Terça-feira, 10 de março de 2015 - 05h04
Na vala comum
Com exceção do ex-cara pintada, atual senador Lindenberg Farias (PT-RJ) nenhum dos 49 envolvidos na Lista Janot, fruto das investigações da Operação Lava Jato, admitiram sequer algum contato com a Petrobrás e suas empreiteiras contratadas. Cada envolvido nega a cirandinha com o Petrolão, as versões são as mais diferentes, mas quase a totalidade já tem antecedentes de pilhagem e vampirização dos recursos públicos.
Em Rondônia, dois expoentes da política regional foram flagrados: o ex-governador e atual senador Valdir Raupp de Mattos, vice-presidente nacional do PMDB e o ex-deputado Carlos Magno Ramos (PP).
Se depender da opinião publica, todos já estão condenados e o veredicto pode ser encontrado desde Rondônia até o Rio Grande do Sul. Os brasileiros, majoritariamente consideram os integrantes da relação Lava Jato culpados, num pré-julgamento, já que por enquanto as investigações foram apenas iniciadas. Toda lista já esta na vala comum, sejam parlamentares do baixo clero, como o rondoniense Carlos Magno até os presidentes da Câmara Eduardo Cunha e do senado Renan Calheiros.
Onda de protestos
O mês de março é de protestos a partir do dia 13 com manifestações em todo Pais contra o arrocho salarial e inflação no governo Dilma Rousseff, além do corte de benefícios da classe trabalhadora e em Rondônia com paralisações dos sindicatos locais, com greves a partir do dia 18. Ao meio dos movimentos populares, a revolta conta a ladrãozada do Lava Jato.
Em Rondônia
Nos primeiros meses do ano, Porto Velho perdeu mais empregos com carteira assinada e se viu nas ruas aumentar o numero de indigentes dormindo sob as marquises. É um indicio forte que a crise econômica chegou na capital rondoniense e ampliada pelos efeitos da cheia histórica, já que a cidade não recebeu os recursos prometidos para a recuperação da sua infra-estrutura.
Fragilizados
As paralisações nacionais e a local vão encontrar a presidenta Dilma Rousseff e o governador de Rondônia Confúcio Moura fragilizados. A presidente Dilma pelas mentiras aplicadas durante a campanha para se reeleger escondendo a situação do país, já a do governador de Rondônia, pela cassação do seu mandato e uma previsível dura luta no Supremo para se manter no poleiro.
As movimentações
Os partidos começam a se movimentar em torno da renovação dos seus diretórios municipais e estaduais. Os novos dirigentes terão a incumbência de tocar as negociações para formação das alianças para as eleições 2016. Neste contexto, o Partido Novo, começa a funcionar em Rondônia, abrindo novos horizontes a partir de conferências nas universidades discutindo linhas programáticas com a sociedade.
A normalidade
Apesar da intensa repercussão da decisão do TRE em cassar o mandato do governador Confúcio Moura, o governo estadual opera sua administração com normalidade. A agenda do governador e secretários tem sido mantida e o escândalo do Lava Jato, envolvendo o senador Valdir Raupp e o ex-deputado federal Carlos Magno dividiu as conversas de boteco no final de semana.
Via Direta
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