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Carlos Sperança

No mesmo capão


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Sabe-se no reino animal que não há espaço para dois tigres no mesmo capão. È o que ocorre no PMDB, que tem dois candidatos ao Senado – Valdir Raupp e Confúcio Moura – e por conta da desconfiança que os governistas só elegem um representante com a oposição abocanhando outra vaga, ambos já entraram em rota de colisão. Muitos raupistas já estão levando um pé do governo e tantos outros também serão até o pleito de 2018.

As conjecturas a respeito da disputa ao Senado em 2018 são tantas. Nos bastidores palacianos fala-se que o governador Confúcio Moura gostaria de fazer uma dobradinha ao Senado com o atual prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires (PSB), uma liderança emergente no estado, descartando Raupp já em baixa pelo seu envolvimento em operações desgastantes.

Com interesses díspares para 2018, com o PMDB sob controle do senador Valdir Raupp e aliados, restou a Confúcio garimpar uma outra legenda partidária para chamar de sua. Há poucos dias nosso governador esteve em São Paulo se reunindo com dirigentes de suas legendas de estatura nacional para prospectar um novo destino.


A busca de definições

Com o prazo de filiações e troca de partidos estendido até março todo mundo procura as melhores opções para a disputa. A busca de definições para as eleições municipais de outubro é feita com prudência e até agora apenas o deputado estadual Ribamar Araujo anunciou a troca de partido, deixando o PT pelo PR, em cuja legenda pretende disputar a sucessão do prefeito Mauro Nazif (PSB).

Na peleja pelas 21 cadeiras de vereadores em Porto Velho a troca troca de partidos também esta aberto. O PDT, por exemplo, deverá receber dois vereadores de outras legendas e um ex-deputado estadual oriundo dos quadros petistas. Com os reforços os pedetistas pretendem emplacar pelo menos três vereadores na temporada, contra apenas um da atual legislatura.

Em termos de alianças, o que se vê é a coalizão chapa branca se reforçando para garantir o projeto de reeleição do prefeito Mauro Nazif. Nacos petistas e peemedebistas racham seus partidos para se aliar ao atual comando municipal.


Enfim, a nova rodoviária

Inspirada nos terminais de Cuiabá (MT) e Rio Branco (AC) vem aí a nova estação rodoviária de Porto Velho, para substituir a antiga com quase 40 anos, encravada na Avenida Jorge Teixeira, ou BR 319, como quiserem. A obra, que será erguida na avenida Guaporé, Zona Leste  – diga-se de passagem a mais populosa da capital – foi objeto de um jogo de empurra entre a prefeitura e o governo do estado e ao final acabou nas mãos do governador Confúcio dotar a cidade deste empreendimento marcante.

Um dos maiores arrependimentos do ex-prefeito Roberto Sobrinho ao fazer avaliação das suas duas gestões foi não ter construído a nova rodoviária. Não foi o caso do atual prefeito Mauro Nazif que deixou a primazia para o governo do estado, perdendo a chance de realizar pelo menos uma obra marcante na sua gestão. Recursos em caixa o Paço Tancredo Neves tinha para esta finalidade já que há poucas semanas chegou a cogitar a construção do novo centro administrativo de Porto Velho na região da Embratel.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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