Sexta-feira, 19 de agosto de 2011 - 05h11
Nova pesquisa
O Instituto Previsão divulgou nova pesquisa sobre a corrida eleitoral em Porto Velho. Zequinha Araújo, do PMDB, vai mantendo a ponta com 17.51 por cento, vindo em seguida Lindomar Garçon (PV) com 13,59; Fátima Cleide (PT) com 9,45 e Mauro Nazif (PSB) 8,76. Nesta largada, alguns nomes decepcionam, como Expedito Júnior (PSDB) com apenas 6,68 por cento de intenções de votos.
Os desafios
Depois de superar os desafios gerados pelo final de ciclos importantes, como foi o da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, deixando por aqui centenas de operários deserdados pela sorte e mais recentemente o caos do garimpo, nos anos 90, Porto Velho começa a se preparar para enfrentar o pós-usinas. Teme-se pelo desemprego e pela falta de alternativas.
Rebanho cresce
No entanto vários indicativos apontam que a capital rondoniense poderá sobreviver a mais uma herança pesada. O município, independente das hidrelétricas, cresce no agronegócio – são vários frigoríficos se instalando de Porto Velho até Extrema – e já temos o maior rebanho bovino do estado.
As expectativas
A expectativa do empresariado é boa, a maioria acredita que sobreviveremos sem as usinas. O pescado floresce, as grandes indústrias se instalam motivadas pela geração de energia confiável e agora, temos a chegada dos chineses para projetar Porto Velho, como ponta de lança para produção de manufaturados em larga escala para atender o mercado amazônmco e países vizinhos.
Déficit de moradia
Mesmo com tanto prédio em construção – são mais de 60 em fase de acabamento – e a prefeitura de Porto Velho investindo alto no setor de moradia, o déficit habitacional da capital chega a 40 mil residências. As pesquisas indicam que o setor de construção civil terá fôlego para continuar crescendo – mesmo em patamares menores – nos próximos dois anos.
Grande peleja
Ainda temos na capital o PMDB forte com Orestes Muniz e o cassolismo em fase de definição, entre Ivan da Saga e Amado Rahhal. Teremos uma grande disputa e com certeza com mais um final surpreendente. O eleitorado da capital adora provocar surpresas. Com isso muita gente já aposta que teremos um nome novo saindo do nada para ocupar o Palácio Tancredo Neves.
Rivalidades tribais?
O PMDB inaugurou sua sede em Guajará Mirim com pompa e circunstância no último final de semana, mas a filiação do ex-prefeito Isaac Bennesby, que seria escalado para disputar a prefeitura da Pérola do Mamoré, acabou não acontecendo. Acredita-se que as rivalidades tribais de última hora acabaram influenciando a coisa.
Grave difamação!
O deputado estadual Ribamar Araújo considerou uma difamação grave a “acusação” do prefeito Roberto Sobrinho dando conta que a pintura esquisita (?) dos cabelos do desafeto petista Jósé Hermínio esteja prejudicando os miolos do parlamentar. O próprio Ribamar ser sentiu caluniado ao ser taxado de “cassolista” enrustido no PT. Haja encrenca!
Do Cotidiano
Quase invisíveis
Como se fosse um filme de mistério, algo não convencia no caso de um jovem enforcado no teto de uma cozinha em uma casa abandonada no Rio de Janeiro. Os vizinhos garantiam que estava morto há pelo menos quinze dias, mas os exames de praxe, que levam em consideração o estado de conservação, a temperatura e o grau de rigidez do corpo, induziram os peritos a calcular o tempo de morte em apenas uma semana.
Que fazer para tirar a dúvida? Chamar o FBI? A polícia chamou Janyra Oliveira da Costa, perita do Instituto de Criminalística do Rio de Janeiro, especialista em uma área da ciência que se tornou bastante conhecida por causa dos seriados de TV norte-americanos nos quais de fato o FBI pontifica: a entomologia forense.
Na cena do crime, Janyra concentrou sua atenção não no corpo, mas nas larvas de moscas e besouros que o povoavam e também se espalhavam pelo chão. “A diversidade de insetos era grande, cenário que aponta para um período mais longo decorrido desde a morte”, conta Janyra. “Como o corpo permaneceu o tempo todo pendurado, preservou-se melhor do que se estivesse em outra posição”, explica.
As larvas de insetos que se alimentam da matéria orgânica em decomposição, em uma espécie de reciclagem natural de nutrientes, caíam no chão em vez de permanecer no corpo. A explicação de Janyra fortaleceu a versão dos vizinhos e a polícia ampliou a lista de suspeitos, que passou a incluir pessoas que haviam estado por ali nas duas semanas anteriores.
Dessa forma, os “microdetetives” quase invisíveis começavam a auxiliar de forma decisiva em uma investigação que chegou a bom termo com o apoio de seus testemunhos eloquentes, embora silenciosos.
Trabalhando na identificação das espécies de insetos geralmente encontradas junto aos mortos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Janyra é uma das pesquisadoras que nos últimos anos vem ajudando a desenvolver no Brasil essa especialidade de acordo com a fauna e as características ecológicas daqui, bastante distintas das de outros países.
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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