Segunda-feira, 26 de novembro de 2012 - 06h36
Com certeza, o que acabou se tornando uma briga de rua, envolvendo o presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia Hermínio Coelho e o governador Confúcio Moura não é uma causa do povo de Rondônia. É uma briga deles, de interesse político deles – afinal, um quer cassar o outro – e o mar de lama advindo deste confronto só vai prejudicar o estado. Afinal, quem pode confiar num governador e num presidente da Assembléia Legislativa que estão se enlameando? Que governo federal pode acreditar no destino dos recursos enviados para cá, se nossa classe política gera escândalo atrás de escândalos? É por isto que os nossos vizinhos levam vantagem. As pelejas deles ficam reservadas apenas para a época da eleição, fora disto todo mundo se une pelas bandeiras comuns. É o caso do Acre: Rio Branco tem rodoviária internacional, o Acre quatro pontes novas, inclusive internacionais. O estádio Arena da Floresta é coisa de primeira.
Voltando a Rondônia: Falta bom senso aos dois lados. Que ambos resolvam suas pendengas na justiça. Deixem que o Barbosão – aquele do Supremo – decidir as diferenças. Lá, as coisas começam a ser decididas com seriedade.
Tanto o governo do estado como a Assembléia Legislativa saíram fragilizados com o rumoroso caso da Operação Termópilas. As punições foram ridículas e o rondoniense ainda esta com um pé atrás com tudo o que aconteceu - e esperando ainda que ocorra justiça contra as ratazanas que saquearam o erário. Mas no lugar da ansiada justiça, o que se vê é mais e mais brigarada política. Até quando?
Lembrando que cada vez que um confronto deste porte, envolvendo os dois poderes chega a este ponto, atraindo para cá as atenções da grande imprensa, logo em seguida pinta um temporal daqueles. Os jornalistas de fora vêm fuçar os casos escrabosos, a Polícia Federal aguça seus ouvidos, e ao final todos os envolvidos acabam na vala comum.
Um dos efeitos colaterais desta briga é que o funcionalismo público já esta apavorado. O fantasma do atraso dos salários assombra cada vez mais e com as duas autoridades máximas se pegando, a desconfiança só tende aumenta. Com os dois poderes em rota de colisão a ameaça – cada vez mais presente – da volta dos atrasos de pagamento aumenta bastante.
Por tudo isto, faço um apelo ao bom senso do Sr. Governador e do Sr. Presidente da Assembléia Legislativa. Que a justiça decida sobre os culpados. Será que nem no período natalino teremos paz? E é preciso brigar até sábado a tarde e domingo pela manhã? Arre! Virou briga de rua...
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