Domingo, 25 de março de 2012 - 08h29
Com um eleitorado de aproximadamente 270 mil – seriam mais de 300 mil caso não fossem cancelados milhares de títulos de eleitores no recente recadastramento biométrico do TRE - o município de Porto Velho vai eleger seu sexto prefeito pelo voto direto desde a transformação de Rondônia estado em 81.
Na primeira eleição, para um mandato tampão, foi eleito Jerônimo Santana (PMDB), no meio da década de 80. Tomás Coréia, seu vice, concluiria a gestão, em vista da eleição do titular ao governo do estado em 86. Em 1988, galgou o Palácio Tancredo Neves, sede do governo municipal, o trabalhista Francisco Chiquilito Erse, tendo como vice Amizael Gomes da Silva, ambos já falecidos.
Mauro Nazif é o pré-candidato do PSB |
As eleições de 92, na capital rondoniense, consagraram a ascensão política do então deputado federal José Guedes (PSDB). Já, o pleito de 96 marcaria o retorno ao poder do prefeito Chiquilito Erse (PDT), mas quem encerraria seu mandato, seria seu vice Carlinhos Camurça (PTB). Este, por sua vez, levaria a melhor, em 2000, mas no ano de 2004 começaria a sensacional trajetória do atual prefeito Roberto Sobrinho, virando sobre o favorito Mauro Nazif (PSDB). Quatro anos depois, em 2008, o alcaide petista seria consagrado à reeleição com vitória em primeiro turno.
Sempre sujeita as reviravoltas, a eleição de 2012 na capital está envolvida a muitas indefinições. Possivelmente o quadro sucessório ficará mais claro apenas em julho, com as convenções definitivas.
Atualmente são especulados como pré-candidatos de ponta o deputado federal Mauro Nazif (PSB), a ex-senadora Fátima Cleide (ou o representante do PT a ser escolhido em prévias neste final de semana) e o ex-deputado federal Lindomar Garçon.
José Augusto nome de consenso do PMDB |
Dois fatos recentes podem causar alterações neste quadro vigente: o PMDB conseguiu se unir e se fortalecer ao chegar uma candidatura de consenso, a do médico José Augusto. A formação do chamado “Frentão” colocando no mesmo palanque o PSDB, o PR, o PV e o PSD, assegura força a este agrupamento para uma boa reta de chegada. No bojo desta coalizão existe como alternativas nomes expoentes, como Miguel de Souza, Garçon e José Hermínio.
Ao meio de tudo isto, o PDT ensaia candidatura própria tendo como boas alternativas o comunicador Dalton di Franco, ex- vereador e ex-deputado estadual e o ex-vereador Mário Jorge, professor, sindicalista e militante histórico. Afora o quadro descrito acima proliferam os balões de ensaio com Marcelo Reis (PV), Mário Sérgio (PMN), Bosco da Federal (PTB), e nomes tucanos – Ivo Benitez, Mariana Carvalho – que desejam na verdade apontar o vice da chapa do chamado Frentão.
Dalton di Franco, possível candidato do PDT |
Existe uma convicção generalizada que teremos eleições em dois turnos na capital em virtude de tantos candidatos fragmentando o eleitorado. A maior parte da oposição também concorda que o PT, com toda sua máquina terá todas as condições para encaminhar seu candidato ao segundo turno, mas a expectativa geral é que depois de oito anos – assim como ocorreu com o cassolismo em 2010 – os petistas sejam destituídos do Palácio Tancredo Neves.
Na verdade, a temporada só esquenta em julho com o péssimo costume local - e estimulado pela imprensa - dos políticos divulgarem pesquisas fraudadas, invariavelmente desmentidas pelas urnas
Ivan da Saga (PP) desistiu |
Davi Chiquilito em nome do consenso |
Epifânia nome forte que desabou |
Sentados a beira do caminho
Na campanha 2012, vários protagonistas acabaram no meio do caminho. Nomes de ponta até alguns meses atrás, os deputados estaduais Zequinha Araújo (PMDB), Epifânia Barbosa (PT) e Valter Araújo (PTB), foram atingidos pelas investigações da Polícia Federal na Operação Termópilas e desabaram nas pesquisas.
Por outros motivos, pouco a pouco outros postulantes seriam descartados. Ivan da Saga (PP), que desistiu, ocorrendo à mesma coisa com o ex-governador João Cahula que chegou a trocar seu domicilio eleitoral de Rolim de Moura para a capital.
Ns últimas semanas outros nomes seriam tirados da lista de pretendentes a prefeitura. O vereador licenciado e secretário de Transportes Cláudio Carvalho pelas contas reprovadas e os pré-candidatos do PMDB Abelardo Castro e David Chiquilito, que renunciaram a disputa em nome da unidade do partido visando o fortalecimento de uma terceira via, o médico José Augusto.
Em 2004, a maior reviravolta
Roberto Sobrinho é detentor da maior reviravolta nas eleições municipais. |
Se na história política das eleições ao governo do estado a maior reviravolta ocorreu em 94, com o emergente de Rolim de Moura batendo o poderoso Chiquilito Erse, nas eleições da prefeitura de Porto Velho a maior reviravolta aconteceu em 2004 com a supremacia do atual prefeito Roberto Sobrinho tido na época como um nome do baixo clero da política local.
O favorito e bola da vez Mauro Nazif (então no PSDB), no seu maior erro de avaliação já feito até hoje, se uniu a um adversário histórico – o então prefeito Carlinhos Camurça - e as bases rejeitaram a aliança. O resultado foi catastrófico nas urnas. Ele começou a campanha com 68 % de intenções de votos contra magérrimos 1% do postulante petista e se deu mal. Seu eleitorado votou contra maciçamente.
Como se vê, com tantas reviravoltas nos pleitos rondonienses, onde sempre se diz que os últimos serão os primeiros, nunca se pode descartar surpresas de últimas horas...
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