Quarta-feira, 18 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Carlos Sperança

Epopéia Rondoniense


  Epopéia Rondoniense  - Gente de Opinião
A reconquista do território da Ponta Abunã, no final da década de 80, serviu de tema de um livro, para o advogado e historiador Tadeu Fernandes, na época, secretário de Estado, que participou diretamente da refrega com os acreanos. Em “O Braço Ocidental de Rondônia”, Fernandes relata uma das epopéias mais importantes da vida rondoniense.

A pendenga Rondônia/Acre começou quando a então governadora Yolanda Fleming resolveu tomar posse da região. Na verdade todas as localidades da região Nova Califórnia e Extrema já eram assistidas de saúde a telefonia pelo vizinho estado sob as vistas grossas de sucessivos governos rondonienses, que nunca se importaram com a região - e muito pelo contrário, tinham abandonado o pontal.

Era o final do governo Ângelo Angelim, nome indicado pela Aliança Democrática, uma coligação formada pelo então PMDB e PFL, aprovado pela Assembléia Legislativa e nomeado pelo Congresso Nacional, de forma indireta, quando estourou o conflito.

Foi em 1989, durante o governo Jerônimo Santana, que o estado de Rondônia resolveu recuperar a Ponta do Abunã. Depois de várias reuniões, contatos em Brasília em busca de apoio, o próprio governador Jerônimo Santana, o Bengala, decidiu comandar a batalha. A frente das tropas da Policia Militar estava o coronel Valnir Ferro e, assim o comboio rondoniense desembarcou em Extrema para botar os acreanos para correr.

Epopéia Rondoniense  - Gente de OpiniãoPara demarcar território, Jerônimo Santana colocou placas e out doors na região com o mapa completo do estado dizendo “Aqui é Rondônia”. Mas a pendenga se arrastaria pelos tribunais por mais dois longos anos até a posse da região ser oficializada.

Na Guerra do Abunã não houve combates entre os militares dos dois estados. Mas se não fosse, a determinação do então governador Jerônimo Santana, do coronel Valnir Ferro, que comandou a operação da retomada e de nomes como Orestes Muniz, Tadeu Fernandes, comandante da PM João Maria Sobral, Chagas Neto, Moisés Bennesby, Walter Bártolo e Paulo Henrique de Almeida que lideraram na época o movimento “Aqui é Rondônia”, a região estaria até sob tutela acreana.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 18 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

As dobradinhas políticas começam a se formar para as eleições de 2026

As dobradinhas políticas começam a se formar para as eleições de 2026

Bio na frente O debate democrático implica ouvir, respeitar e conhecer os argumentos de quem pensa diferente. O hábito deselegante de ofender quem

Congestionamento de candidaturas ao Senado

Congestionamento de candidaturas ao Senado

Dinheiro dinamarquêsO anúncio do Bndes de que a Dinamarca doou ao Fundo Amazônia cerca de R$ 127 milhões importa mais pelo delicado contexto mundia

Na região de Vilhena e Cone Sul teremos brigas entre clãs políticos

Na região de Vilhena e Cone Sul teremos brigas entre clãs políticos

Usar o que é bomAs primeiras informações de ataques rebeldes sírios se aproximando de Damasco sinalizavam para meses de combates sangrentos, mas se

O Brasil e seus estados estão perdendo a guerra nos embates com as facções criminosas

O Brasil e seus estados estão perdendo a guerra nos embates com as facções criminosas

Estanho não é urânioA fábrica de notícias falsas continua enganando milhões de incautos, que confiam mais nos memes e pegadinhas de internet que na

Gente de Opinião Quarta-feira, 18 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)