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Carlos Sperança

Coluna sem papas na língua 28/05/11


Coluna sem papas na língua 28/05/11 - Gente de Opinião

Nem valsa...

Com relação à nota divulgada nesta coluna intitulada “pulando cirandinha”, o senador Ivo Cassol afirmou ontem que com seu ex-aliado Expedito Júnior “não tem valsa, nem cirandinha”. Com isso rechaçou qualquer possibilidade de acordo com os tucanos para as eleições municipais do ano que vem.

E El Bigodón?

Sobre o estremecimento das suas relações com o ex-governador João Cahulla, o El Bigodón, Ivo esclareceu que ambos voltaram às boas. “Ele foi um aliado fiel durante anos e deu seqüência ao nosso governo durante seu mandato.” Como se recorda eles se desentenderam no final da última campanha sobre quem teria sido o culpado da derrota para a oposição.

 

Coluna sem papas na língua 28/05/11 - Gente de Opinião

Um recordista

Chamuscado com o reajuste dos coletivos no inicio do ano e atingido pelo escândalo dos remédios, o prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho estava pavimentando sua imagem para as próximas jornadas. O lado positivo é que ele mantém bons indicativos: único reeleito, o que mais pavimentou o que mais regularizou terrenos urbanos etc.
 


Audiência pública

Os deputados estaduais acabaram adiando a audiência pública para debater a municipalização dos serviços de águas e esgoto e questão do saneamento básico com recursos do PAC. Prefeitos e deputados ainda não se entenderam a respeito. A ALE-RO defende a Caerd, os prefeitos querem municipalizar o sistema acusando a estatal pela inércia.



Coluna sem papas na língua 28/05/11 - Gente de Opinião

Pacote polêmico

O secretário de Segurança Pública Marcelo Bessa prepara um pacote mais que polêmico para reduzir as estatísticas da criminalidade em Rondônia. Uma das medidas a serem adotadas, o fechamento de bares e casas noturnas mais cedo, deu bons resultados em outras cidades violentas. Mas sem apertar o tráfico de drogas por aqui, tudo é enxugar gelo.

Coluna sem papas na língua 28/05/11 - Gente de Opinião

Caindo do poleiro

Depois de nomeado para o cargo de defensor público geral do estado, pelo governador Confúcio Moura, o sub-defensor José de Oliveira Andrade, acabou caindo do poleiro, antes da posse. Com a fatiota pronta, e já com o peito estufado como um pombo pela honraria e com os convites já distribuídos, o golpe foi duro. È de soluçar.

Cama de gato

A grande verdade é que Oliveira foi alvo de uma cama de gato arrumada por um grupo de políticos. O mesmo grupo que também abateu Willians Pimentel para a esfera de saúde (neste caso o tempo mostrou que os parlamentares estavam certos...) também convidado pela manhã e destituído a tarde pelo Palácio Presidente Vargas.

Os plebiscitos

A criação dos estados de Carajás e de Tapajós, desmembrados a partir do Pará, obteve mais um avanço no Congresso, com aprovação na Comissão de Constituição e Justiça–CCJ da Câmara dos Deputados para autorizar a realização de plebiscitos. A medida entusiasma outros movimentos pela autonomia nos estados de AM, MT,MA, BA, e MG.


Do Cotidiano

As linhas de frente

Elas levavam a religião aos lugares mais remotos da floresta amazônica para salvar as almas dos índios. Em troca dessa edificante contribuição aos povos da floresta, carregavam na volta jovens braços escravos para seus negócios. Na bagagem, amostras da ainda desconhecida biodiversidade amazônica para enviar à Europa, onde os sábios do Velho Mundo investigariam seus segredos.

As “tropas de resgate” eram, a rigor, as linhas de frente da civilização portuguesa nas matas em tese pertencentes à Espanha. Levavam consigo, além de mateiros e militares, cruzes para ficar nas aldeias encontradas e padres jesuítas para rezar as primeiras missas.

Para Voltaire Schilling, “o resgate era um sofisma utilizado pelos escravagistas, tal como a guerra justa, que justificava o apresamento dos índios que se encontravam cativos em mãos de tribos inimigas”. Desta forma, escravizando-os, as bandeiras os “resgatavam” de sofrer possíveis tormentos nas mãos de seus inimigos tribais.

As notícias sobre essa prática surgem inicialmente diluídas. Uma queixa do governador do Maranhão, Francisco Coelho de Carvalho, contra o capitão-mor do Pará, Sebastião de Lucena, aponta que, “levado de seus interesses, mandou aprestar canoas com os soldados e o gentio que havia, e as mandou com um capitão ao sertão a cativar os índios” (Consulta do Conselho Ultramarino a Dom João IV, 18 de setembro de 1647).

Essa denúncia do envio de missão oficial de um governo a serviço do rei português para apresar índios aparece no importantíssimo ensaio Pelos sertões “estão todas as utilidades” Trocas e conflitos no sertão amazônico (Século XVII), de Rafael Chambouleyron, Monique da Silva Bonifácio e Vanice Siqueira de Melo, da Universidade Federal do Pará.

Na mesma obra, uma comprovação de que o reino português concedeu aos padres jesuítas a missão de “catequizar” os índios. O vigário-geral do Maranhão, José Machado, requereu a autorização do rei para fazer entradas pelo território para “ocupar-se na conversão das almas dos gentios do sertão”, mas o soberano negou: “Cumpra com as obrigações de seu ofício nos moradores do Maranhão, porque o que toca às conversões, as mando fazer pelos religiosos” (jesuítas).


 Via Direta

*** Lembram? Acompanhando o escândalo dos remédios dá para entender porque ocorreu aquele incêndio na Farmácia Popular em Porto Velho *** Guajará-Mirim clama por socorro: a economia da fronteira esta cambaleando *** E os rumores na capital dão conta de novas demissões nas hidrelétricas nas próximas semanas.    

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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