Quinta-feira, 31 de março de 2011 - 05h19
SOS Itapoã
Mais do que justificado o grito de protesto do deputado estadual Zequinha Araújo (PMDB) sobre a situação da abandonada cidade de Itapoã do Oeste, vitima dos efeitos negativos da usina Hidrelétrica de Samuel e que no período das chuvas vê alagado até seu próprio cemitério, com caixões e defuntos boiando.
Acompanhamento
Já com comissões definidas para acompanhamento do badernaço em Jirau e seus reflexos em outras obras federais, a Câmara Municipal de Porto Velho, a Assembléia Legislativa de Rondônia e o Senado abrem visitações, através de seus representantes, aos canteiros de obras de Jirau e Santo Antonio, a partir de segunda-feira.
El Bigodón
Mineiramente calado sobre a gestão do seu sucessor Confúcio Moura, o ex-governador João Cahula (PPS), o El Bigodón, já com domicilio eleitoral transferido de Rolim de Moura para Porto Velho, começa a se movimentar nos bastidores com vistas às eleições municipais do ano que vem. Os aliados têm fé na parada.
Coalizão de forças
Lideranças da coalizão que elegeu o deputado estadual Valter Araújo (PTB) a presidência da Assembléia Legislativa durante os próximos quatro anos, querem o parlamentar disputando a prefeitura da capital no ano que vem. Ocorre que sendo derrotado na peleja municipal, ele permaneceria no cargo de presidente da ALE. Não precisaria renunciar para se desincompatibilizar.
É improvável
É improvável que Araújo se aventure na peleja do Palácio Tancredo Neves. Mesmo porque, também circula nos bastidores, que seu propósito seria disputar o Senado em 2014, numa dobradinha com o atual senador Ivo Cassol, que tentará voltar ao Palácio Presidente Vargas. Ivo, por enquanto, sinaliza apoio a Ivan da Saga na disputa da capital rondoniense.
Pela honra
Com a morte do ex-vice-presidente José de Alencar, o Brasil perde um patriota e um dos raros políticos honrados – cada vez mais raros, né? – neste país. Infelizmente, nos dias de hoje, a palavra “honra” foi abolida pela maioria dos políticos cada vez mais envolvidos em falcatruas, que vão desde superfaturamento no preço de pão até na compra de retroescavadeiras.
Poucas mudanças
As tão propaladas mudanças no secretariado do governador Confúcio Moura – chegou a se especular uma minirreforma administrativa - não estão se confirmando. Nos corredores do Palácio Presidente Vargas já não se espera maiores alterações, a não ser daqueles que pedirem para deixar o cargo. O governo de coalizão e a correlação de forças dos partidos, pelo menos serão mantidos.
Dúvidas tucanas
Os tucanos não conseguem achar uma definição para seu novo comando nacional. Como existem três correntes interessadas – os ex-governadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e o atual governador paulista Geraldo Alckmin têm os olhos voltados para o Palácio do Planalto em 2014 – nada se define, nem mesmo um rodízio na presidência da legenda.
Do Cotidiano
Selvageria não esclarecida
Madrugada de 17 de janeiro. Canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Jirau, a 120 quilômetros de Porto Velho, um obra com investimentos de R$ 13,9 bilhões, uma das maiores do governo brasileiro, iniciada no governo Lula. Um grupo de encapuzados, cuja origem ainda não está bem esclarecida – às suspeitas vão desde aos representantes sindicais á foragidos e traficantes - inicia cenas de selvageria e vandalismo, ateando fogo a alojamentos, assaltando agência bancária, saqueando o comércio e instalando o terror na selva. Tomados pelo pânico, operários se atiram às matas, fogem pelas estradas, num cenário de guerra.
Para evitar uma convulsão social na capital rondoniense, para onde marcharam os trabalhadores, onde se temia uma onda de saques ao comércio e incêndios – que acabaram não acontecendo – o consórcio Jirau realizou uma das maiores operações de resgate já realizadas no país transferindo quase a metade da sua força de trabalho para os seus estados de origem.
O presidente da empreiteira Camargo Correia, Antonio Miguel Marques revelou que os custos da gigantesca operação retirada de milhares de operários - foram cerca de oito mil - do canteiro chegaram à cifra de R$ 18 milhões. Foram usados 300 ônibus e oito aviões fretados para a grande diáspora dos trabalhadores barrageiros, numa tragédia sem precedentes na história da construção das hidrelétricas brasileiras.
A retirada dos operários em Rondônia foi considerada a maior operação de resgate já realizada pelo setor empresarial no país. Mesmo com todas as barbaridades, os dirigentes da empreiteira garantem que em dois meses as obras serão retomadas.
A propósito da origem de toda confusão, acredita-se, com base em alguns depoimentos, que o estopim da crise em Jirau – além das falhas da seleção de operários, já que alguns foragidos do sistema penitenciário foram identificados ao meio dos trabalhadores - foram às medidas restritivas de segurança adotadas nos acampamentos e cercanias para a entrada de álcool, prostitutas e drogas nos canteiros, que provocaram a desgraceira toda.
O terrorismo em Jirau teve reflexos na paralisação momentânea das obras da Usina de Santo Antonio, também em Rondônia, em greve em obras do PAC em Pernambuco e numa usina no Mato Grosso do Sul.
Via Direta
***Recebendo novo fluxo migratório, cidades como São Francisco, Seringueiras e São Domingos vão tomando novo impulso no Médio Guaporé *** O PR, liderado pelo ex-deputado federal Miguel de Souza, já esta abrindo as tratativas para as eleições municipais do ano que vem.