Sábado, 31 de março de 2012 - 07h50
A implosão
O Diário veicula nesta edição matéria sobre as eleições enfatizando a implosão do “Frentão”. Era uma coalizão que pretendia se transformar numa poderosa força política e que já mirava as eleições de 2014. Os partidos unidos fariam alianças em todo o estado.
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A salada entre o PR de Miguel de Souza, o PSDB de Expedito Junior, o PV de Lindomar Garçon e o PSD de Moreira Mendes, com ninguém aceitando ceder a cabeça de chapa já indicava desde o seu inicio para uma implosão. Por isso, o agrupamento ruiu como um castelo de areia |
Os reflexos
Os reflexos da implosão do “Frentão” serão dimensionados mais a frente. Uma coisa é certa: a coalizão era forte e tinha todas as condições de encaminhar um nome ao segundo turno e até de ganhar na capital. Separados, estes partidos serão presas fáceis para Mauro Nazif (PSB) e para a aliança PT/PMDB/PDT que vai se desenhando.
Coelho na mira
Os marqueteiros já trabalham para ver o que cola no pré-candidato Mauro Nazif (PSB), que abre a jornada sucessória, como o coelho, ditando o tom da corrida. Trabalha-se inicialmente com duas pedradas: 1– Que já foi bananeira que deu cacho 2– Um cavalo paraguaio. Cabem os antivirus.
O crescimento
Em recentes conversas com o governador Confúcio Moura e o prefeito Roberto Sobrinho eles externaram todo otimismo com relação economia da capital e de Rondônia. Seria muito bom que fosse verdade e que os nossos recordes nacionais de crescimento sejam mantidos.
Bolhas estourando
Mas o cenário de 2010 e 2011, já não é mais o mesmo. O estado brilha com sua agroindústria, com as exportações de carnes, etc. Mas Porto Velho já mostra indicativos de recuo na sua economia. Nas minhas andanças pela capital, constatei pessoalmente que já tem duas bolhas estourando: a de imóveis e a de hotelaria.
O refluxo
Por outro lado também temos um refluxo migratório. Cerca de 50 mil eleitores deixarão de votar nas eleições de outubro em Porto Velho, conforme recadastramento recente. Muitos destes eleitores já estão em Altamira e Vitória do Xingu, no Pará, atraídos pela Usina de Belo Monte.
Na Câmara
Com interesses díspares, os vereadores José Wildes (PT) que vai a reeleição, mais Cláudio Carvalho (PT) e Mário Sérgio (PMN) possíveis postulantes a prefeitura da capital reassumiram seus cargos na Câmara de Vereadores deixando as suas respectivas secretarias no Palácio Tancredo Neves.
Rondônia Web
Com a mesma seriedade do jornal eletrônico www.gentedeopiniao.com.br, onde esta coluna é publicada diariamente, o site Rondonia Web, de Porto Velho, começa a entrar em evidência com um noticiário online de qualidade. Parabéns a toda equipe de jornalismo e vida longa, já que o mercado é muito competitivo.
Do Cotidiano
Epopéia rondoniense
A reconquista do território da Ponta Abunã, no final da década de 80, serviu de tema de um livro, para o advogado e historiador Tadeu Fernandes, na época, secretário de Estado, que participou diretamente da refrega com os acreanos. Em “O Braço Ocidental de Rondônia”, Fernandes relata uma das epopéias mais importantes da vida rondoniense.
A pendenga Rondônia/Acre começou quando a então governadora Yolanda Fleming resolveu tomar posse da região. Na verdade todas as localidades da região Nova Califórnia e Extrema já eram assistidas de saúde a telefonia pelo vizinho estado sob as vistas grossas de sucessivos governos rondonienses, que nunca se importaram com a região - e muito pelo contrário, tinham abandonado o pontal.
Era o final do governo Ângelo Angelim, nome indicado pela Aliança Democrática, uma coligação formada pelo então PMDB e PFL, aprovado pela Assembléia Legislativa e nomeado pelo Congresso Nacional, de forma indireta, quando estourou o conflito.
Foi em 1989, durante o governo Jerônimo Santana, que o estado de Rondônia resolveu recuperar a Ponta do Abunã. Depois de várias reuniões, contatos em Brasília em busca de apoio, o próprio governador Jerônimo Santana, o Bengala, decidiu comandar a batalha. A frente das tropas da Policia Militar estava o coronel Valnir Ferro e, assim o comboio rondoniense desembarcou em Extrema para botar os acreanos para correr.
Para demarcar território, Jerônimo Santana colocou placas e out doors na região com o mapa completo do estado dizendo “Aqui é Rondônia”. Mas a pendenga se arrastaria pelos tribunais por mais dois longos anos até a posse da região ser oficializada.
Na Guerra do Abunã não houve combates entre os militares dos dois estados. Mas se não fosse, a determinação do então governador Jerônimo Santana, do coronel Valnir Ferro, que comandou a operação da retomada e de nomes como Orestes Muniz, Tadeu Fernandes, comandante da PM João Maria Sobral, Chagas Neto, Moisés Bennesby, Walter Bártolo e Paulo Henrique de Almeida que lideraram na época o movimento “Aqui é Rondônia”, a região estaria até hoje sob tutela acreana.
Via Direta
*** Em Candeias do Jamari, o prefeito Dinho pleiteia a reeleição com apoio do cacique local Lindomar Garçon *** O ex-governador João Cahula, presidente regional do PPS está alinhavando alianças nos municípios *** Em Ariquemes o prefeito Márcio Raposo (DEM) continua indeciso se vai para a reeleição.
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