Terça-feira, 27 de janeiro de 2015 - 05h09
Já estamos na contagem regressiva para a eleição da nova mesa diretora da Assembléia Legislativa que até ontem tinha apenas um candidato a presidência, o veterano Maurão de Carvalho (PP-Ministro Andreazza). Há quem diga que haverá surpresas, outros que tudo se encaminha para uma tranqüila passagem de comando entre José Hermínio Coelho (PSD-Porto Velho) para Maurão.
No ar, se fareja conspiração contra o grupo que vem dominando a Casa de Leis já há algum tempo. Mas a coisa esta em cima da hora e Maurão e Hermínio já contam com uma chapa fechada.
Para a base aliada aceitar Maurão como presidente até ontem se exigia um pé em Hermínio. Mas a política é como as nuvens, que mudam de forma e tamanho a toda hora.
Não vejo Confúcio e Hermínio pulando cirandinha apoiando uma mesma chapa. E aí esta o “x” da questão. Teoricamente a base governista conta com pelo menos 14 parlamentares. Unida, esta coalizão pode entornar o caldo para os propósitos do favorito.
“
Caso a base aliada se una,
Maurão pode correr risco de perder a parada
”
A grande injustiça
As contas de energia vão subir em média – em alguns estados bem mais, em outros um pouco menos) 30 por cento a partir de março visando proporcionar equilíbrio às contas e ao represamento de valores em 2014 que ajudou na reeleição do governo que aí está. A coisa vem sem dó e piedade como também deverá vir outros reajustes tarifárias para o pobre contribuinte.
Mas é justo aplicar reajuste de energia ao sofrido povo rondoniense, alvo de uma recente cheia histórica nunca vista – foi à maior em um século – justamente o estado que cedeu, sob graves prejuízos ambientais em seu território as águas do Rio Madeira para a construção de duas hidrelétricas gigantes? As usinas depois de fomentar um crescimento populacional desordenado sem proporcionar a infra-estrutura como justa compensação, estão deixando um rastro de desemprego na capital que se tornou uma população sem água, sem esgoto e sem segurança.
Não é justo que Porto Velho (e Rondônia) seja penalizado duplamente. Ao invés das lideranças políticas ficarem brigando, deveriam se unir para exigir um tratamento diferenciado.
“ Era esperado tratamento diferenciado
nos reajustes de energia para RO”
A difícil reposição
Passados 33 anos da criação do estado, poucas lideranças políticas que despontaram naquela época sobreviveram. Vicejavam no interior como lideranças promissoras Roberto Jotão (Ji-Paraná) e Vitório Abraão (Vilhena), lideranças emergentes como José Viana (Ji-Paraná), Ernandes Amorim (Ariquemes). Na capital se esperava muito de Paulo Struthos, Abelardo Jorge, Amizael Silva, Itamar, Clóter Motta, etc, então vereadores.
Com as eleições gerais de 1982, pintaram nomes que iriam ascender no estado, eleitos como deputados estaduais como Arnaldo Martins (Vilhena), José Bianco (Ji-Paraná), Ronaldo Aragão (Cacoal) Tomás Correia, Amir Lando, Oswaldo Piana (Porto Velho). Na Câmara dos Deputados, despontava Chiquilito, no Senado Odacir.
O maior berço político sem duvidas foi a Assembléia Legislativa. De lá emergiram os governadores Oswaldo Piana e José Bianco, senadores como Amir Lando, Ronaldo Aragão, Ernandes Amorim.
Aos poucos vão aposentando os antigos caciques. E a reposição de boas lideranças tem sido difícil.
“É possível constatar que temos dificuldades
de repor as lideranças a altura”
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