Sexta-feira, 5 de agosto de 2011 - 05h34
Tapas e beijos
Existe um visível esforço entre a ex-senadora Fátima Cleide e o prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho em refrear a autofagia entre os petistas visando com isso um consenso para as eleições do ano que vem, como recomendou recentemente a presidente Dilma Roussef em visita á capital rondoniense. Mas haja paciência.
Entre os militantes
Se de um lado os caciques petistas já se mostram interessados em buscar diálogo, entre os militantes das suas alas, nos bastidores, come o pau. Os “sobrinhistas” já vetaram o nome de Fátima Cleide e não arredam o pé. Já, os “fatistas” não aceitam a imposição do vereador Cláudio Carvalho, tida como “chama-derrota”.
Briga a dentadas
Como onças esturrando no Vale do Guaporé, os peemedebistas de Guajará Mirim brigam a dentadas por cargos regionais. A situação de canabalismo é tão grande, que a cada nomeação feita pelo governador Confúcio Moura, tem meia dúzia de dossiês detonando o nomeado. Já, em Nova Mamoré, mesmo estranha no ninho, à deputada Ana da Oito vai tomando espaço dos peemedebistas.
As possibilidades
Nos bastidores o que se comenta é que o ex-deputado federal Miguel de Souza, presidente regional do PR, estaria reavaliando seu propósito em disputar o Palácio Tancredo Neves, sede da prefeitura de Porto Velho. O “X” da questão é que o seu partido ficou estigmatizado como a legenda dos corruptos pelo Brasil afora e isto poderia prejudicá-lo na corrida sucessória.
Bem prestigiada
A inauguração da nova sede do PSDB foi bem prestigiada e os dirigentes Lindomar Sandubas Carreiro e Expedito Júnior estavam rindo de orelha a orelha. Desde o governador Confúcio, ao presidente da ALE Valter Araújo, o ato marcou a volta do ex-prefeito José Guedes ao ninho tucano. Até o presidente da Associação dos Cornos se fez presente.
Pré-candidatura
O ex-senador Expedito Júnior, presidente regional do PSDB, não confirma nem descarta sua candidatura a prefeito de Porto Velho no ano que vem. Mesmo estimulado pelos militantes tucanos, ele não transferiu ainda seu domicilio eleitoral de Rolim de Moura para a capital. O prazo aos poucos vai se esgotando
Nas fronteiras
Enquanto os estados do Mato Grosso e do Paraná reforçam as paliçadas em suas fronteiras para dar combate sem trégua ao tráfico de drogas, de armas, contrabando e imigração ilegal, os mais de 1000 quilômetros de divisas de Rondônia com a Bolívia estão quase desguarnecidas.
Do Folclore
Do presidente Fernando Collor, e o tiro no pé para sua cassação em agosto de 1992: “Temos de dar um sinal a esse povo que somos maioria. Peçam as suas famílias que no próximo domingo saiam de casa com alguma peça de roupa com as cores da nossa bandeira”. No domingo solicitado, os estudantes cara-pintadas e milhares de brasileiros foram às ruas vestidos de preto e pedindo a cabeça do arrogante.
Do Cotidiano
A nossa Amazônia
A Amazônia é uma estrutura viva ou apenas uma fonte de lucros? É uma laranjeira da qual se podem colher várias laranjas que no futuro se renovarão através de seus frutos e sementes ou uma finita mina, na qual depois de extraído o último grama precioso, restará apenas um enorme deserto?
O nosso futuro depende de respostas sérias (e sinceras) a essas perguntas.
Se a opção for tirar da floresta tudo o que ela pode dar, de forma agressiva, predatória e até criminosa, o futuro não será nada generoso com as novas gerações. É preciso, portanto, fazer a opção pela vida, pela renovação, pela sustentabilidade.
A pesquisadora Rita Mesquita do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e coordenadora da Conferencia Internacional da Amazônia em Perspectiva, realizada há alguns anos em Manaus, pensa que é fundamental nesse caso articular a pesquisa realizada em três grandes programas que estudam o bioma.
É importante que os cientistas – ao menos eles, para dar exemplo – tenham percebido a necessidade de criar um espaço público o qual os estudos de diversos enfoques disciplinares possam se integrar.
Conforme a pesquisadora “não é possível entender os ciclos, processos e fenômenos biológicos sem entender a biodiversidade que por sua vez, tem um papel crítico na formação de nuvens, na reciclagem de nutrientes, na decomposição e assim e assim por diante. Essa visão de múltiplos enfoques é necessária porque a Amazônia é um grande sistema integrado”.
Tomara que essa visão holística (ainda esta em moda a visão quântica) prevaleça e as atividades de pesquisa de universidades, instituições governamentais e seções de investigação de empresas possam confluir para um rumo único, igualmente orgânico e vivo a partir de parcerias mutuamente vantajosas envolvendo todos os países amazônicos”.
Mas tão importante quanto à integração dos cientistas é que os resultados de seus trabalhos sirvam de âncora para as ações dos formuladores de políticas públicas – governantes técnicos e parlamentares no futuro.
Via Direta
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