Quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014 - 15h47
Ao meio de conspirações de alguns ilustres peemedebistas como o deputado federal Amir Lando – e, diga-se de passagem, de uma porção considerável do partido governista capitaneada pelo dirigente Tomás Correia – para que o governador Confúcio Moura rompa sua aliança com o PDT, espalhou-se pelo mundo afora a desistência da candidatura a reeleição do atual inquilino do Palácio Presidente Vargas (Vídeo AQUI). Na oposição e até entre aliados a coisa foi comemorada e vários candidatos-substitutos emergiram da noite para o dia. Entre os governistas assistimos protestos e até acusações contra jornais eletrônicos que estariam dispostos a pressionarem a atual gestão para receber os mensalinhos pagos pelas agências – em atraso.
Mas nem pão, tampouco queijo. Não é de hoje que parte do PMDB quer – por motivos óbvios – como candidato o milionário Mário Português convertido a legenda da situação no ano passado, certamente para ser depenado mais uma vez pela classe política. Na desistência de El Pato Português, serviria até mesmo o picolé com chuchu Lucio Mosquini, sem carisma e sem nunca ter enfrentado as urnas, portanto um cabaço.
Também é inquestionável que o presidente regional do PMDB Tomás Correia e o deputado federal Amir Lando não aceitam a aliança com o PDT do Senador Acir Gurgacz e do vice-governador Airton Gurgacz porque consideram que isto será um desastre para as duas correntes. Além disto, sem aliança, ambos poderiam pleitear a indicação para a disputa do Senado ou de vice-governador, o que é um direito deles. Tomás age com mais discrição, mas Amir Lando já lidera um motim no partido conra a coalizão, no melhor estilo fogo amigo.
Portanto o que foi publicado pelos sites tem fonte de informação, não foi coisa inventada. Foi coisa plantada pela aliança rachada, ou seja, o fogo amigo, cujas labaredas ardem no Palácio Presidente Vargas por interesses contrariados – nomeações de amigos e compadres de alas não aquinhoadas no jogo do poder – desde o primeiro dia da posse da gestão Cooperação.
A bem da verdade, com ou sem boatos, Confúcio deverá confirmar sua candidatura mais adiante e esta mais do que certo em catimbar o jogo. Tanto a confirmação agora ou sua renuncia de pleitear a reeleição só daria confusão – mais do que os boatos – prejudicando seu último ano de governo.
Com fartos recursos do PIDISE na mão – no bojo deste programa tem até uma bolsa família rural atingindo milhares de colonos -, com um batalhão de jornalistas contratados para reforçar as ações do seu governo e se recuperando politicamente em boa parte do interior de um inicio desastroso – menos na capital onde uma derrota já é considerada quase irreversível – o governador esta otimista e já esta em campanha pela reeleição. Ou não repararam que ele fica a maior parte do tempo na roça – agora até com carreatas como faziam candidatos a reeleição Raupp, Ivo e até Cauhla e qualquer outro candidato a reeleição que se preze?
Enfim, se o governo fica contrariado com os boatos e as plantações que deixe de ser frouxo e enquadre os revoltosos do seu próprio partido. Senão, logo em seguida virão novos boatos e assim por diante, até as convenções de 30 de junho. E não nada adiantará culpar a imprensa se a central de boatos é fomentada no próprio partido...
Fonte: Carlos Sperança
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