Quinta-feira, 30 de junho de 2011 - 06h44
Rei da latinha
Porto Velho tem um novo rei da “latinha” (os microfones de rádios e televisão), “cargo” que foi ocupado por Ivo Cassol durante quase oito anos. Nos últimos 30 dias, o prefeito da capital Roberto Sobrinho perambulou por todas as emissoras de comunicação - e foi também o político que mais mandou releases para os jornais.
A transposição
Se fosse político evitaria anunciar datas da assinatura do decreto da transposição face às dezenas de alterações já feitas até agora. Mas como desta vez a própria presidente Dilma Roussef passou a informação para a bancada federal – com Acir ela anunciou a medida num almoço com a bancada do PDT – eis que as esperanças se renovam para a próxima semana.
Convenções partidárias
O mês de julho será marcado pelas convenções partidárias. Ocorre que serão eleitos os diretórios municipais. Renovados, eles irão tratar das alianças para as eleições de 2012. Por conseguinte, é importante para os candidatos a prefeito a conquista de maioria nas comissões executivas. Sem isso, podem cair do cavalo.
Exemplos atuais
No PT, por exemplo, a ex-senadora Fátima Cleide tem maioria dos convencionais para ser sacramentada candidata a prefeitura de Porto Velho, mas se José Hermínio ou Ribamar Araújo reverterem esta situação nas convenções, ela perderá a indicação. No PMDB, dois pré-candidatos trabalham os convencionais: Zequinha Araújo e Abelardo Castro Neto.
Democratas renovam
E por falar em eleições municipais, os Democratas marcaram para dia 9, sua convenção. Segundo o atual presidente do Diretório Municipal, Wagner Luis, o partido terá candidatura própria na capital, no entanto nem ele, tampouco o presidente regional José de Abreu Bianco conseguem falar de um nome de peso como possível postulante.
Nos bastidores
Nos bastidores se sabe que Wagner Luis e Bianco tentaram convencer um expressivo empresário da capital para assumir a candidatura. No entanto, o escolhido esta se fazendo de rogado e em recente encontro do partido disse em alto e bom som que não deseja entrar na peleja. Mas com certeza, o partido já pensa num outro nome.
As movimentações
Na verdade, a partir de agora, todas outras agremiações se movimentam tendo em vista as eleições municipais. No PSDB, o ex-senador Expedito Júnior já corre o trecho reforçando as paliçadas tucanas. No PP, o senador Ivo Cassol entra em licença na semana que vem para tratar diretamente das convenções nos municípios.
Disputa na capital
Sem “Pelés” na peleja, nenhum nome até agora assusta os possíveis postulantes a prefeitura da capital sinalizando para um pleito mais equilibrado e em dois turnos. Por isso todos os partidos se atiram na disputa. O PSDB pode lançar o próprio Expedito, dependendo das pesquisas em andamento.
Do Cotidiano
O canibalismo no PT
A crise petista que envolve o prefeito Roberto Sobrinho e seu grupo num embate de canibalismo com os deputados estaduais José Hermínio e Ribamar Coelho tem suas raízes adubadas desde a gestão passada da Câmara de Vereadores e, que cresceram durante as eleições do ano passado, quando o prefeito decidiu investir seu cacife eleitoral em Epifânia Barbosa, preterindo os outros dois então candidatos.
Hermínio começou a perder espaço na administração municipal por causa das disputas como o vereador Cláudio Carvalho, um nome da confiança de Sobrinho e considerado agora um dos “prefeituráveis” do partido. Ribamar Araújo, que foi secretario da Agricultura na gestão Sobrinho – um bom secretário, diga-se de passagem – também foi preterido na eleição a Assembléia Legislativa - e esta chiando até agora.
O que vitamina também a crise petista é uma série de ressentimentos criados contra o alcaide. O falecido Eduardo Valverde nunca disse e tampouco permitiu a ninguém dizer, em nome da unidade da legenda, que tanto ele, como a ex-senadora Fátima Cleide creditam o fracasso – injustamente, diga-se de passagem - nas urnas em 2010 ao alcaide, que segundo os perdedores, não conseguiu traduzir sua popularidade em votos para os candidatos petistas. Na verdade mesmo se esforçando Sobrinho transferiu pouco do seu prestígio, até para seus aliados, como Epifânia e Cláudio Carvalho. O último nem se elegeu.
Voltando a insurreição de Hermínio e José Ribamar, o que se vê é a disputa pela sobrevivência política. Já que eles não têm respaldo do prefeito em suas carreiras, resolveram se tornar predadores do administrador. Se terão fôlego para derrubar Roberto Sobrinho são outros quinhentos. O prefeito conta ainda com grande aceitação na capital e bate em disputa direta qualquer outro político de expressão estadual por aqui. Não se sabe, no entanto, se vai emplacar seu sucessor, com o partido tão rachado.
De qualquer forma, tanto Hermínio, como Ribamar, no embate com o prefeito, também tem motivos para comemorar: na disputa pela ALE no ano passado ambos foram mais votados que Epífânia e conseguiram uma grande vitória na capital, onde foi lançada uma nominata autofágica pelo PT. Com tantos candidatos fragmentando tornando a vida dos dois agora parlamentares um inferno - e sem apoio da municipalidade - eles tiveram uma vitória quase que milagrosa.
Via Direta
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