Sábado, 2 de abril de 2011 - 08h09
Os dois lados
O imbróglio entre as prefeituras de Ariquemes e Rolim de Moura com a Caerd promete novos rounds nas próximas semanas. De um lado, os prefeitos pugnam pela municipalização dos serviços de águas e esgotos dos seus municípios, de outro a estatal rondoniense se defende na justiça e tem apoio dos deputados petistas, como a Epifânia Barbosa.
Paciência esgotou
Enquanto Epifânia afirma que os prefeitos em pé de guerra estão colocando em risco os recursos do PAC para obras de saneamento, de outro lado, o que se vê, é que a paciência dos alcaides vai se esgotando com a ineficiência da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia. O desafio é buscar uma solução conciliatória entre as partes
Operação disparada
A boa noticia, no anuncio do Ibama, a respeito da Operação Disparada, que tem como o propósito combater o desmatamento agindo com rigor contra a pecuária ilegal nas terras indígenas, parques nacionais e áreas públicas invadidas na Amazônia, é que Rondônia esta fora. As regiões atingidas pela operação serão nos estados do Pará, Mato Grosso e Amazonas.
Índices negativos
A grande verdade, é que aos poucos, Rondônia vai deixando a liderança no ranking de quesitos negativos, como os da malária, desmatamento, queimadas, raiva, (PA e MT agora lideram) e mais recentemente, já na era Confúcio Moura, pode se festejar o recuo dos casos da dengue, enquanto que os estados vizinhos Acre e Amazonas vivenciam epidemias.
Porco e cavalo
Em contrapartida as boas notícias, a declaração do diretor do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Duarte Prata, sobre o tratamento da doença em Rondônia foi de lascar. Em entrevista ao site rondoniainfoco afirmou que o tratamento em Rondônia não serve nem para animais, de porco a cavalo.
Fim dos privilégios
O deputado estadual Adelino Follador (DEM- Cacaulândia) foi mais um que se uniu aos gritos de protestos do parlamentar José Hermínio (PT- Porto Velho), para acabar de vez com os privilégios de ex-governadores e seus filhos, que utilizam seguranças até para curtir férias nas praias e cujas mordomias acabam sendo bancadas pelos recursos do erário.
Encontro tucano
Com o propósito de traçar uma agenda comum para áreas como saúde, segurança e educação, os oito governadores tucanos se reúnem neste sábado em Belo Horizonte. Ao longo do encontro, entra em pauta um assunto que tem causado cizânias entre os caciques da passarada: a eleição do novo diretório nacional, marcado para o mês de maio.
Pano de fundo
O pano de fundo da eleição da nova comissão nacional tucana é a eleição presidencial de 2014. A facção que tiver o controle dos votos dos convencionais, se garante. Por isto os grupos do senador Aécio Neves – que defende a permanência de Sérgio Guerra na presidência – e dos paulistas José Serra e Geraldo Alckmin já travam uma bela queda de braço pelo domínio da legenda.
Do Cotidiano
É preciso avançar
A política brasileira para a alfabetização está ainda muito longe de erradicar essa face explícita da exclusão absoluta. Durante todo o governo Lula, o analfabetismo cedeu muito pouco, reduzindo-se de 11,6% para 9,7% na população com mais de 15 anos.
Também a instrução elementar mostra deficiências gritantes e o ensino médio tateia em busca de melhores resultados, dentre os quais o principal ainda é evitar a evasão. Ainda assim, é com essa base precária que o ensino superior no Brasil precisa se qualificar, para não perder o famoso bonde da história.
A questão foi discutida no 1º Ciclo de Debates “A universidade pública brasileira no decorrer do próximo decênio”, realizado na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Uma das tendências mais lembradas no encontro foi a crescente interdisciplinaridade, ainda reduzida no Brasil.
O reitor da Universidade Federal da Bahia, Naomar Monteiro de Almeida Filho, discutiu a experiência da Universidade de Bolonha, na Itália, na qual os graduandos têm uma formação genérica nos três primeiros anos e escolhem uma carreira específica, fazendo um curso de mais dois anos.
Segundo Julio Cezar Durigan, vice-reitor da Unesp e coordenador do ciclo de debates, “na primeira fase, o estudante já obtém o diploma de graduação, e, após os dois anos de especialização, sai com o título de mestrado”. No entanto, segundo ele, há vários obstáculos para que esse modelo seja adotado no Brasil, como, por exemplo, a falta de reconhecimento desse tipo de pós-graduação.
Os problemas também são de ordem prática. Se um estudante de Engenharia, por exemplo, quiser cursar disciplinas em Ciências Sociais, ele terá dificuldades. Por isso, precisamos facilitar o acesso dos alunos a outras áreas.
O intercâmbio com instituições de outros países foi outro ponto abordado no evento e tido como fundamental para o desenvolvimento da pesquisa brasileira e para o aumento de sua visibilidade no mundo. Um importante obstáculo nesse caso é o idioma.
“Enviamos muitos alunos para intercâmbios em Portugal e na Espanha, por exemplo, mas isso não ocorre com a mesma intensidade com a Alemanha, China e Coreia do Sul”, disse Durigan.
Via Direta
*** Cortando o estradão, o governador Confúcio Moura lança hoje em Cacoal, a Meca do PMDB, seu mais ambicioso projeto de governo ***As principais lideranças regionais se farão presentes ao acontecimento *** Como as obras das hidrelétricas não foram embargadas, os barrageiros já se dizem prontos para o retorno na segunda-feira.