Terça-feira, 31 de maio de 2011 - 07h08
Conflitos e mortes
A possível criação de uma Área sob Limitação Administrativa Provisória, como forma de reduzir pos conflitos e agilizar a regularização das terras na tríplice fronteira do Acre, Rondônia e Amazonas, que começou a ser discutida ontem em Brasília, pode evoluir até para a criação de um novo território, na Ponta do Abunã pegando um tiquinho de cada estado.
Região abandonada
A grande verdade é que a região conflitada esta abandonada há muito tempo pelos governos acreano, rondoniense e amazonense. É uma terra de ninguém e por isso já foi alvo de pendengas entre os estados na década de 80. E recentemente uma extensa área foi invadida na divisa de Vista Alegre (RO), já no Amazonas.
Criminoso preso
Enquanto que as atenções do Ministério da Justiça, Meio Ambiente se voltam para os conflitos de terras na Ponta do Abunã e cercanias acreanas amazonenses, Ozeas Vicente – que seria um pistoleiro a soldo de fazendeiros e madeireiras -, acusado pelo assassinato do camponês Adelino Ramos se entregou em Extrema, acompanhado advogado.
Mais transparência
Desde sexta-feira entrou em vigor a Lei de Transparência Nacional, obrigando os municípios brasileiros de 50 a 100 mil habitantes a divulgar em tempo real seus gastos e receitas em tempo real pela internet. Na região Norte nem a metade dos municípios atingidos – muitos de Rondônia – estão cumprindo a nova lei.
Marcando posições
O deputado estadual Valter Araújo (PTB-RO), presidente da Assembléia Legislativa, que tem marcado posições em temas relevantes como hidrelétricas, a segurança pública, saneamento básico, código florestal e pedofilia, também trata de se assessorar com técnicos de primeira qualidade. È o caso do ex-secretário de Planejamento João Carlos, assumindo a secretaria geral da casa de leis.
Reforma política
O Senado volta a se reunir nesta quarta feira para analisar várias propostas da reforma política. Entre eles, um dos projetos dispensa a filiação partidária para os candidatos nas eleições municipais do ano que vem, acomodando uma série de situações nos estados, onde políticos desejam pular de galho, mas temem os rigores da lei eleitoral.
Só no umbigo
Como a classe política brasileira só pensa no próprio umbigo, continua extremamente difícil os avanços no projeto da reforma política no Congresso Nacional. O grande problema identificado pelos analistas é que tudo que possa prejudicar a reeleição dos parlamentares é rejeitado e colocado de lado. E por aí afora...
Produtores de Leite
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO), assumiu no Congresso a bandeira dos produtores de leite em Rondônia – são quase 100 mil – que são penalizados com o baixo preço pago pelos laticínios sem que o preço baixe nas gôndolas dos supermercados no estado. Em visita a Vilhena, no final de semana, o senador que é presidente da Comissão da Agricultura, voltou a focalizar o problema.
Do Cotidiano
Modelo de gestão
Para surpresa e algum discreto constrangimento de autoridades republicanas, a presidenta Dilma Rousseff não deixou por menos na solenidade em que entronizou a Câmara de Políticas de Gestão, encarregada de aprimorar a administração pública.
Ela disse, literalmente, que a Câmara é um “momento de definição” de seu governo em busca de um modelo de gestão que o Brasil ainda não tem.
Não só deixou claro que a gestão precisa melhorar como convocou para formar a Câmara um time de especialistas em gestão do qual fazem parte poderosos empresários como Jorge Gerdau Johannpeter, coordenador; Abílio Diniz (Grupo Pão de Açúcar); Antonio Maciel Neto (Suzano Papel e Celulose) e Henri Philippe Reichstul.
Organizar o Estado em um País vasto como o Brasil, de fato, não é tarefa das mais simples. Mas ao cabo de cinco séculos de reis, imperadores, presidentes e ditadores já deveria ter sido encontrado um modelo funcional de gestão que Dilma reconhece ainda não existir.
Desde que o príncipe d. João, em 1808, trouxe ao Brasil sábios europeus para iniciar em grande estilo a formação das ciências no País, as mais diversas iniciativas acontecem, mas ainda há uma desconexão até mesmo entre as melhores delas, o que é bem representativo de uma espécie de caos que desorganiza até as boas intenções.
Em mais de 200 anos de avanços científicos, nem assim o Brasil resolveu o problema das atividades que lidam com um mesmo tema e funcionam em departamentos estanques, fechando-se em si mesmas como ostras isoladas, sem que suas pérolas se reúnam em um mesmo “colar” organizado para configurar o conjunto da ciência nacional.
As coleções biológicas existentes nas universidades em geral sequer estão incluídas no orçamento permanente das instituições. Isso representa uma ameaça aos acervos, cuja importância para o avanço do conhecimento sobre a biodiversidade sequer precisaria ser defendido aqui se houvesse empenho nesse rumo.
As coleções desconectadas, desprovidas de recursos, contam apenas com a garra e a boa vontade pessoal de pesquisadores de grande amor à causa. Estavam quietas em seus cantos, como o famoso lixo atirado para baixo do tapete, até que alguém resolveu agir.
Via Direta
*** Os tucanos rondonienses também sacramentaram a reeleição de Sérgio Guerra ao comando nacional do PSDB *** O Parque Ecológico ainda carece de mais atrações para atrair o público em Porto Velho *** A migração interna em Rondônia esta despovoando municípios do cone sul e zona da mata.