Terça-feira, 5 de janeiro de 2010 - 00h03
Por Carlos Sperança
Ao contrário das eleições passadas quando todos os postulantes ao governo do Estado já estavam acertados quase um ano antes das eleições, 2010 começa com nove nomes cogitados para disputar o governo de Rondônia e muitas indefinições.
São tidos como possíveis candidatos, o vice-governador João Cauhla (PPS-Rolim de Moura), o senador Acir Gurgacz (PDT-Ji-Paraná), o prefeito Confúcio Moura (PMDB-Ariquemes), o ex-senador Expedito Júnior (PSDB-Rolim de Moura), o presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos (PSDC - Machadinho do Oeste), o deputado federal Eduardo Valverde (PT-Porto Velho), a professora Rosângela Cipriano (PSOL–Vilhena), o ex-governador José Bianco (DEM-Ji-Paraná) e o ex-prefeito Melki Donadon (PHS-Vilhena).
O quadro ainda é muito nublado, aguardando-se, por exemplo, os julgamentos do governador Ivo Cassol e seu vice João Cauhla; a decisão do prefeito de Ji-Paraná José Bianco (DEM) e de situações onde, em alguns casos os nomes foram lançados apenas para tentar ser vice de algum candidato de ponta, como esta configurado o anuncio da candidatura do ex-prefeito de Vilhena Melki Donadon (PHS).
Com um eleitorado que já beira de 1,2 milhão de eleitores, Rondônia vai eleger seu governador pela sétima vez pelo voto direto. O primeiro foi o goiano Jerônimo Santana (em 86), o segundo o rondoniense Oswaldo Piana (90), em 1994 o catarinense Valdir Raupp de Mattos, em 1998 o paranaense José Bianco, em 2002 começaria a era Cassol, com duas eleições consecutivas do atual mandatário, o catarinense Ivo Cassol, o primeiro reeleito.
Mais de dois terços do eleitorado rondoniense está no interior, o que projeta dificuldades para nomes lançados pela capital, já que nossa população interiorana, formada majoritariamente por migrantes sulistas, tem se revelado extremamente bairrista nas últimas escolhas. Porto Velho não elege governador há duas décadas, fruto do divisionismo político local e até da falta de competência das suas últimas gerações de políticos.
Com tantos postulantes e por se tratar de uma disputa claramente regionalizada, as eleições em Rondônia, devido à fragmentação dos votos, sinalizam para uma disputa em dois turnos. Nas primeiras sondagens, constatou-se um enorme índice de indecisos, o que poderá revelar surpresas no pleito deste ano.
Nas primeiras rodadas de pesquisas realizadas ainda no ano passado, projetava-se eleições em segundo turno, sendo um candidato da base aliada do governo (é autofagia pura entre Cahula e Expedito) e um postulantes da oposição (uma guerra encarniçada entre vários nomes).
Veja, abaixo. a situação dos pré-candidatos:
JOÃO CAHULA (PPS) – O vice-governador espera o resultado do julgamento de recurso da sua cassação juntamente com o atual governador no TSE. Absolvido, será o candidato natural da base aliada, assumindo o cargo em abril em substituição ao governador Ivo Cassol (PP) que se desincompatibiliza para disputar uma vaga ao Senado. Seu domicílio eleitoral é Rolim de Moura e seu nome começa a decolagem nos pequenos e médios municípios do estado.
ACIR GURGACZ (PDT) – Recém-empossado no Senado, o parlamentar pedetista criou asas para disputar o governo do estado pela segunda vez. Busca firmar sua candidatura com alianças e tem discutido um projeto de unificação das oposições já em primeiro turno. Sua base é Ji-Paraná, mas nas eleições ao Senado também ganhou em pólos regionais importantes, como Porto Velho e Cacoal.
CONFÚCIO MOURA (PMDB) –O atual prefeito de Ariquemes, cidade que detém o terceiro colégio eleitoral do estado, deixa o Palácio do Cacau, sede da prefeitura local, em abril para disputar o governo do estado. Tem força no Vale do Jamari e suas bases se estendem a Região da Bacia Leiteira. Foi deputado federal duas vezes e seu partido vem de vitórias importantes nas eleições municipais onde elegeu prefeitos e vices nos colégios eleitorais mais importantes. Enfrenta dificuldades para decolar na capital.
EXPEDITO JÚNIOR (PSDB) – De volta ao ninho tucano, o ex-senador tinha largado na frente na corrida sucessória estadual perdendo fôlego com sua cassação e o desgaste sofrido no episódio da entrega do cargo. É o plano B do governador Ivo Cassol, caso João Cahula seja impedido de concorrer. Um dos candidatos de ponta, tem base em Rolim de Moura, mas sua força eleitoral vem da regularidade que tem obtido nas urnas nos 52 municípios do estado nos últimos pleitos.
NEODI CARLOS (PSDC) – O presidente da Assembléia Legislativa tem declarado que seu projeto é a reeleição, no entanto havendo a cassação do governador e vice, ele se torna a bola da vez na base aliada. Entronizado no poder, terá condições de conquistar a eleição indireta para um mandato tampão e então disputar a “reeleição”. Sua base eleitoral é o Vale do Jamari e ele aguarda um desfecho favorável para entrar na peleja 2010.
ROSANGELA CIPRIANO (PSOL) – Debutando em disputas políticas estaduais, a professora vilhenense ainda é uma incógnita para o grande público rondoniense e praticamente uma desconhecida da mídia da capital. Sua base eleitoral é o Cone Sul do estado, região de menor densidade populacional do estado, mesmo com toda pujança de Vilhena, quinta cidade no ranking estadual.
EDUARDO VALVERDE (PT) - O deputado federal venceu uma batalha interna no partido superando o prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho e a senadora Fátima Cleide, o que já lhe credencia como forte candidato para a peleja 2010. Seu desafio agora é unir o partido, já que sua vitória deixou seqüelas face aos ressentimentos das alas derrotadas. Sua base eleitoral é a capital, mas tem forte apoio da base rural do partido.
JOSÉ BIANCO (DEM) – O ex-governador e atual prefeito de Ji-Paraná só deve anunciar sua decisão se concorre ou não ao governo do estado ou qualquer outro cargo eletivo depois de março. Tem sido cortejado pelos pré-candidatos da base aliada, pelo prefeito de Ariquemes Confúcio Moura para eventuais composições para indicar o vice. Na verdade aguarda definições no quadro (as cassações de Ivo e Cahulla) para se posicionar.
MELKI DONADON (PHS) – Mesmo em baixa na política estadual, com derrotas ao governo, ao Senado e por último a prefeitura de Vilhena em 2008, o cacique do clã Donadon foi lançado como pré-candidato ao governo estadual. Nos bastidores, no entanto, tem negociado para ser postulante a vice de Expedito Júnior (PSDB) ou de Confúcio Moura -PMDB). Sua base eleitoral é o Cone Sul.
Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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