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Carlos Sperança

José Augusto apresenta vice e segue campanha


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Candidato a prefeito da Capital, o médico José Augusto (PMDB) esteve ontem
visitando a redação do Diário para apresentar o candidato a vice-prefeito em
sua chapa. Trata-se do empresário Marco Antônio da Fatec, também filiado ao
PMDB. Com a definição do vice, o médico diz que a partir de hoje intensifica o
trabalho de visita e reuniões políticas.
Natural de Minas Gerais, José Augusto de Oliveira, de 64 anos, nasceu na cidade
de Tarumirim (MG). É casado, tem seis filhos e chegou no estado de Rondônia em
1974. Foi diretor do extinto INPS e diretor do Hospital de Base de Porto Velho.
Esteve filiado ao antigo PDS e depois ingressou no MDB.

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Diário: O que motivou sua vinda a Rondônia?
José Augusto: Me formei em médico em 1972 no Estado de Minas Gerais. Trabalhei
em Belo Horizonte por mais de dois anos. Na época, o slogan “Integrar para não
entregar a Amazônia” mexeu muito comigo e decidi vir para Rondônia. O pessoal do
hospital Prontocor de Belo Horizonte, onde eu trabalhava, achou uma loucura.
Comecei a trabalhar em Ji-Paraná.

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Diário: A carreira política começou em Porto Velho?
José Augusto: O ex-governador Jorge Teixeira me chamou para sair candidato pelo
PDS ao cargo de deputado estadual, mas não consegui ser eleito. Na eleição
seguinte, o ex-presidente João Figueiredo prometeu fazer três senadores em
Rondônia e ele fez. Fui o segundo suplente de senador de Claudionor Roriz. Me
desfilei do PDS e, a convite do ex-presidente Tancredo Neves, me filiei ao MDB.

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Diário: Como foi a disputa pelo primeiro cargo?
José Augusto: Eu optei na época em ser candidato a deputado estadual em 1986.
Depois fui candidato a vereador e deputado federal em 2002. Fiz boa votação, mas
não ganhei. Cheguei a conclusão de que fazer uma campanha às pressas não se tem
bom resultado nas urnas.

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Diário: Fale do momento de disputar a eleição em um quadro nublado no PMDB?
José Augusto: Surgiu a partir de convites de amigos e do senador Valdir Raupp.
Quando senti que ele estava disposto a ajudar em nossa caminhada, topei na hora.
A deputada federal Marinha Raupp e o governador do PMDB, Confúcio Moura,
manifestaram apoio. Vi uma militância unida trabalhando em benefício da
candidatura própria.

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Diário: A convenção do PMDB exigiu candidatura própria. Teve alguma ruptura?
José Augusto: Foi resolvido. Não tem motivo do partido lançar um candidato e
não receber apoio dos demais colegas partidários.

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Diário: O PMDB mudou o vice-prefeito duas vezes em uma semana. Como surgiu o
atual vice?
José Augusto: Conversamos com vários partidos. Questionei o motivo de fazer a
convenção no último dia do prazo estabelecido pelo TSE. Questionei qual o jogo
de estratégica? Eles (militantes) não tinham uma resposta convincente. Não tinha
outra alternativa e tivemos que buscar um nome entre os nossos filiados. Foi
quando apontaram o nome de David Chiquilito, que decidiu não mais entrar na
disputa. A ex-governadora Janilene Vasconcelos também foi sondada para ser nossa
vice, mas decidiu não entrar pelo fato dela estar fazendo um curso. A terceira
alternativa foi o nome do Dr. Marco Antônio, quando assumiu o compromisso de
defender o interesse da população. Por outro lado, ele é ficha limpa.

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Diário: Se eleito, quais as principais propostas para a capital?
José Augusto: Tenho lido muito sobre a lei orgânica do município. Meu programa
de governo está pronto. Contempla medidas nas áreas da saúde, transporte
coletivo, vias públicas, coisas inovadoras. Quero muito dar incentivo ao
cooperativismo. Através de ações na área do cooperativismo, podemos oferecer
muitas frentes de trabalho e gerar empregos, além de minimizar os problemas na
periferia. As pessoas precisam ter um incentivo do governo.

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Diário: É o pós-usina?
José Augusto: Não estou preocupado com o pós-usina. As pessoas tem que estar
qualificadas para o futuro. Antes da usina iniciar as obras em Porto Velho eu já
havia alertado para os problemas sociais e falta de mão de obra qualificada.
Sempre participei de reuniões de grupos do G14, que fazia reunião com os
moradores e manifestei minha preocupação.

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Diário: Na área da infraestrutura, quais as principais preocupações?
José Augusto: Se ampliar a rede de esgoto, melhora a saúde. Uma coisa ajuda a
outra. 80% das doenças estão relacionadas pelo consumo de água de má qualidade.
70% a 80% dos poços de água estão contaminados com coliformes fecais. Vamos
melhorar através do conhecimento. Quero fazer palestras nos bairros e escolas e
trabalhar no sentido de prevenir as doenças. Pretendo ainda acompanhar de perto
os programas sociais da prefeitura, principalmente o PSF – Programa Saúde da
Família.

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Diário: E a questão do trânsito?
José Augusto: Temos que pensar também no pedestre. Tem lugares que não existem
calçadas e as pessoas têm que andar na rua. Criar mais pistas e ampliar as vias
são outras medidas que pretendemos tomar. Tem que criar alternativas de vias
para a cidade e desafogar. Melhorar também o sistema de transporte. Os ônibus
estão sucateados. Nos finais de semana é preocupante. O número de ônibus reduz
e o trânsito fica um caos. Se colocar mais ônibus e oferecer serviço de
qualidade, o trânsito de veículos melhora e reduz os congestionamentos.

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Diário: O que estará oferecendo a população de Porto Velho caso seja eleito?
José Augusto: Muito empenho e trabalho. Tenho lido bastante sobre Porto Velho,
regularização fundiária, alguns programas que estão sendo executados pela atual
administração.

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Diário: O PMDB faz parte da atual administração municipal. Vocês romperam aliança?
José Augusto: Não rompemos aliança. No segundo turno poderemos caminhar unidos.

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Diário: Qual avaliação que o senhor faz da administração do governador Confúcio
Moura?
José Augusto: O governador Confúcio Moura é uma pessoa séria. Tem feito um bom
trabalho, apesar de ser lento. Ele (governador) poderia mudar a dinâmica de
trabalho. Ele vai construir agora 4 mil casas para famílias de baixa renda. Vai
inaugurar hoje o hospital de câncer de Barreto. Já inaugurou uma ala do hospital
Cosme e Damião e vai entregar mais duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O
governo poderia ser mais rápido.

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Diário: Sua opinião sobre o prefeito?
José Augusto: Ajudei o Roberto Sobrinho a se eleger prefeito da Capital. Não me
arrependi e estou com minha consciência tranquila. Ao longo de sua gestão, Porto
Velho recebeu mais recursos. Ele (Roberto) talvez tenha pecado na elaboração de
projetos, mas são detalhes que precisam estar bem ajustados para não acontecer
paralisação de obras. Acho que ele errou nesse sentido. O dinheiro veio através
das obras do PAC, mas o serviço demorou acontecer. Obra pública mais cara é a
obra parada que não atende a finalidade social.

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Diário: Na sua visão qual é o principal problema da Capital?
José Augusto: É o saneamento básico.

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Diário: Porto Velho daqui há 10 anos?
José Augusto: É possível que a população dobre e pode alcançar os 800 mil
habitantes. É necessário começar a construir o Parque Industrial para gerar
emprego aos nossos jovens. Esse projeto precisa do apoio da bancada federal .
Tem que qualificar a mão de obra das pessoas. Ao mesmo tempo, é preciso conceder
isenções fiscais para atrair novas empresas.

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Diário: Que experiência de outras capitais o senhor pretende trazer Porto Velho?
José Augusto: O PMDB administra o município do Rio de Janeiro e tem feito um bom
tralhado. Estivemos conhecendo o polímero, uma técnica usada para pavimentação
de ruas. É um material que dura mais tempo. É uma tecnologia barata e deu certo
no Rio de Janeiro. Vamos fazer um trabalho em conjunto e mudar o visual da
cidade.

Autor: Marcelo Freire/Carlos Sperança

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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