Sexta-feira, 12 de dezembro de 2014 - 07h04
O drama fundiário
Quando o prefeito Mauro Nazif assumiu a prefeitura de Porto Velho em 1º de janeiro de 2013, jamais poderia esperar que já no primeiro dia de gestão fosse enfrentar os sérios problemas fundiários na Zona Leste. Afinal, seu antecessor tinha trabalhado bem no quesito, regularizando mais de 20 mil propriedades, um marco inédito nos 100 anos do município.
No entanto, mesmo com um bom trabalho do ex-prefeito Roberto Sobrinho no setor, a herança fundiária se mostrou terrível e os problemas se avolumando nas regiões mais populosas das Zonas Leste e Sul da capital rondoniense, que pipocaram através de invasões.
Não se esperava, no entanto, que esta situação de insegurança fosse atingir também os bairros mais tradicionais da capital, que margeiam o Rio Madeira e de enorme valorização. Mesmo com proprietários residindo há mais de 50 anos nestes bairros – Arigolândia, Panair, Olaria, Pedrinhas, Caiari, Triângulo Areal e Baixa da União – já começaram a receber ordens de despejo pelo patrimônio da União, como denunciou o deputado Cláudio Carvalho na Assembléia Legislativa. Agora, o caos fundiário atingiu também a classe média alta. O griteiro é enorme.
Falta carinho
Os deputados estaduais se manifestaram muito sensíveis na despedida da atual legislatura na última terça-feira. Reclamaram, principalmente, que votaram o Orçamento 2015 sem a presença de representação do Poder Executivo. “Não tinha chefe da Casa Civil, subchefe, tampouco líder do governo”, vociferou o deputado Luizinho Goebel, líder do bloco da oposição.
Fogo amigo
Por falar em Assembléia Legislativa, o bloco da oposição, que reúne 6 parlamentares esta procurando um racha na base aliada para formar chapa para mesa diretora. Os oposicionistas oferecem a presidência para quem quiser renegar o governo e mais outro importante cargo na composição. É tentador, pelo menos dois – é fogo amigo - abriram tratativas para ver o que rola. A trairagem é enorme.
Nova rodoviária
Porto Velho anda mais por baixo do que barriga de cobra. Já são tantos municípios com sedes de prefeituras e rodoviárias novas, e a capital rondoniense assistindo um jogo de empurra- empurra entre o prefeito Mauro Nazif e o governo do estado. Até Cerejeiras, cidade menor do que o nosso bairro JK, licitou seu novo terminal. Terá um logradouro moderno.
As emendas
A atual legislatura vai terminando com muito chororô dos deputados pelo contingenciamento de recursos pelo governo do estado, impedido de gastanças pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Alguns parlamentares reclamam que não recebem recursos de emendas desde 2011 e com isto passaram por tratantes junto a prefeitos, vereadores e entidades assistenciais de suas bases.
Até os índios
As operações policiais flagrando corruptos não cessam em Rondônia. Dia sim, dia não, empresários, comerciantes, importadores, exportadores, madeireiros, vereadores, deputados, prefeitos e vereadores, ex-prefeitos, garimpeiros são pegos com a boca botija. Agora até os índios. Nos bastidores, se fala que as próximas operações serão originadas de emendas parlamentares e de “sindicalistas” com as mãos grandes.
Via Direta
*** O novo código de obras de Porto Velho tem como mérito dar mais celeridade a construção civil prejudicada pela burocracia da prefeitura da capital*** Os deputados estaduais que não se reelegeram se despediram do parlamento estadual na sessão de terça-feira *** Por falar em ALE, com a votação do Orçamento 2015 a casa de leis deverá entrar logo em recesso.
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