caro leitor, que nossas autoridades anunciavam 100 por cento de água tratada na capital? Pois é, dois anos depois a realidade é que falta água encanada para mais da metade da população em Porto Velho.

Até teleférico...

E das pontes prometidas pelos “entusiasmados” Valdir Raupp, Amir Lando, Odacir Soares, Miguel de Souza, Moreira Mendes, etc. Décadas depois só tem uma iniciada. Se a gente falar em viadutos, a coisa não será diferente. Por isso quando vejo Carlos Magno e outros falarem em Cristo Redentor e teleférico em Ouro Preto...

Dura realidade

Há seis meses o governo do estado anunciou que tiraria os pacientes do chão em 90 dias. A realidade mostra outra coisa no João Paulo II e no Hospital de Base. Entusiasmado com seus projetos, nosso governador agora assume o compromisso de uma revolução na saúde. Todos vamos ficar na torcida..

Novas demandas

Na verdade, quando o PAC concluir - os anunciados sistemas de água e esgoto em Porto Velho, tudo já vai estar defasado. Os 100 por cento prometidos, mesmo tocados adiante, vão no máximo atender 70 por cento da população, o que já será um bom índice. Na saúde, quando os hospitais do atual governo estiverem prontos, novas demandas já estarão criadas.

Tem solucionática?

O problema de saúde em Porto Velho é muito mais complexo do que situação em todo estado. Por isso Raupp, Bianco e Ivo penaram, e Confúcio continuará penando. Na capital rondoniense, atendem-se pacientes desde a Bolívia, aos vizinhos estados do Acre e do Mato Grosso. Mesmo equacionada a problemática da saúde no interior, os hospitais daqui continuarão apinhados.

Cursos de formação

Sob o comando do presidente regional Orestes Muniz, o PMDB começa a temporada abrindo cursos de formação para seus quadros. O Diretório Nacional, que tem como um dos seus pilares o Instituto Ulysses Guimarães, tem orientado as regionais da necessidade da preparação das novas lideranças que vão disputar cargos eletivos nas eleições do ano que vem.

Cuidando da saúde

Durante sua licença, que começou a vigorar ontem (seu pai Reditário Cassol já tomou posse como primeiro suplente), o ex-governador e atual senador Ivo Cassol (PP) sofrerá uma operação - nada grave, mas para quem pratica esportes, necessária – e cuidará da saúde. Refeito, vai percorrer todo o estado na estruturação do seu Partido Progressista.

Valorizando aliança

O vereador Mário Jorge, presidente do Diretório Municipal do PDT assumiu sua cadeira na Câmara dos Vereadores para matar saudades, mas já está saindo, de volta ao Palácio Presidente Vargas onde assessora o governador Confúcio Moura, deixando sua vaga com o suplente Cabo Anjos. Para Mário Jorge é importante valorizar a aliança pedetista e fortalecer o atual governo.

Do Cotidiano

A dívida astronômica

Nenhum país em crise teria a coragem de bancar as próximas grandes e caríssimas competições mundiais: a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas. É o Brasil que vai dar a um mundo em ruínas essas duas festas esportivas. São as tristezas do povo brasileiro, no entanto, que já custeiam toda essa alegria.

O Brasil marcha para fechar o ano devendo a soma astronômica de dois trilhões de reais. Só em primeiro de julho venceram contas no montante de quase R$ 120 bilhões, equivalentes ao custo de quatro usinas similares à de Belo Monte e três vezes o valor anual necessário para resolver os problemas de infraestrutura no País. O que se gastou num só mês, portanto, foi o triplo do que seria necessário gastar num ano inteiro em infraestrutura.

Com um déficit habitacional ao redor de sete milhões de moradias, hospitais e escolas públicas em más condições há uma enorme dívida social a resgatar e ela deveria ser a prioridade.

No entanto, o turismo é o negócio da hora. Quando o medo do terrorismo aéreo se desvanecer de vez, apagando as últimas lembranças das tragédias do 11 de setembro de 2001 nos EUA, a circulação aérea terá recuperado plenamente o espaço perdido.

A necessidade de promover de imediato a infraestrutura para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas joga forte nesse aspecto, já que as obras aeroportuárias vindas na esteira dessas grandes promoções esportivas vão perdurar.

Se isso deve ser posto na conta positiva, entretanto, não podemos ignorar que as rodovias são responsáveis por 61% do transporte no País, de acordo com estudo feito pela Confederação Nacional de Transporte.

Note-se que do total de 1,7 milhão de quilômetros de estradas existentes no Brasil, apenas 12% dela são pavimentadas. O frete brasileiro seria 28% mais barato se todas as vias nacionais tivessem condições ideais de pavimentação, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Estima-se que o Brasil vai gastar com as obras da Copa o triplo de todos os recursos previstos para aplicar na melhoria das condições rodoviárias brasileiras nos próximos cinco anos. Mas a verdade é que ninguém, em sã consciência, pode afirmar com certeza quanto o Brasil vai gastar com a Copa do Mundo.

Via Direta

*** A oposição no Congresso levou um balde de água gelada com o depoimento de Pagot *** Esperava-se que o homem forte do Dnitt, ficaria revoltado com o pé que levou do Palácio do Planalto e entornaria o caldo, gerando um novo mensalão *** Mas estranho mesmo foi o fato de quem foi fritado, elogiar Dilma. Não é típico...  


 

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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