Quarta-feira, 29 de agosto de 2012 - 05h09
Grandes viradas
Numa cidade acostumada a grandes viradas na reta final, como Porto Velho, ainda não temos sequer pistas de algum candidato em condições de ultrapassar Mauro Nazif (PSB) e Lindomar Garçon (PV) que lideram a corrida sucessória e que hoje estariam no segundo turno. Será que já tem algum embrião de zebra se formando?
Gráficas em alta
O setor gráfico de Porto Velho trabalha sem parar nos últimos dias. Com a campanha eleitoral a procura de santinhos, cartazes e outros produtos aumentou consideravelmente e os políticos exigem rapidez nas entregas. Do lado das gráficas a maioria não esta aceitando fiado. Porque será, gente?
Nossos caciques
Constato os principais caciques políticos de Rondônia com o pé na estrada visando eleger aliados de Guajará á Cabixi. Tanto os senadores Ivo Cassol, Acir Gurgacz e Valdir Raupp, como também o presidente da Assembléia Legislativa Hermínio Coelho e o ex-senador tucano Expedito Júnior estão no trecho.
Possível retorno
Sem disputar cargos eletivos nesta temporada os ex-prefeitos de Porto Velho, Carlinhos Camurça (PP) e José Guedes (PSDB) estudam retornar em 2014. No interior, a ex-prefeita Milene Mota (Rolim de Moura) e o ex-prefeito Francisco Sales (Ariquemes), vão pela mesma toada.
Direitos humanos
Em virtude das denuncias do deputado federal Domingos Dutra (PT- MA), sobre a violação dos direitos humanos dos operários das usinas de Jirau e Santo Antonio(RO), Belo Monte(PA), e de Estreito (MA), o Congresso Nacional começa a investigar também o desaparecimento e o tráfico de pessoas no país.
Passagens aéreas
Já era hora. O Senado realiza nesta quinta-feira dia 30, audiência pública em Brasília para debater o elevado preço das passagens aéreas nas regiões Norte e Nordeste. Estarão presentes desde o ministro dos Transportes até diretores das companhias aéreas, da ANAC, etc.
Pena mínima
Muito justo. Projeto de lei da lavra da deputada federal Keito Oko (PSB-SP) aumenta a pena mínima por homicídio simples para 10 anos e substitui a pena de reclusão por prisão. Sua proposta, já esta sob análise nas comissões técnicas, alterando o Código Penal onde a pena mínima é de apenas 6 anos.
A retomada
A novela da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (Pará), cujas obras estavam paralisadas desde o dia 23, teve mais um capitulo, com a decisão da sua retomada pelo Supremo Tribunal Federal. Centenas de operários rondonienses que trabalharam em Jirau e Santo Antônio participam do gigantesco empreendimento.
A comitiva
O agricultor Nadir Rasini, sojicultor do sul do estado, radicado em Vilhena, fará parte da comitiva de 34 brasileiros escolhidos para participar de um concurso da Monsanto em Saint Louis, nos Estados Unidos na semana que vem. Naquela cidade esta localizada o maior centro mundial de biotecnologia, técnicas agrícolas e sementes híbridos.
Do Cotidiano
A epopéia rondoniense
A reconquista do território da Ponta Abunã, no final da década de 80, serviu de tema de um livro, para o advogado e historiador Tadeu Fernandes, na época, secretário de Estado, que participou diretamente da refrega com os acreanos. Em “O Braço Ocidental de Rondônia”, Fernandes relata uma das epopéias mais importantes da vida rondoniense.
A pendenga Rondônia/Acre começou quando a então governadora Yolanda Fleming resolveu tomar posse da região. Na verdade todas as localidades da região Nova Califórnia e Extrema já eram assistidas de saúde a telefonia pelo vizinho estado sob as vistas grossas de sucessivos governos rondonienses, que nunca se importaram com a região - e muito pelo contrário, tinham abandonado o pontal.
Era o final do governo Ângelo Angelim, nome indicado pela Aliança Democrática, uma coligação formada pelo então PMDB e PFL, aprovado pela Assembléia Legislativa e nomeado pelo Congresso Nacional, de forma indireta, quando estourou o conflito.
Foi em 1989, durante o governo Jerônimo Santana, que o estado de Rondônia resolveu recuperar a Ponta do Abunã. Depois de várias reuniões, contatos em Brasília em busca de apoio, o próprio governador Jerônimo Santana, o Bengala, decidiu comandar a batalha. A frente das tropas da Policia Militar estava o coronel Valnir Ferro e, assim o comboio rondoniense desembarcou em Extrema para botar os acreanos para correr.
Para demarcar território, Jerônimo Santana colocou placas e out doors na região com o mapa completo do estado dizendo “Aqui é Rondônia”. Mas a pendenga se arrastaria pelos tribunais por mais dois longos anos até a posse da região ser oficializada.
Na Guerra do Abunã não houve combates entre os militares dos dois estados. Mas se não fosse, a determinação do então governador Jerônimo Santana, do coronel Valnir Ferro, que comandou a operação da retomada e de nomes como Orestes Muniz, Tadeu Fernandes, comandante da PM João Maria Sobral, Chagas Neto, Moisés Bennesby, Walter Bártolo e Paulo Henrique de Almeida que lideraram na época o movimento “Aqui é Rondônia”, a região estaria até hoje sob tutela acreana.
Via Direta
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