Terça-feira, 17 de abril de 2012 - 06h15
Aos poucos vai se explicando a saída do ex-deputado federal Miguel de Souza, pré-candidato do PR, do Frentão. Ocorre que o partido liderado por Alfredo Nascimento e Blairo Maggi voltou aos braços da base governista e as articulações locais tomaram um novo caminho.
Jogo de cena
Com o PR proibido de se juntar aos tucanos e Democratas, partidos considerados inimigos da base aliada da presidente Dilma Roussef, restou a Miguel de Souza buscar novos rumos. Por isso não será difícil que pule cirandinha com o PT, o PMDB e PDT.
Tem consolo
Para Miguel a coisa ficou mais confortável. Inclusive se não disputar a prefeitura em Porto Velho – e mesmo que dispute e seja derrotado – poderá ser aquinhoado depois com cargo federal com apoio dos petistas de Fátima Cleide e dos peemedebistas de Valdir Raupp.
Multiplica-se os golpinhos de vereadores em todo estado. O Ministério Público esta no pé de meia dúzia em Cacoal – haja gente rapinando na capital do café, heim? – e já trata da punição de outros em Theobroma. Fala-se dos deputados, mas nas Câmaras Municipais a bandalheira é grande.
Êxodo urbano
Preocupado com o êxodo urbano que ocorre em vários municípios do estado – afeta muito o Cone Sul, região central e zona da Mata – o governador Confúcio Moura esta criando alternativas de desenvolvimento, com vários projetos já em andamento.
No trecho
O pré-candidato Ivan Rocha esta no trecho novamente e aposta na unidade da Frente Popular, formada pelo PP, PPS, PTB, PSDC e outras legendas nanicas. Como o cassolismo é forte na capital, ele esta no páreo para conquistar uma vaga no segundo turno em vista da fragmentação dos votos e do eleitorado.
Os caciques do “Frentão” Expedito Junior (PSDB), Moreira Mendes (PSD) e Lindomar Garçon (PV) chegaram a um acordo viável para as eleições na capital. Um partido indica o candidato a prefeito, um segundo o vice e o terceiro ficará no apoio, sendo compensado então nas eleições de 2014.
Os prognósticos
Expedito, que tem um faro apurado, acredita que Porto Velho terá eleições em dois turnos, que a aliança PT/PMDB/PDT deve encaminhar uma vaga e que a segunda será disputada de forma renhida entre Lindomar Garçon (PV) e Mauro Nazif (PSB).
Com tantas reviravoltas no processo sucessório de Porto Velho, que a coisa já está deixando louco até os analistas políticos. Ao meio de tanto teatro, uma coisa é certa: os blocos estão em formação, mas as definições só devem acontecer mesmo nas convenções de julho.
O lugar tinha o nome de Mariuá, palavra indígena que reúne os termos mari (grande) e iuá (braço). Portanto, braço grande, mais especificamente o do Rio Negro. Ali, onde havia uma aldeia com esse nome, construída pelo tuxaua Camandari, da nação Manau, à margem direita do Rio Negro, em maio de 1728 o frei Matias de São Boaventura, da ordem carmelita, proveniente do Rio Japurá, fundou a Missão de Nossa Senhora da Conceição de Mariuá (para Joaquim Nabuco, “Santo Eliseu de Mariuá”).
Essa história da origem de Barcelos geralmente omite os fatos em torno do deslocamento de frei Matias do Japurá até a aldeia Mariuá. Ao começar suas tarefas na nova aldeia do Japurá, Matias construiu uma igreja e a casa de residência.
Em breve, porém, o padre se indispôs com os nativos. Ele condenava os costumes livres do cacique e dos índios que tinham muitas concubinas. Os índios mais influentes da aldeia começaram a murmurar contra o frei.
“Avisado pelo devotado ajudante José Cardoso de que seria assassinado na manhã seguinte, meteram-se os dois numa canoa, entrando por um furo que dá passagem para o rio Urubaxí e daí tomaram o Uniuxí, onde encontraram o principal Camandari. Esse tuchaua recolheu o missionário, levando-o para a sua maloca”
Conjurado o perigo, a nova missão progrediu rapidamente. Frei Matias contou, nesse sentido, com a mão forte do índio mais influente na catequese. Assim, aos Manaus juntaram-se depois índios Barés, Baniwas, Passés e Uerequenas.
Essa crescente população não imagina que sua remota aldeia um dia seria conhecida como a capital do maior Estado brasileiro – o Amazonas. Também não poderia supor que o consagrado nome indígena incomodasse os portugueses a ponto de substituí-los por outro, sem o menor significado para as comunidades locais: Barcelos.
Certamente a “cidade de índios” comandada por frei Matias não poderia ser considerada uma cidade nos moldes urbanos da atualidade. Não havia, por exemplo, os polos de riqueza e pobreza se excluindo, este último submisso e a serviço do primeiro.
Durante muitos anos, a povoação apenas reproduzia o modo de vida da selva, com a diferença de estar sob a orientação religiosa. O contraste com as humildes habitações indígenas eram as capelas de culto criadas na comunidade.
Via Direta
*** O PSB se reúne nesta semana para discutir sua política de alianças *** O PV lança, com apoio do Frentão, a candidatura do deputado estadual Luizinho Goebel, sábado em Vilhena *** O PDT organiza fórum estadual da juventude socialista em Ji-Paraná.
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