Sexta-feira, 30 de janeiro de 2015 - 05h06
Os filhos do pó
Lá se vão 30 anos da Operação Excentricc, da Policia Federal, que pretendia varrer o narcotráfico das entranhas de Rondônia. Começou às 5 da manhã, e mesmo assim alguns tubarões – como ocorreu em Vilhena – foram avisados e escaparam numa suspeita cumplicidade com policiais na época. Na capital, a revista Momento relatava a chegada de cocaína na pista do aeroclube e a saída do pó pelo aeroporto Belmont para os grandes centros consumidores e o envolvimento de gente graúda, até de delegados.
Lembro o episódio enfatizando que mesmo com uma operação desta magnitude, aprendendo aviões, barcos e caminhões, logo em seguida surgiria a bancada do pó que inclusive contava com integrantes rondonienses nas ramificações do cartel colombiano.
Com o tempo o narcotráfico foi se enraizando de novo e outros cartéis entraram nas paradas – os boliviano e peruano – e a coisa só foi piorando. Existe um mar de violência, muito sangue de jovens envolvidos com as drogas e as próprias autoridades policiais já admitem que mais de 70 por cento das ocorrências são derivadas de drogas. De tantas mulheres nos presídios já existem até creches por aqui. São os filhos do pó.
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Em Rondônia muitas crianças
estão nascendo nas creches dos presídios
”
Cadê a rodoviária?
Recebi de alguns leitores a incumbência de ficar cobrando a promessa dos políticos no tocante a nova rodoviária. Ocorre que nossas autoridades estão se fazendo de “mortas” com relação aos seus compromissos. Até fizeram alguns reparos mequetrefes no atual terminal rodoviário achando que com isto a população acabaria esquecendo e o jogo de empurra entre o governo do estado e a prefeitura de Porto Velho continua, sem uma solução cabível.
Outro dia fui bisbilhotar lá pelas bandas daquela porcaria – também conhecida como rodoviária – e ouvi de alguns visitantes criticas aquele cartão de visitas as avessas. Perguntaram por que a construção de uma nova não é prioritária. Respondi que aqui –como no País inteiro – os políticos só pensam nos seus próprios umbigos e como a população perdeu a capacidade de se indignar a coisa não anda.
Não é a toa que Porto Velho esta incluída na relação das cidades mais abandonadas e com IDH abaixo das demais capitais brasileiras. Só resta esperar que os próximos eleitos assumam as responsabilidades de dar um logradouro decente a nossa comunidade.
“A esperança é que os próximos eleitos
tratem da nova rodoviária”
A crise hídrica
Os grandes jornais e revistas do país têm dado ênfase nos últimos dias a grande seca na região Centro-Oeste que atinge de rijo os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Mas não precisa ir longe, para se constatar, que os tempos mudaram.
Em plena Amazônia, Porto Velho, banhado pelo Rio Madeira, ano a ano se constata o lençol freático baixando. Em algumas regiões da cidade, onde se perfurava poços caseiros atingindo o precioso liquido com apenas três metros, hoje se escava até 12 metros de profundidade para alcançar o objetivo.
Como quase metade da população é abastecida pelos poços caseiros durante o verão se vê um desespero das famílias em busca de água. No verão passado, centenas de moradores, na falta de atendimento do poder púbico, recebiam a solidariedade de famílias mais abastadas, liberando bicas aos descamisados, como acompanhei pessoalmente em bairros como o Porto Cristo, na Zona Leste, na Lagoinha, próximo ao clube da OAB, etc.
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A cidade de Porto Velho pena com uma
crise hídrica há mais de 30 anos
”
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
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