Terça-feira, 29 de dezembro de 2015 - 05h15
Com 35 partidos
Chegamos ao absurdo de 35 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral - TSE em condições de disputar as eleições municipais de 2016. São agremiações que receberam recursos na ordem de R$ 837 milhões do fundo partidário ao longo de 2015, cerca de 137 por cento a mais do que em 2014, conforme levantamento do TSE neste final de ano.
Além da farra de recursos destinados aos partidos, se sabe que a maior parte das legendas está por aí para funcionar como barrigas de aluguel para os grandes partidos. São dirigentes que a cada eleição busca um acordo para nomeações de parentes e compadres, as chamadas boquinhas.
O arremedo de reformas no Congresso Nacional não tem resolvido o problema de excesso de partidos no País, algo conveniente aos governantes, que formam bases aliadas com todos os credos possíveis para se manter no poder. Não será diferente nas eleições de 2016, pois as alianças em formação já indicam o mesmo comportamento aliado a uma nova farra de recursos do fundo partidário. E até quando?
O ovo da serpente
Dois dias antes do Natal, percorri algumas regiões da periferia de Porto Velho, e dentro das minhas possibilidades fui fazer o que considero ser minha parte no social, entregando algumas lembranças para as crianças. Constatei que estou fazendo pouco, pois muitos piás (é assim que designam as crianças lá na minha amada Curitiba) ficaram a ver navios e eu fiquei com cara de tacho.
Nas visitas as regiões de invasões, onde os casebres penam com a falta de energia, o esgoto corre a céu aberto, o acesso a água no verão é uma dificuldade constante, verifiquei que pouca gente se preocupa com o que esta ocorrendo e a maioria esta perdendo o senso de indignação. Hoje, quem faz caminhada pelas ruas centrais de Porto Velho volta e meia passa por cima de mendigos dormindo nas calçadas como se nada estivesse acontecendo.
Voltando as crianças: muitos pequenos andando pelas ruas com as barriguinhas inchadas de verminose, sem aceso a saúde, educação e tampouco ao lazer. O que será o futuro desta gente abandonada? Estaremos chocando o ovo da serpente da criminalidade para mais adiante?
Um sistema intermodal
Com um sistema intermodal de transportes funcionando em Porto Velho, a cidade vai dar mais um grande salto de desenvolvimento a partir do final desta década. Projeta-se uma rodovia 364 funcionando adequadamente com a privatização, a reconstrução da BR 319 até Manaus, a hidrovia do Madeira operando a plena carga depois da dragagem (e a possível concessão a iniciativa privada) e a chegada dos trilhos da Ferrovia Transcontinental.
Neste contexto já se sabe que passará por Rondônia boa parte do que é transportado hoje pelos portos de Santos e Paranaguá. Milhares de caminhões e composições de vagões de trem vão trazer mercadorias para a Zona Franca e para a exportação ao resto do mundo. Será uma nova onda de progresso.
Mas tudo isto trará um custo para Rondônia. Por isto a coisa precisa ser bem planejada. Por falta de tutano de nossos governantes é que estamos pagando o pato até agora com as conseqüências do ciclo das usinas. A cidade se tornou carente de infra-estrutura e precisa se organizar diante desta nova situação projetada.
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