Domingo, 1 de março de 2015 - 06h22
Novos partidos
Com a aprovação, na última quarta-feira, de regras eleitorais mais rígidas para a criação e fusão de novos partidos no País, temos a primeira medida efetiva para combater a farra de siglas partidárias que infesta a Nação, rapinando os recursos dos fundos partidários.
Foi com apoio de algumas siglas da oposição, que o PMDB desarmou a criação do PL, uma legenda inspirada pelo Palácio do Planalto, que nasceria com o propósito de se tornar uma força governista, atraindo parlamentares da oposição e, principalmente do PMDB. Mas se a medida afeta os planos governistas, também atinge o nascimento de siglas sérias, como é o caso da Rede de Mobilidade da ex-senadora Marina Silva.
O fato é que para colocar em evidencia a criação ou fusão de novas agremiações – temos uma farra, já com 32 partidos – as iniciativas vão necessitar de assinaturas de apoio de eleitores que não podem ter filiação em outras legendas. Esta regra mata o embrião do PL que montava sua lista de apoio com filiados do PSD, presidida por Gilberto Kassab.
Samba do crioulo
Com tantos protestos de ruas, com queima de pneus, bloqueio de ponte e ameaça de paralisação dos policiais civis – marcada para o dia 18 de março – e dos trabalhadores da educação, que alegam acordos descumpridos pelo governo de Rondônia, Porto Velho viveu os últimos dias um samba de crioulo doido depois do carnaval. Salve-se quem puder. O que estava ruim poderá piorar ainda mais.
Esqueceram de nós
A capital rondoniense já padece com mais uma enchente e os recursos prometidos para dar assistência aos desabrigados da cidade e seus distritos relativos da primeira cheia ainda sequer foram liberados. Nenhuma surpresa, pois o modus operandi dos petistas, desde os tempos de Lula é o mesmo: se prometia de tudo e não se cumpria quase nada. Da transposição a ponte binacional em Guajara, só restou brisa.
O afastamento
Diante da mobilização nacional para organizar um movimento pró-impeachment da presidente Dilma e da crucificação do atual governo por causa da crise econômica, o PMDB dá os primeiros passos para se afastar dos petistas - que diga-se de passagem, já se tornaram bodes de bicheira. Só que se estabelecer comparações entre peemedebistas e petistas não dá. É o sujo falando do mal lavado.
O efeito cascata
Ao meio de mobilização de entidades contra as novas benesses implantadas na Câmara dos Deputados pelo presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como os benefícios de passagens para cônjuges e o significativo aumento de vantagens para os parlamentares já refletem num efeito cascata nas assembléias legislativas e câmaras municipais. A classe política, como se vê, só pensa no próprio umbigo.
Espada na garganta
Os deputados estaduais da base aliada governista, inconformados com a partilha de secretarias e de cargos de confiança, planejam espetar uma “espada na garganta” do atual inquilino do Palácio Presidente Vargas. Alegam que foram desprestigiados, muitos acordos foram descumpridos e, além disto, a distribuição dos recursos das emendas parlamentes tem sido limitados.
Via Direta
*** Com as esferas municipais e estaduais economizando os recursos, cada vez mais minguados, a mídia rondoniense padece a pão e água *** Recentemente o jornal Estadão do Norte fechou suas portas, no ano que completaria seu 35º aniversário e semanários, “devezemquandários” e revistas trilharam o mesmo caminho ano passado*** O fantasma do desemprego assombra a classe jornalística.
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