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Carlos Sperança

Coluna sem papas na língua 19/04/11


Planejamento

O final de semana foi marcado por encontro do secretariado com o governador Confúcio Moura para tratar do planejamento estratégico da gestão “Cooperação”. A opção pelo social será a característica da atual administração a partir de agora, com investimentos de R$ 1 bilhão durante nos próximos anos. Muito mais que aplicaram seus antecessores.

 

Sem mudanças

Durante o evento, que ocorreu no Hotel Rondon, o governador  tranqüilizou os escalões estaduais quanto as propaladas alterações. Nenhuma mudança foi anunciada e se houver alguma futuramente acontecerá de comum acordo com o próprio titular da pasta e com os partidos da base de sustentação. Os espaços dos partidos estão sendo respeitados.

 

Crise tucana

Mesmo sob ameaça de intervenção do Diretório Nacional do PSDB, os tucanos rondonienses realizaram sua convenção estadual elegendo o deputado estadual Jean de Oliveira como presidente e o deputado Euclides Maciel como vice. A coordenação dos trabalhos foi do ex-deputado federal Hamilton Casara acusado por dissidentes de rombo nos cofres do partido.

 

Só vai piorar

No domingo a Folha de São Paulo denunciou os cortes no orçamento na área de segurança, atingindo a Policia Federal, que se verá obrigada a reduzir a vigilância nas regiões de fronteira. Ora, é justamente por elas que rola a solta o tráfico de drogas e o contrabando de armas. Como reflexos a criminalidade só tende a piorar em 2011: Rondônia estará no olho do furacão.

 

As movimentações

O Palácio Presidente Vargas estava bem movimentado na manhã de ontem. No auditório, o senador Acir Gurgacz tratava de audiência da Comissão da Agricultura do Senado, com lideranças regionais, enquanto que lá fora, os policiais militares se aglutinavam em manifestação por reajuste salarial com carros de som etc. Os eventos ocorreram normalmente, ninguém atrapalhou ninguém.

 

Mais Rafinha

E para quem se tortura com as piadas e fofocas do humorista Rafinha Bastos, da Band: ele exibiu mais uma tirada para incomodar a honra rondoniense, publicada na última edição da revista Veja. Na seção Gente, ele sapeca um dos seus comentários mais tuitados. “Se Deus é brasileiro, ele sacaneou Rondônia”. Quanto mais se mexe na m...   

 

De porco a cavalo

A recente declaração do diretor do hospital de Barretos, Henrique Prata, de que o tratamento de câncer em Rondônia não serve nem para os animais, de porco a cavalo, atingiu como uma chibatada o lombo do ex-diretor do Hospital de Base, Amado Rahhal, a quem dedico grande apreço, seja por sua competência, humanidade etc e tal.

 

Toda razão

Mas em entrevista ao site Observador, Amado saiu em defesa do que se pratica em ancologia no Estado de Rondônia. Mesmo respeitando Amado, que foi um dos melhores diretores do HB, eu discordo, pelo menos neste quesito. O tratamento de câncer em Rondônia deixa muito a desejar. Se fosse bom por aqui, porque tudo mundo vai se tratar em Barretos?

 

Do Cotidiano

Os rompantes midiáticos

Até onde vai o limite do poder de um governante municipal, estadual ou federal? Dizia o filósofo alemão Max Weber, com sarcasmo e contundência: “Em uma democracia, o povo escolhe um líder em quem confia. Então o líder escolhido diz: Agora calem-se e me obedeçam!” Exagero ou ele meteu o dedo na ferida?

A posse de prefeitos e governadores de oposição geralmente coincide com estrepitosos anúncios de devassas em supostas negociatas e contratação de auditorias.

Tem sido rara uma alternância de poder sem esses ruidosos rompantes midiáticos, que meses depois se desvanecem em atestados de honradez e competência aos governantes pregressos. Isso, por uma razão elementar: os novos logo caem na mesma rotina seguida por seus antecessores, ditada por leis ou conveniências.

Novos governadores de oposição empossados no início do ano, como Beto Richa (PSDB/PR) e Rosalba Ciarlini (DEM/RN), entretanto, enveredaram por um caminho que se poderia considerar tão saneador quanto perigoso: a moratória, prática inaugurada pelo ex-presidente Itamar Franco ao governar Minas Gerais.

A ex-senadora Rosalba, a exemplo do paranaense Richa, integra uma família de políticos tradicionais em seu Estado. Começou o governo decretando a suspensão de todos os pagamentos das dívidas do Governo do Estado com os credores, fornecedores e prestadores de serviços. No final de março, estendeu a moratória por mais 30 dias. No Paraná, Richa limitou a moratória em três meses.

Não é preciso dar muitos tratos à bola para imaginar o desastre que essas medidas de força governamental promovem nas contas dos fornecedores contatados pelos estados, como os de leite e comida para os restaurantes populares, por exemplo.

Será que para combater a corrupção e esclarecer dúvidas é preciso enfiar todos os fornecedores aos governos na mesma camisa-de-força de uma suspensão por um prazo elástico de pagamentos por serviços já prestados?   

Para os juristas que levantam essa questão, os estados podem ter sérios prejuízos se os atingidos por suspeitas infundadas reagirem judicialmente. E se a moratória gerar um pesado custo financeiro ao Estado, via judicial, quem pagará a conta será a população, não o governante de plantão.

 

Via Direta

*** O ex-vereador Cido do JK ingressou no PSB e já trabalha firme na Zona Leste da cidade buscando seu retorno ao Legislativo de Porto Velho *** As parcerias do governo com os municípios em Porto Velho e Guajará Mirim já apresentam bons resultados *** Na capital, a campanha de limpeza nos bairros já começou.

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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