Coluna sem papas na língua 23/03/12

Festa do PT

O prefeito Roberto Sobrinho deve esta com a alma lavada. Acusado pelos adversários de lento, incompetente e de tudo mais, ele conduziu Porto Velho ao primeiro lugar da pesquisa Firjam, como a capital de excelência na gestão fiscal. Um atestado de competência  para o petista.

Lado positivo

Num estado dividido politicamente onde os aspectos negativos ganham mais importância do que os positivos, pouca gente dá conta que Rondônia cresceu no primeiro ano da gestão Confúcio Moura 7% e que isso foi um recorde nacional. O ritmo deve continuar em 2012. A economia  pulsa forte.

A reviravolta

Foi uma verdadeira reviravolta no processo sucessório em Ariquemes. O atual prefeito Márcio Raposo (DEM), esta praticamente desistindo do projeto de reeleição e no seu lugar deve entrar o deputado estadual Adelino Follador, ex-prefeito de Cacaulândia.

Sem compromisso

Diante deste fato novo e como o PMDB só tinha compromisso com  Márcio Raposo que foi vice de Confúcio Moura quando prefeito, a legenda comandada pelo casal Raupp anuncia candidatura própria na Capital da Produção: o comunicador Ricardo Schuank. 

Nossa Dilminha

O marketing petista vai funcionando bem e até o corte de cabelo da chefe de gabinete do Palácio Tancredo Neves, eventual candidata a prefeitura do PT já se assemelha ao da presidente Dilma Roussef. O prefeito Roberto Sobrinho quer eleger uma Dilminha na versão tupiniquim.

Turbulências

Com o inicio do processo de escolha de seus candidatos às prefeituras vários partidos vivem dias de turbulência, como o PT com suas prévias, o PSDC com a cobrança do dizimo, agora os verdes abrindo as portas para a autofagia. Quem se saiu bem foi o PMDB ao buscar um candidato de consenso.

Balões de ensaio

Na capital os partidos multiplicam os balões de ensaio buscando as composições. O PV com Marcelo Reis, o PTB com Bosco da Federal, o PMN com Mário Sérgio, e até surgem a formação de alianças de partidos de aluguel – vários nanicos – no propósito de buscar acordos futuros.

Ficou no Folclore

O caso é real. Em tempos idos um parlamentar recebeu a promessa de benesses para votar um importante projeto de interesse do Executivo. Tratado o negócio foi escalado um moreno sensual para entregar o pacote de cédulas ao deputado que mancava muito. Ao contar o combinado, uma baita surpresa: só as primeiras cédulas dos pacotes eram de R$ 100,00. Todos os miolos eram de R$ 1,00...

Do Cotidiano

A hora do pesadelo

É uma “Loteria Federal” que não provoca sonhos de riqueza, mas pesadelos em prefeitos e assessores municipais metidos em golpes ou má gestão dos recursos transferidos pela União.

Desde 2003, a Controladoria-Geral da União aterroriza os corruptos das médias e pequenas cidades com seus temidos sorteios. A cada sorteio, realizado exatamente como os das loterias da Caixa Econômica Federal, são escolhidos 60 municípios de até 500 mil habitantes. Em cada um deles os auditores federais examinam contas e documentos e fazem inspeção pessoal e física das obras e serviços em realização.

O que agrava os temores até dos prefeitos corruptos que fazem uma boa maquiagem das contas suspeitas é que os técnicos privilegiam o contato com a população, o que lhes facilita ir diretamente aos casos mais suspeitos e mal explicados.

Os contatos para obter essas informações privilegiadas são feitos diretamente ou por meio dos conselhos comunitários e outras entidades organizadas, como forma de estimular os cidadãos a participar do controle da aplicação dos recursos oriundos dos tributos que lhes são cobrados.

Em geral, as suspeitas ressoam nas câmaras municipais, mas onde elas estão atreladas aos prefeitos à saída não é mais se queixar ao bispo: as denúncias são encaminhadas aos promotores do Ministério Público ou aguardam um sorteio da CGU.

 O programa Fiscalização de Recursos Federais a partir de Sorteios Públicos tem sido um dos principais fatores para a percepção da corrupção por parte dos brasileiros. Há uma lista impressionante de golpes, erros e truques usados para maquiar ou mascarar as contas municipais, a tal ponto que já se pode inverter o princípio básico do direito, segundo o qual todos são inocentes até prova em contrário. No caso das prefeituras, até que a CGU sorteie e confira, onde não há corrupção a tendência é haver erros de gestão, desperdício ou falhas técnicas.

Não se pode mais mascarar o fato de que a corrupção grassa na grande maioria dos municípios brasileiros. Mas ela sofre ainda um forte impacto para cima quando as transferências federais aumentam, segundo uma pesquisa desenvolvida por quatro economistas da Universidade Bocconi, de Milão.

Via Direta
 

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